Roscosmos Quer Manter a ISS Operacional Mesmo Se os EUA a Abandonarem
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (26/03) no site do
“Canaltech” destacando que a ROSCOSMOS (Agência Espacial Russa) quer manter a Estação
Espacial Internacional (ISS) operacional mesmo se os EUA a abandonarem.
Duda Falcão
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Roscosmos Quer Manter a ISS
Operacional Mesmo Se os EUA a
Abandonarem
Por Patrícia
Gnipper
Canaltech
Fonte: TASS
26 de Março de 2019 às 14h40
Não é novidade que a
Estação Espacial Internacional (ISS) está em risco — ao menos na parte
norte-americana da estrutura. No ano passado, o governo dos Estados Unidos
anunciou que pretende privatizar a ISS, com o corte no orçamento governamental
destinado à estação acontecendo até 2025. Ainda, a ISS é capaz de operar, sem
grandes manutenções, até 2028, apenas, quando muitos dos componentes
necessários para seu funcionamento atingirão o fim de suas vidas úteis até lá.
Contudo, no que depender da parte russa da ISS, a estação (ou uma parcela dela)
continuará funcionando.
Dmitry Rogozin, diretor-geral da Roscosmos (a agência
espacial russa), disse a um grupo de jornalistas em Moscou que a agência
preservará a ISS na órbita e funcionando mesmo que o lado americano se retire
do projeto. "Esta é a proposta da Roscosmos. Acreditamos que podemos
manter a estação caso os americanos decidam se retirar deste projeto, através
de outros países e parceiros. Temos capacidades tecnológicas e técnicas para
manter a estação em órbita e fornecer totalmente energia elétrica. energia e
água lá ", disse.
Ele também explicou que a seção russa da estação pode
adicionar novos módulos, lembrando que o módulo Science-Power Module (SPM) terá
sua primeira versão lançada à ISS em 2022. "Podemos duplicar o SPM, o seu
design torna possível transformá-lo em casa para outros estados, pode haver o
SPM-2, SPM-3, SPM-4, e eles podem crescer ainda mais, estendendo a parte
internacional da estação ", disse Rogozin.
(Imagem: Wikipedia)
As partes do Russian Orbital Segment (ROS),
parte russa
da ISS, em sua configuração de 2011.
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Atualmente, quatorze países participam da ISS: Estados
Unidos, Rússia, Canadá, Japão e 10 Estados europeus que fazem parte da ESA
(Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Itália, Holanda, Noruega, França, Suíça
e Suécia). A operação da estação, quando ela foi lançada inicialmente em 1998,
previa que o encerramento acontecesse entre 2015 e 2016. Contudo, o prazo foi
prolongado para 2020 em uma reunião que aconteceu em 2014, sendo que depois
disso as nações envolvidas concordaram que seria possível operar a ISS pelo
menos até 2024. Por isso mesmo, os EUA avisaram que a ideia é cortar o
orçamento estadunidense para a estação até 2025, um ano depois desse último
prazo.
Depois disso, ainda é incerto o futuro da ISS. Se os EUA
privatizarem suas seções da estação, ela pode continuar "viva" com o
financiamento das empresas privadas, que, de repente, poderiam iniciar um
programa turístico para lá a fim de viabilizar essa empreitada financeiramente.
Caso isso não aconteça, também não está claro como a Rússia conseguiria manter
sua fatia da ISS em funcionamento.
É que com
o avanço do Commercial Crew Program da NASA,
com o qual a agência espacial passará a contar com a Boeing e a SpaceX no
envio de astronautas à ISS a partir do ano que vem (ou seja, deixando de pagar
as dezenas de milhões de dólares por cada assento na nave russa Soyuz, que vem
fazendo esse transporte aos norte-americanos desde 2011), o programa espacial
russo verá muito menos dinheiro entrando para manter seus projetos em dia (o
que inclui a ISS). O país já vem sentindo as primeiras consequências dos
avanços da SpaceX com seus foguetes reutilizáveis — e com um orçamento cada vez
menor para as atividades espaciais, fica a questão no ar de como a Rússia vai
conseguir assumir a ISS, se os EUA ficarem mesmo de fora, já que operar a
estação custa mais do que todo o orçamento anual que a Roscosmos recebe para
operar.
Talvez isso aconteça com o turismo
espacial, com a Rússia vendendo ingressos caríssimos para pessoas comuns e
endinheiradas visitarem a ISS. Resta acompanhar o desenrolar dessa história nos
próximos anos para descobrirmos se a ISS realmente está com os dias contados,
ou se ainda há uma luz no fim do túnel.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário:
Pois é leitor, essa é uma notícia (caso realmente se concretize) que deveria
interessar ao Brasil, pois vem se somar também a oportunidade lançada recentemente
pelos chineses de realizar parcerias internacionais relacionadas com a nova estação
espacial que eles irão colocar no espaço, e agora surge essa nova oportunidade na
ISS criada pelos russos. Vale lembrar leitor que o Brasil já tem acordos espaciais
tanto com os Russos, como com o Chineses e Americanos, e bastaria negociar a participação
brasileira e de seus futuros Brasonautas nessas estações, abrindo assim grandes
janelas para o desenvolvimento da ciência brasileira. Porém isso evidentemente
num universo sério e comprometido por parte do governo que continuamos esperando
seja definitivamente implantado e conduzido no Governo Bolsonaro com a eficiência
e a visão desejada. Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor Prof. Alysson Diogenes pelo envio desta notícia.
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