NASA Vai Abrir Depósito de Rochas Lunares Guardadas Há Quase 50 Anos
Olá leitor!
Segue abaixo uma
interessante matéria publicada dia (17/03) no site do jornal “Folha de São
Paulo” destacando que a NASA irá abrir depósito de rochas lunares guardadas há
quase 50 anos.
Duda Falcão
CIÊNCIA
NASA Vai Abrir
Depósito de Rochas
Lunares Guardadas Há Quase 50 Anos
O conteúdo foi
salvo para quando a tecnologia permitisse
aos cientistas mergulhar nos
mistérios da Lua
Por Shannon Hall
Tradução Clara
Allain
Folha de São
Paulo
17 de março de 2019
às 20h00
A NASA anunciou
na segunda-feira (11) que ainda este ano vai trazer à tona pedacinhos da Lua
nunca antes vistos.
Os astronautas
da missões Apollo que pousaram na Lua entre 1969 e 1972 coletaram 382 quilos de
rochas lunares, amostras centrais de rochas, pedrinhas, areia e poeira.
Muitas dessas
amostras foram abertas mais tarde, em terra. Mas três delas permaneceram
seladas há quase 50 anos.
O conteúdo foi
salvo para um momento em que a tecnologia mais avançada permitisse aos
cientistas planetários na Terra mergulhar mais fundo nos mistérios da Lua.
Foto: NASA /
Reuters
Rochas lunares trazidas por astronautas da Apollo 11.
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No ano do cinquentenário
do pouso da Apollo 11, e com as prioridades do programa espacial americano se
voltando para um retorno à Lua, a NASA decidiu que é hora de abrir as amostras.
A agência selecionou nove equipes para fazer um estudo detalhado.
Charles Shearer,
cientista da Universidade do Novo México, vinha pressionando a NASA há dez anos
para abrir os depósitos. “Vamos completar a aventura da Apollo após 50 anos”.
A cientista
Darby Dyar, do Mount Holyoke College, concorda. Ela estudou amostras de rochas
lunares pela primeira vez quando era universitária, em 1979. Agora é líder de
uma das equipes selecionadas.
Ela e seus
colegas vão vasculhar materiais das missões Apollo 15, 16 e 17 em busca de
contas de vidro amarelas, laranjas e verdes do tamanho aproximado de um grão de
sal. Essas contas se formaram quando as gotículas no interior de fontes de fogo
atingiram a atmosfera lunar e esfriaram.
“Imagine uma
pistola de água com lava”, disse Dyar. “Como são minúsculas, as gotículas
esfriam imediatamente.”
As contas de
vidro são um tesouro para os cientistas. Elas oferecem uma visão do interior da
Lua e podem trazer respostas a perguntas fundamentais sobre a evolução de nossa
vizinha mais próxima.
A história da
Lua é um tema comum de muitos dos projetos selecionados. Kees Welten, cientista
da Universidade da Califórnia em Berkeley, e sua equipe vão estudar uma amostra
central colhida pelos astronautas da Apollo
17 para avaliar melhor a história de impactos da Lua. Isso poderá ser usado
para inferir o que houve com outros planetas do sistema solar (incluindo a
Terra) cujas crateras desapareceram há muito tempo.
Outras equipes vão
se voltar para o futuro. A da astrônoma Jessica Barnes vai analisar, no
Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, quatro rochas do
ponto onde a Apollo 17 pousou.
Quimicamente, as
amostras são muito semelhantes – mas uma delas foi resfriada para -20° C menos de um mês depois de chegar na
Terra, sendo mantida nessa temperatura desde então.
Leia mais / NASA
– 20.jul.1969
Neil Armostrong ao lado do Módulo Lunar.
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Os cientistas não
sabem ao certo se congelar as amostras é um método de armazenamento melhor do
que mantê-las na temperatura ambiente dos laboratórios. Comparando-as, a equipe
poderá analisar pela primeira vez a técnica de conservação congelada.
“Nunca pudemos
fazer este tipo de estudo”, disse Barnes. “É uma chance de responder a uma
pergunta importante para missões futuras.”
Clive Neal,
cientista da Universidade de Notre Dame que trabalhará com Shearer em outra
equipe, disse que devido aos preparativos para missões futuras à Lua, é
importante abrir as amostras lunares agora.
“Já tínhamos a
tecnologia necessária há dez anos, mas nos faltava a motivação”, afirmou.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo – 17/03/2019
Comentário: Pois
é leitor, essa nova atitude da NASA deverá trazer a luz novas descobertas sobre
a superfície lunar e quem sabe até mesmo acelerar a volta a Lua. Aproveito para
agradecer ao nosso leitor Rui Botelho pelo envio desta matéria.
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