Acordo de Salvaguarda Tecnológica Brasil-EUA Envolvendo Base de Alcântara Preocupa Deputados do MA
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada dia (17/03) no “Jornal Pequeno” do estado do Maranhão destacando
que o Acordo de Salvaguarda Tecnológica Brasil-EUA (AST) assinado ontem nos EUA preocupa Deputados do Maranhão.
Duda Falcão
Acordo de
Salvaguarda Tecnológica Brasil-EUA
Envolvendo Base de Alcântara Preocupa
Deputados
do MA
Bancada vai
convocar ministros para saber detalhes do acordo,
que visa o uso do Centro de
Lançamento de foguetes em Alcântara
Por:
Gil Maranhão
Jornal Pequeno
Data da
publicação: 17/03/2019
Foto: Reprodução
O acordo de salvaguarda tecnológico entre
Brasil-Estados Unidos para impulsionar o programa espacial brasileiro e
permitir o lançamento de foguetes e satélites a partir da Base de Alcântara
(MA), é um dos temas da pauta de debates da nova bancada federal do Maranhão no congresso Nacional.
As tratativas desde acordo entraram na agenda
nacional a partir de meados do ano passado e é uma das prioridades do governo
Bolsonaro a ser tratado com o presidente Donald Trump. É a primeira vez em 17
anos que os dois países voltam a negociar sobre o assunto. A primeira proposta
dos Estados Unidos, em 2002, era usar a base de Alcântara com sigilo
total sobre seus equipamentos, o que não foi aceito pelo Congresso brasileiro.
Com o fracasso,
o palácio do planalto ensaiou negociações com o governo da Ucrânia para o
lançamento de satélites. Contudo, o acordo foi cancelado em 2015, sem avanços.
O governo brasileiro apresentou uma contraproposta
aos americanos em 2017, que esteve sob análise do Departamento de Estado.
“Localização Excepcional”
Em junho do anoa
passado, os EUA deram o aval para que o tema volte à mesa de negociações. Na
época, em uma entrevista a jornalistas em Washington, o ex-ministro das relações
Exteriores, Aloysio Nunes, lembrou que a grande maioria dos foguetes e
satélites no mundo carrega tecnologia norte-americana, e destacou que a “localização
excepcional “ fda base de Alcântara, próxima à linha do equador, é uma vantagem
ao Brasil, que segundo ele, pode se beneficiar de recursos e capacitação de
pessoal por meio da parceria com os americanos.
Mesmo sem definição
dos pontos e responsabilidades de cada lado, o assunto já incomoda e divide opinião
no Parlamento brasileiro. A questão, que
atinge em cheio o Maranhão, começa a preocupar a bancada do estado, que cobra
esclarecimentos e quer participar das negociações. Três parlamentares já
protocolaram requerimentos de convocação do atual ministro das relações Exteriores,
Ernesto Araújo, e do ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos
Pontes.
Base do Acordo
“Acho que este
assunto precisa ser melhor esclarecido, A gente precisa ter informações sobre
as bases deste acordo, porque nós já termos uma experiência anterior extremamente
danosa, pois a Base de Alcântara foi implantada, mas não levaram em consideração
a população do município, as comunidades quilombolas. Na verdade, não foi
levado em consideração o povo do Maranhão, as universidades, os empresários do
estado”, queixou-se o deputado federal Bira do Pindaré (PSB).
O deputado entende que é importante
fortalecer o centro de lançamento de foguete de Alcântara, “mas nós não podemos
ter uma relação subalterna a qualquer governo, mesmo sendo ele americano. Não podemos
ter a política de bater continência para a bandeira americana, nem neste caso,
nem em caso algum. Temos que defender a soberania do país.”
Bira Enfatizou que os parlamentares
maranhenses precisam saber detalhes deste acordo “para que a gente possa também
defender que o Maranhão e o Brasil seja beneficiado por este empreendimento,
que é importante para soberania nacional.”
“Royalties” Para Alcântara
Há uma discussão que está ganhando corpo na
bancada federal do Maranhão no congresso sobre os royalties do uso da base de Alcântara
com este acordo. “Acho que isso também é necessário, é um debate que já vinha
acontecendo nesta casa”, defende Bira do Pindará. Ele sugere que seja também
discutidas outras formas/fontes de recursos, que venham contemplar outros
setores e segmentos da sociedade.
“As universidades, por exemplo, vamos ser
contempladas como? Vão receber benefícios dos royalties? Vão ter algum caminho
de acessão à essas tecnologias que vão ser implantadas? De que maneira os
nossos intelectuais, as nossas inteligências podem ser mobilizadas também em relação
a esse possível acordo com o governo americano?”, questionou o parlamentar. “Então,
tem muitos pontos que precisam ser abordados principalmente em relação às
comunidades quilombolas, que não podem ser esquecidas e nem ficarem de fora
deste debate”, completou.
Fundo/Comunidade Quilombolas
Para o deputado federal Pedro Lucas Fernandes
(PTB), o acordo de salvaguarda tecnológico entre Brasil-EUA “é muito importante
não só para o Maranhão como para o
Brasil e ficamos satisfeitos em ver que todos os pontos que há cerca de 20 anos
o Congresso Nacional rejeitou, podemos agora avançar e fazer este acordo”,
declarou.
“O que a gente não pode esquecer são as
comunidades quilombolas, já que vai gerar uma receita, um incremento
orçamentário financeiro para o Brasil. Essas comunidades vivem com muito sacrifício”,
alertou o parlamentar, que apresentou o Projeto de Lei 245/2019, criando o
Fundo de desenvolvimento das Comunidades Carentes e quilombolas de Alcântara. “è
um fundo de amparo aos quilombolas de Alcântara, juntamente com os royalties
desses foguetes que serão lançados para jogar os satélites”, justificou.
Projeto parecido (PL 10651/2018) foi
apresentado pelo ex-deputado José Reinaldo Tavares na legislatura passada, que
visava um fundo para financiar projetos de desenvolvimento econômico, cultural
e social de comunidades quilombolas e tradicionais afetadas pela Base de Alcântara.
Os recursos, segundo Tavares, seriam aplicados prioritariamente em ações de
saúde e educação e em projetos de infraestrutura que beneficiem as comunidades.
Pedro Lucas ressaltou que vai apoiar a
proposta (o acordo Brasil-EUA) no Congresso, mas observando os pontos do acordo
e em que eles podem beneficiar o Maranhão. “Vamos ver no que a gente pode
avançar ainda mais para proteger as comunidades quilombolas e também
desenvolver tecnologias no Maranhão. Além da proteção aos quilombolas e do
incremento financeiro que vai existir, precisamos garantir a trnsferencia
tecnológica também para o Brasil”, acentuou.
Garantias no Novo Acordo
O deputado Márcio Jerry (PCdoB) um dos
primeiros a propor a convocação do ministro-astronauta Marcos Pontes para
debater o tema com os maranhenses, o acordo gera muitas duvidas em relação ao
compartilhamento de tecnologias. Mas admite que “aquilo que era ruim no antgo
acordo foi em parte superado”, se referindo à criação de uma área de domínio dos
EUA, que proibia a utilização da base pelo Brasil, devido à confidencialidade
tecnológica, prevista na proposta inicial.
Contudo, Jerry chama a atenção para o
cumprimento de algumas garantias que, segundo ele, são essenciais para as negociações:
o respeito à soberania nacional; o desenvolvimento aeroespacial brasileiro; e
garantia do royalties para a cidade de Alcântara.
Fonte: Jornal
Pequeno - 17/03/2019
Comentário:
Bom leitor, trago essa matéria para o Blog, pois tá clara a intenção da
esquerdopatia maranhense em tentar atrapalhar a aprovação do Acordo, mesmo que
ele venha ser positivo para o país. Nunca se levantou a possibilidade de transferência
tecnológica através de um AST, não existe isso, esse tipo de acordo e para
salvaguardar as tecnologias dos EUA no momento em que ela permanecer no CLA, e permitir
acordos específicos com empresas que prestam serviço de lançamentos de foguetes,
satélites e cargas uteis que utilizam tecnologia americana, sejam elas
americanas ou não, nada mais do que isso. Esse acordo é necessário e quem presta
esse serviço (fora os chineses e outros poucos não aliados aos EUA) , já assinaram
acordos semelhantes (Europa, Rússia, Japão, Índia), pois caso contrario não poderia
atuar com eficiência neste mercado comercial de lançamentos, já que grande
parte dos satélites e cargas uteis comerciais utilizam de tecnologia americana.
Ponto. Portanto que fique bem claro, sem esse AST o Brasil não poderá atuar
nesse mercado, sejam lançando satélites comercialmente através de seus próprios
foguetes, seja através de foguetes de outros países. O que precisa se analisar
é o texto deste acordo, para se ter uma ideia se foi um acordo 'CANDIRU', ou se
foi um acordo semelhante aos já assinados por outros países com os EUA. O resto
é conversa fiada de esquerdopata mal intencionado. Entretanto a questão das Comunidades Quilombolas tem de ser realmente analisada com atenção pelo Governo Bolsonaro, para que não venha se cometer os mesmos erros de outrora.
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