Astrônomos Descobrem 'Cápsula do Tempo' Que Poderia Revelar Segredos do Universo

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Segue abaixo uma notícia publicada dia (10/03) no site do Sputnik News Brasil destacando que Astrônomos Americanos descobrem 'Cápsula do Tempo' que poderia revelar Segredos do Universo.

Duda Falcão

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Astrônomos Descobrem 'Cápsula do Tempo' Que
Poderia Revelar Segredos do Universo (FOTO)

Sputnik News Brasil
10/03/2019 - 04:42
Atualizado 10/03/2019 - 04:47

Foto: CC0

Uma equipe de astrônomos do Observatório da Universidade da Califórnia (UCO) realizou uma investigação detalhada de uma galáxia "tão tênue e em tal condição primitiva" que tem atuado como uma cápsula do tempo fechada logo após o surgimento de nosso Universo.

Trata-se de uma galáxia ultra-difusa (UDG) solitária e estranha chamada de DGSAT I. Foi pela primeira vez descoberta no espaço profundo em 2016. Segundo os investigadores, é muito semelhante a uma galáxia típica, mas a quantidade de sua luz emitida é surpreendentemente baixa, em comparação com as galáxias "normais". Esta galáxia, descrita como um "fóssil vivo" pelo portal Live Science, poderia dissipar alguns pressupostos das UDG.

"Parecia que tinhamos uma imagem relativamente ordenada das origens das galáxias, das espirais até às elípticas e das gigantes a anãs", disse o autor principal do estudo sobre a DGSAT I, Ignacio Martin-Navarro, em um comunicado.

"No entanto, a recente descoberta das UDG gerou novas questões sobre o quão completa é essa imagem", adicionou.


A DGSAT I (à esquerda) é uma galáxia ultra-difusa que não tem
muitas estrelas como as galáxias espirais comuns (à direita).

A Composição Química

Visto que a DGSAT I é considerada uma versão rara de uma UDG, é provável que forneça uma ideia mais clara sobre o Universo inicial. Os pesquisadores enfatizaram que "não tem havido muita atividade ao seu redor que possa contaminar sua composição e evolução".

"A composição química de uma galáxia fornece um registro das condições ambientais de quando ela foi formada, tal como a maneira em que os oligoelementos no corpo humano podem revelar uma vida inteira de hábitos alimentares e de exposição a contaminantes", explicou o coautor da pesquisa, Aaron Romanowsky.

A composição química da DGSAT I surpreendeu os pesquisadores também devido à falta de ferro e ao que é descrito como uma quantidade normal de magnésio. Quando as supernovas morrem, elas liberam ambos os metais, então a falta de ferro é desconcertante.

Os pesquisadores planejam analisar no futuro outras UDG, semelhantes à DGSAT I, para entender melhor como era o Universo na fase de sua formação.


Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com/

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