Novo Estudo Mostra Que as Estrelas K, Podem Ser Promissoras Para Buscar Sinais de Vida em Outros Mundos Habitáveis
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada dia (08/03) no site do
Sputnik News Brasil destacando que um novo estudo mostra que as Estrelas
K, que são mais escuras do que o Sol, mas mais brilhantes do que as estrelas
mais fracas, podem ser promissoras para buscar sinais de vida em outros mundos habitáveis.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O Que São Estrelas K e Qual Seria Chance de
Elas Terem Vizinhança de Mundos Habitáveis?
Sputnik News Brasil
08/03/2019 - 08:58
Atualizado 08/03/2019 – 09:08
CC
BY 2.0 / Hubble
ESA / The
stars of the Large Magellanic Cloud
Astrônomos, que procuram vida além do nosso Sistema
Solar, enfrentam grandes desafios, e um deles tem a ver com centenas de
bilhares de estrelas na Via Láctea.
Para realizar a pesquisa é preciso saber quais os tipos
de estrelas são mais receptivas a planetas habitáveis.
Um novo estudo mostra uma classe particular de estrelas,
as estrelas K, que são mais escuras do que o Sol, mas mais brilhantes do
que as estrelas mais fracas, podendo ser promissoras para buscar sinais de
vida em outros mundos. Mas, por que eles seriam tão promissoras na busca de
nova casa para humanidade?
Em primeiro lugar, as estrelas K vivem muito
tempo, entre 17 e 70 bilhões de anos, comparados aos 10 bilhões de anos do Sol,
tendo, assim, tempo suficiente para desenvolvimento da vida, conforme o
portal Space Daily.
Além disso, as estrelas K possuem uma atividade
menos extrema em sua juventude do que as estrelas mais escuras do
Universo, chamadas de estrelas M ou "anãs vermelhas".
As estrelas M oferecem algumas vantagens na busca de
planetas habitáveis. Estas estrelas são as mais comuns na galáxia,
compreendendo aproximadamente 75% de todas as estrelas no Universo.
Elas são movidas por combustível próprio e podem brilhar
por mais de trilhões de anos. Um exemplo disso é a TRAPPIST-1 da classe M,
conhecida por hospedar sete asteroides do tamanho da Terra.
Entretanto, a juventude turbulenta das estrelas M
ocasionaria problemas para vida. Erupções estelares, que são explosões
resultantes da energia magnética, são muito mais frequentes e energéticas em
estrela M jovem do que em estrela jovem como o Sol.
As estrelas M também são mais brilhantes quando jovens,
que corresponderia a um bilhão de anos depois de sua formação, com energia que
seria capaz de evaporar oceanos em qualquer planeta que pudesse ser uma região
habitável algum dia.
"Eu gosto de pensar que as estrelas K
estão em um ‘ponto ideal' entre as estrelas análogas ao Sol e
as estrela M", afirma Giada Arney do Centro de Voos Espaciais
Goddard da NASA.
Arney queria descobrir qual seria a aparência de
bioassinaturas, ou de sinais de vida, em um hipotético planeta orbitando uma
estrela K. Suas análises foram publicadas pelo Astrophysical Journal Letters.
Por sua vez, cientistas consideram a presença simultânea
de oxigênio e metano na atmosfera de um planeta uma forte bioassinatura, pois
esses gases gostam de reagir uns com os outros. Ou seja, caso sejam encontrados
juntos na atmosfera, implicaria que algo está produzindo-os rapidamente, e a
produtora poderia ser a vida, afirma a especialista.
Vale destacar que exoplanetas ao redor de outras estrelas
são tão remotos que deveria haver quantidade significativa de oxigênio e metano
em suas atmosferas para serem vistos por observatórios da Terra.
Arney encontrou uma bioassinatura de oxigênio e metano
mais forte em torno de uma estrela K do que em torno de uma estrela como o Sol.
"Quando você coloca o planeta em torno de uma
estrela K, o oxigênio não destrói o metano tão rapidamente, então mais poderia
ser criado na atmosfera", ressaltou Arney, explicando que isso acontece
porque "luzes ultravioletas de uma estrela K não geram alta radiação de
gases de oxigênio que destroem metano tão facilmente como uma estrela parecida
com o Sol".
Este sinal mais forte de oxigênio e metano foi
projetado por planetas em torno das estrelas K, mas os altos níveis de
atividade poderiam tornar estrelas M capazes de hospedar mundos habitáveis.
As estrelas K podem oferecer a vantagem de uma
probabilidade maior de detecção simultânea de oxigênio e metano em comparação
com as estrelas parecidas com o Sol.
Arney completa afirmando que as proximidades das
estrelas K podem ser os melhores alvos para futuras observações, já que não
podemos viajar aos planetas em torno de outras estrelas devido às grandes
distâncias, sendo que estamos limitados a analisar as luzes destes
planetas com o objetivo de pesquisar algum sinal de vida.
Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com/
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