Audiência Pública Apresenta o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas Assinado Com os EUA
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (28/03) no site da Força
Aérea Brasileira (FAB) destacando que o Ministro Marcos Pontes apresentou hoje
o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) em Audiência Publica no Congresso
Nacional em Brasília (DF).
Duda Falcão
ESPAÇO
Audiência Pública Apresenta o Acordo
de Salvaguardas Tecnológicas
Assinado Com os EUA
Ministro Marcos Pontes explicou o que muda com a
assinatura do acordo,
que viabiliza a comercialização do Centro de Lançamento
de Alcântara
Por Tenente Tenente Gabrielli
Revisão: Capitão Landenberger
Fonte: Agência Força Aérea
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 28/03/2019 17:00
Fotos: Soldado Wilhan Campos / CECOMSAER
Na manhã desta quinta-feira (28), o acordo de
salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos, assinado durante a visita do
Presidente da República ao país, foi tema de uma audiência pública no Congresso
Nacional em Brasília (DF). O Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, tirou as dúvidas de senadores que compõem
as comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Ciência, Tecnologia,
Inovação, Comunicação e Informática. Também foram sanadas dúvidas de cidadãos
por meio da plataforma e-Cidadania.
Segundo ele, o acordo assinado tem uma finalidade
específica: trata unicamente da viabilização comercial do Centro de Lançamento
de Alcântara (CLA), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB). “Com o acordo, os
Estados Unidos permitem que Brasil lance veículos e satélites de qualquer
nacionalidade com componentes norte-americanos. O Brasil, em contrapartida,
compromete-se a proteger e resguardar essas tecnologias”, explica.
Isso é importante porque, segundo o ministro, 80% das
partes de todos os foguetes e satélites existentes hoje, no mundo, são de
origem norte-americana. Para que o Brasil se insira nesse mercado, portanto, o
acordo é imprescindível.
Enquanto não fechamos esse acordo, perdemos dinheiro. Em
uma perspectiva conservadora, em que o Brasil fique com uma fatia de apenas 1%
do mercado mundial, podemos obter 3,5 bilhões de dólares por ano”, estima
Marcos Pontes. Ele acredita que o país tem potencial para angariar uma parcela
maior e que se trata de um mercado em expansão, dessa forma, os ganhos podem ser
ainda maiores.
O ministro acredita que o acordo é um pontapé inicial e
se mostrou aberto para debater as melhores condições para as comunidades locais
– assunto levantado pelos parlamentares, preocupados em fomentar o
desenvolvimento regional a partir do acordo. “Nosso interesse é desenvolver,
melhorar a vida das pessoas. Vamos fazer o que é melhor para o país, sempre.
Ciência e tecnologia dá um retorno mais rápido, ciência e tecnologia constrói o
futuro”, disse Marcos Pontes. Ele citou o exemplo da Embraer, que, em São José
dos Campos (SP), fomentou toda uma cadeia produtiva na região, criando um cluster aeroespacial
brasileiro.
O projeto irá tramitar nas duas casas do Congresso
Nacional como uma Proposta de Decreto Legislativo. O Presidente da Comissão de
Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Brigadeiro do Ar José
Vagner Vital, acompanhou o debate. "A partir dessa audiência, o
entendimento da importância de Alcântara ficou claro. Isso deve facilitar a
passagem do projeto pela câmara, para que possamos tirar nossos planos do
papel. Foi um momento essencial para esclarecer, tirar dúvidas. Com a
assinatura do acordo, o Centro de Lançamento de Alcântara vai deixar de ser só
a janela para o espaço, vai ser a chave do Programa Espacial Brasileiro",
avaliou.
Segundo o acordo, quem decide sobre o acesso a qualquer
parte do Centro Espacial de Alcântara e controla todas as operações é o Brasil.
A soberania é inviolável. Um dos parlamentares presentes na audiência, Senador
Roberto Rocha (PSDB/MA), que também participou da assinatura do acordo de
salvaguardas tecnológicas em Washington, disse que se trata de um momento
importante e que é preciso combater a desinformação sobre o assunto. "Esse
acordo limita-se a usos pacíficos; a soberania brasileira está completamente
resguardada. Precisamos focar no desenvolvimento econômico e tecnológico que
vai vir", disse o senador.
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
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