Comunicado Importante

Olá leitor!

Venho aqui passar para você uma notícia que me deixou muito triste, na verdade muito furioso, mas que apesar de tudo não me surpreende, pois na verdade já tinha profetizado poucos anos atrás, logo após o acidente de 2015 que isto acabaria acontecendo.

Informo com grande tristeza que segundo o que consta no Relatório de Atividades 2018 do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), este divulgado recentemente, por decisão conjunta do IAE, DCTA e da AEB, foi decidido pelo encerramento do Projeto SARA. O relatório complementa dizendo que após o acidente ocorrido em 2015, o projeto foi objeto de cortes orçamentários que colocaram seu desenvolvimento com baixa prioridade. Devido à alta complexidade do desenvolvimento dos componentes do SARA e a inexistência de recursos o projeto foi encerrado.

O Projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica) era de suma importância para o futuro do Programa Espacial do país, não só para as pesquisas espaciais da Comunidade Científica Brasileira de diversas áreas, bem como também para testar em ambiente espacial novas tecnologias desenvolvidas no Brasil, sendo que só na cabeça de gente com miolo mole e sem compromisso nenhum com o que se faz e com a sociedade que representa que se pode taxar um projeto deste como de baixa prioridade.

É lamentável e revoltante toda essa situação e demonstra a falta de seriedade e compromisso como o nosso programa espacial é conduzido. Grandes recursos foram empregados neste projeto, fora as viagens feitas por anos a fio de especialistas ligados a este projeto para apresenta-lo em eventos astronáuticos mundo afora.

Fruto da visão de um grande pesquisador brasileiro, Dr. Paulo Morais Jr. (que deve esta agora nada satisfeito, esteja ele onde estiver), o Projeto SARA tinha como objetivo também a área de defesa sendo de crucial importância para PEB, mas desde a saída do Dr. Luis Eduardo Loures da Costa de sua coordenação, a verdade é que o mesmo degringolou culminando com o acidente de 2015 e agora com o encerramento do mesmo (2018).

Vale dizer leitor que não é a primeira vez que isso acontece seja no IAE (vide o Motor L15, por exemplo) ou mesmo no INPE, e para se ter uma ideia, neste mesmo relatório de 2018, nada, absolutamente nada e citado sobre o Motor L5, enfim... simplesmente sumiu após seu teste de voo durante a “Operação Raposa” em setembro de 2014, diga-se de passagem, divulgada na época como bem sucedida. Simplesmente revoltante.

Duda Falcão

Comentários

  1. Bom dia! Em que pese a má notícia, o relatório 2018 indica os estudos iniciais de concepção da nova família de VLS, os lançadores Áquila I e II, fazendo uso dos propulsores e outras tecnologias desenvolvidas no VLM. Inclusive o uso de motores de propelente líquido (não revelado) em fase de desenvolvimento ou concepção. Por ser do tipo pressurizado, creio que deva ser o L5 no upper stage, e uma versão futura com L75, com base nas figuras mostradas.
    Claro, o papel aceita tudo, mas sempre bom ver que estão de olhos abertos às possibilidades que vão surgindo.
    abraços

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    1. O lance é que esses projetos dependem do sucesso do VLM e o VLM deverá (se deus quiser) realizar o primeiro voo lá por 2021/2022, levando isso em conta podemos prever que o primeiro Áquila seja lançado lá por 2035 mais ou menos kkkk...

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  2. É realmente uma notícia terrível. Infelizmente, não acredito que o ministro Pontes mude o destino desses projetos e dê a eles o apoio político e financeiro que necessitam. O novo acordo de salvaguardas tecnológicas com os EUA me faz acreditar que a nova política no setor será comprar tudo diretamente dos EUA: foguetes, satélites, software, propelente, etc. Meu coração quer que eu esteja errado, mas meu bom senso e minha experiência me dizem o contrário. Um abraço!

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