Operação Raposa
Descrição da
Campanha
Data do
início da campanha: 12/08/2014
Operação: Operação Raposa
Foguete: VS-30 V13
Numero do voo do foguete: 11
Data de
lançamento: 01/09/2014
Horário: às 23h02m (horário local)
Local: Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
Apogeu do voo: Não divulgado
Tempo de voo: 3m34s
Objetivo: verificar o desempenho em voo do Estágio
Propulsivo Líquido (EPL) impulsionado pelo motor L5, e de dois outros
experimentos espaciais do interesse do Programa Espacial Brasileiro (PEB)
Resultado: Operação bem sucedida
OBS: Quando um motor sólido é fabricado logo
que ele é pintado ele recebe uma numeração que não pode ser alterada, ou seja,
V (de voo) e o número correspondente à fabricação daquele motor para o
respectivo foguete onde ele será usado. Neste caso V13 significa o voo do décimo
terceiro motor S-30 (booster) fabricado para este veículo VS-30. Assim sendo, não
significa necessariamente que este seja o décimo terceiro voo do VS-30. Isto
acontece devido aos naturais atrasos das missões cientificas que fazem com que
um motor V11 venha a voar após um motor V13, como neste caso, onde o próximo VS-30
(V11) deverá ser ainda lançado da Europa.
Experimentos
Embarcados:
- Estágio Propulsivo a Propelente Líquido
(EPL)
- GPS Espacial
- Chave Mecânica Acelerométrica
Instituições
Envolvidas:
AEB -
Agência Espacial Brasileira
DCTA -
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
IAE -
Instituto de Aeronáutica e Espaço
DLR - Centro
Aeroespacial Alemão
CLA - Centro
de Lançamento de Alcântara
CLBI - Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
OE - Orbital Engenharia
UFRN -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
IFI - Instituto
de Fomento e Coordenação Industrial
DECEA - Departamento de
Controle do Espaço Aéreo
1º GTT - Primeiro
Grupo de Transporte de Tropa
1º ETA - Primeiro
Esquadrão de Transporte Aéreo
MB - Marinha do Brasil
Operação Raposa - 01/09/2014
Foguete VS-30 V13
No dia 01/09, exatamente as 23h02m (horário local), foi lançado com
sucesso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado na região da pequena
e histórica cidade de Alcântara, no estado do Maranhão, o foguete de sondagem VS-30
V13. O voo do veículo que teve como carga útil ativa um motor movido a
combustível líquido chamado de motor L5 (o primeiro motor-foguete líquido para foguetes desenvolvido inteiramente no Brasil), faz parte do esforço do Brasil para
atingir o domínio da propulsão liquida para veículos lançadores de satélites.
O foguete que foi o décimo primeiro deste tipo a ser lançado
ao espaço, tanto no Brasil como em território europeu (apesar da nomenclatura
usada ter sido V13 - veja a explicação disto no começo deste relatório), teve
como tempo total de voo 3m34s, até o momento em que o veículo alcançou a área
de segurança prevista.
Segundo o que foi divulgado, durante esta operação foi verificado o
desempenho deste veículo que teve o módulo de experimentos (carga útil)
impulsionado por um motor L5 que é movido por oxigênio líquido e etanol (ecologicamente
correto) e que operou exitosamente durante 90 segundos, como previsto.
“Neste
primeiro voo do Estágio Propulsivo Líquido verificou-se o bom funcionamento do
motor L5 durante os 90 segundos previstos”, afirmou o Cel-Av.
Avandelino Santana Jr., vice-diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
e coordenador geral da Operação Raposa.
Também durante o voo foi realizada a coleta de dados
para estudos de um GPS de aplicação espacial desenvolvido pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e de um dispositivo de segurança para
veículos espaciais, dispositivo este desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica
e Espaço (IAE).
“Com a Operação Raposa, o CLA alcança um patamar
de importância estratégica ainda maior no conjunto do Programa Nacional de
Atividades Espaciais. Demos um passo essencial visando á operação de veículos
espaciais movidos a combustível líquido, que permitem uma maior capacidade de
carga e precisão de inserção em órbita, essenciais para atividades envolvendo o
Veículo Lançador de Satélite (VLS) e sucessores”, afirmou o Cel. Eng. Cesar Demétrio Santos, diretor
do CLA.
Segundo informações colhidas pelo Blog, o IAE idealiza para a continuidade do projeto executar outro voo com este motor L5 em uma configuração de tanques dimensionados para o VLS-1 e para VLM-1, mas para tanto ainda necessitará de recursos financeiros adequados.
Segundo informações colhidas pelo Blog, o IAE idealiza para a continuidade do projeto executar outro voo com este motor L5 em uma configuração de tanques dimensionados para o VLS-1 e para VLM-1, mas para tanto ainda necessitará de recursos financeiros adequados.
OPERAÇÃO RAPOSA: Iniciada no dia
12/08 a campanha desta operação foi financiada pela Agência Espacial Brasileira
(AEB) e contou com o apoio dos esquadrões de transporte de carga e pessoal,
helicópteros e patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB).
O fornecimento, integração e treinamento das equipes envolvidas
com o veículo, incluindo também a carga-útil “EPL/L5” e o sistema de
transmissão de dados, ficou a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Já a responsabilidade pelo SAMF- Sistema de Alimentação Motor Foguete (parte
integrante do EPL) e pela integração das redes elétricas ficou sob a
responsabilidade da empresa brasileira Orbital Engenharia em conjunto com a equipe
do IAE.
A operação também contou com a participação do Centro
Aeroespacial Alemão (DLR) com trabalhos de coleta de dados em voo por meio de uma
estação móvel de telemetria, das equipes do Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA) que se responsabilizaram pelo lançamento, rastreio, coleta de dados,
segurança de superfície e voo, e também da participação importante do Instituto
de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) que respondeu pela verificação na
calibração dos instrumentos.
A coordenação geral da operação ficou sob a responsabilidade
do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) do Comando da
Aeronáutica (COMAER) que contou com o apoio da Marinha do Brasil (MB) e do
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) na realização da
interdição do tráfego marítimo e aéreo na região, condição esta essencial para
o sucesso da operação.
VÍDEOS:
VÍDEOS:
Campanha de lançamento da Operação Raposa
Veja o lançamento do foguete gravado com câmera de alta
velocidade. Neste módulo, o áudio não foi captado.
Matéria do Jornal Nacional
Jornal NBR Notícias- TV NBR - 02/09/2014
Jornal Reporter Brasil - TV Brasil - 03/09/2014
Concepção artística do VS-30 V13 EPL/L5 |
Visão artística dos procedimentos de abastecimento do veículo |
FOTOS:
Fonte:
Diversas
Muito bom! Só é um pena que não embarcaram um câmera no módulo EPL pra vermos a queima do motor L5.
ResponderExcluirTomara que consigam os recursos para testar o L5 com os tanques dimensionados para o VLS.
Torcendo aqui.
Olá Rodrigo!
Excluiro IAE ainda divulgará em breve um vídeo de toda campanha e talvez, digo talvez, entre as imagens esteja a imagem da queima do motor L5. Vamos aguardar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Há sim uma câmera de bordo, porém não sei dizer se liberarão as imagens
ExcluirObrigado Duda !
ResponderExcluirPela excelente cobertura da missão. Todos os detalhes concentrados num só lugar com diagramas fotos e vídeo, realmente muito bom.
Parabéns !
Olá Marcos!
ExcluirNão é necessário agradecer amigo. Este é meu trabalho e faço com enorme prazer. De todas as informações apresentadas neste relatório a que deixou-me mais satisfeito foi a informação de que o IAE para a continuidade do projeto planeja executar outro voo com este motor L5 em uma configuração de tanques dimensionados para o VLS-1 e para VLM-1. Entretanto, é aquela coisa, dependerá dos recursos. Enfim, esta infelizmente é a nossa realidade.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Sobre as imagens da "queima" do motor L5, na verdade, acredito que elas seriam a essência da cobertura da missão.
ResponderExcluirSeria indesculpável saber que não captaram imagens justamente do experimento principal dessa missão.
Vamos torcer para que eles tenham previsto isso e divulguem essas imagens em breve.
Enquanto isso a spacex fazendo os deles irem e voltarem pousando no mesmo lugar,enquanto nesse país ninguém da a mínima pra essas coisas, principalmente aquela nossa presidenta, eu gostava de uma coisa no lula que eu acho que todos também acham ele era um líder NATO ele entusiasmava as pessoas mesmo quando as coisas não iam bem
ResponderExcluirA SpaceX é uma empresa privada...Neste caso, a sua comparação/reclamação deveria ser em relação ao empresariado nacional, já que não há nenhuma iniciativa privada nacional fazendo um trabalho equivalente ao da SpaceX...
Excluirqual foi o apogeu do voo?
ResponderExcluirpor que não foi divulgado?
Olá Anônimo!
ExcluirNão tenho resposta para suas perguntas. Vamos aguardar e vê se eles divulgam.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Considerando que o tempo de voo do VSB-30 é superior a 10 minutos, o tempo de voo de 3m 34s desta operação está muito baixo. Ou está errado, ou alguma coisa anormal aconteceu.
ExcluirO EPL (L5) com tubeira móvel poderia ser usado no 1o estágio do VLS-1 (no lugar do S43 central) para guiagem, mesmo sem ajudar no empuxo; então os boosters não precisariam de tubeira móvel. Simplificaria a malha elétrica e sistemas de guiagem; seria mais leve (maior apogeu no 1o estágio) e barato e não precisaria separar os boosters; Retiraria o 3o estágio atual para colocar o S43 que passaria a ser o 2o estágio (acima do EPL com boosters), mais potente para compensar; no 3o e último estágio colocaria outro L5 ou S44. VLS-1 mais simples e mais barato; bem perto do custo do VSISNAV.
ResponderExcluirMelhor ainda, seria esquecer de vez o VLS e se concentrar no VLM. muito mais simples na concepção geral e com um nicho de mercado garantido: "lançamentos baratos para micro satélites".
ExcluirImprensa nojenta!
ResponderExcluirAo invés de mostrarem na reportagem o motor L5 mostram o mockup do L75 pros que assistem pensarem que foi aquele motorzão todo pimposo que foi lançado.
Não podemos acreditar em nada do que a grande mídia publica.
correção
ResponderExcluir* IAE = INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO!
Olá Anônimo!
ExcluirVerdade amigo, corrigido e obrigado pela sua interferência.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)