Parceria Entre UPF e o INPE Deve Possibilitar Software Embarcado em Nanosatélite
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (04/09) no site da “Universidade
de Passo Fundo (UPF)”, destacando que uma parceria entre esta universidade e o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) deve possibilitar
que o software embarcado do futuro nanosatélite AESP-16 seja elaborado nesta universidade
gaúcha.
Duda Falcão
Nanossatélite Brasileiro é Tema
de Palestra do PPGCA
Parceria entre UPF e INPE deve
possibilitar que software embarcado
do nanossatélite AESP-16 seja
elaborado na Universidade
Assessoria de Imprensa
04/09/2014 - 16:28
Foto: Carla Vailatti
Professor Me.
Mateus de Oliveira Pereira
apresentou réplica do satélite AESP-14.
|
O
Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada do Instituto de Ciências
Exatas e Geociências da Universidade de Passo Fundo (PPGCA/ICEG/UPF) promoveu
na quinta-feira, 04 de setembro, uma palestra sobre o Projeto do Nanossatélite
Brasileiro AESP-14. Mateus de Oliveira Pereira, professor da área da
informática do ICEG/UPF e mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi o palestrante. Pereira atua no
projeto AESP-14, e irá colaborar com o AESP-16, cujo software embarcado será
elaborado na UPF.
De
acordo com Pereira, os nanossatélites são uma estratégia do governo brasileiro
para estimular pesquisas e a capacitação de pessoas na área. O AESP-14 foi desenvolvido
pelo ITA em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
com financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB). Além do satélite de
pequeno porte, que deve ser lançado ao espaço entre 2014 e 2015, o projeto
inclui a produção de kits com componentes, em sua maior parte nacionais, que as
universidades podem adquirir e começar o desenvolvimento de engenharia
aeroespacial. “Esse satélite passou por todos os processos de teste, como um
satélite de grande porte, com testes de magnetismo, temperatura, pressão,
ausência de ar e vibração, a plataforma já está qualificada para ir ao espaço.
A universidade que for lançar esse kit, só precisa qualificar a placa que ela
desenvolver com o experimento”, explicou.
O
professor da UPF explicou que o AESP-14 tem finalidade educacional, e não
operacional, mas mesmo assim terá uma função. “O nanossatélite conta com uma
aplicação operacional, em parceira com radioamadores de São Paulo, que
transmitirá mensagens em código, que devem ser recebidas para completar uma
espécie de álbum de figurinhas”, explicou.
Pereira
esteve recentemente no Japão, onde participou da análise final do Relatório de
Avaliação e Segurança do AESP-14. O nanossatélite será enviado em breve para os
Estados Unidos, onde será integrado ao dispositivo de lançamento. A seguir, o
AESP-14 será transportado para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla
em inglês), de onde tem programação para ser colocado no espaço.
Parceria
com a UPF
A
partir de 2015, tem início o projeto AESP-16. Pereira, que atua como docente na
UPF há pouco tempo, trabalhará no desenvolvimento do software embarcado desse
próximo satélite. “Alunos de iniciação científica da UPF poderão atuar nesse
projeto”, anunciou o professor. A parceria entre UPF e INPE deve ser
oficializada nas próximas semanas.
A
palestra integrou a disciplina de Computação Móvel, do PPGCA, ministrada pelo
professor Willington Pavan. A atividade foi gratuita e aberta à comunidade, e
contou com a presença de estudantes de graduação e pós-graduação, professores e
outros interessados na temática.
Fonte: Site da Universidade de Passo Fundo - http://www.upf.br
Comentário: Pois é leitor, como você mesmo pode notar a
AEB já está fazendo escola com os seus erros de português, mais enfim... é bom
saber que mais uma universidade gaúcha entra nesta nova onda dos pequenos
satélites, o que é muito bom para o Brasil. Espero que além da UFRN, outras
universidades nordestinas também busquem fazer parte desta nova fronteira de
oportunidades científicas, tecnológicas e de formação de profissionais que se
abre no setor espacial. Só não entendi
se haverá ou não um AESP-15 antes do AESP-16? Aproveitamos a oportunidade para agradecer ao leitor Paulo César (SJC) pelo envio desta notícia.
Parabéns Duda pela divulgação dos projetos!
ResponderExcluirA título de informação sobre as nomenclaturas, o AESP-14 foi o primeiro projeto, proposto pelo Dr. Geilson Loureiro, quando ministrava as disciplinas de projetos para a turma AESP-14 do ITA, tendo sido os requisitos e desenvolvimento do projeto acompanhado a formação dos alunos de Engenharia Aeroespacial no ITA que se formam agora em 2014. Por questões de logistica infelizmente a turma AESP-15 não teve um projeto exclusivo, porém a expectativa é para a turma 16, porisso as denominações AESP-14 e AESP-16, esperamos ver um ciclo contínuo nas turmas seguintes se for possivel.
Quanto ao trabalho do prof Mateus Oliveira, tenho muito orgulho de ter sido o responsável por indicar seu nome ao Geilson Loureiro, para o trabalho com o computador de bordo que foi desenvolvido para o AESP-14, tanto hardware como software. Muitas foram as vezes que recebia do Mateus mensagens pelo Skype pelo entusiasmo com os testes e resultados que estava obtendo, pois como pesquisador nunca deixou de compartilhar o conhecimento e porisso exalto que tem o perfil de professor adequado a agregar valores na instituição que agora colabora.
O que fortalece um programa nas universidades é esta disseminação do espirito de pesquisa e cooperação através de parcerias entre as instituições e pesquises. Esperamos ver todos crescendo juntos no desenvolvimento de sistemas espaciais!
Sucesso a todos!
Olá Major Elói!
ExcluirO senhor que merece os parabéns, não só pelo trabalho que vem realizando junto ao seu grupo no ITA, bem como pela sua postura de servidor público responsável quando se preocupa com a transparência em relação a seu projeto junto a sociedade. Muito obrigado mais uma vez pelos seus esclarecimentos e sucesso sempre.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Fiquei muito satisfeito em saber do envolvimento de uma Universidade privada nesse projeto, pois até então só tive notícias de envolvimento de Universidades Federais e Escolas Estaduais e Municipais administradas pelo "governo".
ResponderExcluirEspero sinceramente que possamos ver em breve projetos de microssatélites desenvolvidos em sua totalidade por instituições de ensino e empresas completamente privadas, e que elas finalmente dominem todo o ciclo, desde conseguir o patrocínio para o projeto, até a contratação do lançamento e o rastreio e captação de dados.
Em minha opinião, isso é o mínimo que se pode esperar das principais Universidades privadas do país que é a sexta economia do Mundo. Nem que sejam projetos desenvolvidos em parceria por duas ou três universidades privadas de um mesmo estado por exemplo,
Já me manifestei inúmeras vezes sobre o meu ceticismo em relação ao PEB enquanto ele estiver atrelado a essa estrutura de "governo", seja em que âmbito for. É muito louvável essa iniciativa, porém ainda é muito pouco.
Cabe também, é óbvio, aos alunos das instituições privadas, COBRAR, o envolvimento e participação delas em projetos desse nível, pois afinal de contas, eles estão PAGANDO pelo nível de ensino que recebem.
Imaginem apenas quanto conhecimento prático um projeto desses pode desencadear numa instituição de ensino, nas várias cadeiras envolvidas, desde Engenharia Mecânica, a Elétrica/Eletrônica, Gerencia de Projetos, entre outras tantas.
Os recursos existem, os interesses existem, basta que alguém acenda aquela chama e algumas atitudes sejam tomadas.
Vale também lembrar que no projeto do ITAsat existe também a Unisinos que é uma universidade particular envolvida no projeto, conforme foi apresentado na entrevista do Eloi. Infelizmente para as universidades particulares é complicado o desenvolvimento sozinho de um projeto deste tipo visto que o financiamento deste tipo de projeto deve ser provido pelas fontes de fomento e para tal quem acaba ganhando os projetos são instituições públicas.
ResponderExcluirAo que me parece este é o primeiro nanosatélite desenvolvido no Brasil, ou seja, todos os subsistemas foram projetados manufaturados montados e testados no Brasil pelos estudantes. Os outros projetos deste porte estão importando tudo pronto, apenas adicionando alguns poucos componentes nacionais, e se auto entitulando "desenvolvidos no País". É como comprar um carro importado, trocar as rodas e dizer que é desenvolvido no País. E assim os alunos acabam não participando do desenvolvimento e aprendendo muito pouco.
ResponderExcluirVai acreditando que algum empresário vai investir dinheiro suado em desenvolvimento de alto risco (de lucro).Mas espera sentado....
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