Brasil e China Lançam Satélite em Dezembro e Apostam na Continuidade do Programa CBERS
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (04/09) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Brasil e China lançam satélite em Dezembro e apostam na
continuidade do Programa CBERS.
Duda Falcão
Brasil e China Lançam Satélite em
Dezembro e
Apostam na Continuidade do
Programa CBERS
Quinta-feira, 04 de Setembro de 2014
Membros do JPC, sigla em inglês para Comitê Conjunto do
Programa CBERS, discutiram o lançamento do CBERS-4, em dezembro, e a proposta
de mais um satélite, o CBERS-4A, a ser lançado daqui a três anos.
O Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources
Satellite) fornece dados para observação da Terra – as imagens dos
satélites são usadas para monitorar desmatamentos e a expansão da agricultura e
das cidades, entre outras aplicações.
A reunião do JPC aconteceu no Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), nesta segunda-feira
(1°/9) e foi coordenada pelo diretor Leonel Perondi e pelo presidente da
Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), Yang Baohua.
“Especialistas do INPE e da CAST têm trabalhado
intensamente para lançar o CBERS-4 em 7 de dezembro. O transporte do satélite
para a base está previsto para 15 de outubro”, informa Antonio Carlos de
Oliveira Pereira Jr., coordenador do Segmento Espacial do Programa CBERS.
O CBERS-4 já foi submetido com
sucesso aos testes elétricos e ambientais e, nos próximos
dias, será realizado o teste elétrico sistêmico de longa duração (100 horas
contínuas) em modo de simulação de voo. Ao final de todo este processo de
testes será realizada a Revisão Final de Projeto (FDR, na sigla em inglês),
prevista para a segunda quinzena de setembro.
CBERS-4A
O CBERS-4 foi projetado para uma vida útil estimada em três anos e um novo
satélite irá garantir a continuidade do fornecimento de imagens. O CBERS-4A
será equipado com cargas úteis fornecidas pelo Brasil e pela China - a divisão
de responsabilidade no desenvolvimento do satélite será de 50% para cada país.
O Brasil deve fornecer as câmeras MUX e WFI – as mesmas
dos CBERS-3 e 4 - e o Sistema de Coleta de Dados. O lado chinês propõe, em
substituição às câmeras PAN e IRS, incluir uma nova câmera de alta resolução
(HRC) e o instrumento óptico Aerosol Polarized Detector
(APD).
“Algumas questões ainda devem ser discutidas, mas
concluímos o estudo de viabilidade da missão CBERS-4A e geramos um documento
que será encaminhado para as agências espaciais dos dois países para
avaliação”, diz Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr.
Além do documento sobre o CBERS-4A, durante a reunião do
JPC os representantes do INPE e da CAST decidiram criar um grupo de
trabalho conjunto para avaliar as alternativas para uma nova família de
satélites de observação da Terra, visando a continuidade do Programa CBERS.
“Discutimos propostas preliminares para os satélites CBERS-5 e 6 e, também, uma
possível cooperação para monitoramento ambiental com o uso de satélite SAR (Synthetic-Aperture Radar).Estas propostas serão apresentadas
ao Grupo de Trabalho da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e
Cooperação (COSBAN) no final deste ano”, conclui Antonio Carlos.
Mais informações: www.cbers.inpe.br
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Bom, já me manifestei sobre o projeto CBERS no passado...
ResponderExcluirDa mesma forma que em outros pontos do PEB, como contribuinte, preferia que o dinheiro dos meus impostos fosse gasto de maneira mais inteligente e com artefatos de geração mais nova (que já estão disponíveis).
O CBERS, do jeito que está configurado hoje, é um artefato pequeno que usa uma das primeiras versões de plataforma de satélites chinesa.
O principal ponto é a vida útil de apenas 3 anos. O desenvolvimento da tecnologia das câmeras MUX e WFI, já foi, e provavelmente os chineses já podem copiá-la e fazer versões melhoradas (se é que já não fizeram), mas isso é outra história.
Plataformas de satélite mais recentes, não são apenas maiores para acomodar mais equipamentos. Podem também levar motores que reposicionam a órbita desses satélites estendendo sua vida útil.
Menos mal que ao final da nota, nos dois últimos parágrafos, eles acenam com a possibilidade de finalmente o projeto CBERS sofrer uma revisão e adotar soluções mais modernas para o fim a que se destina.
Quem quiser saber mais sobre o Synthetic-Aperture Radar, pode ver aqui. Se bem que a versão em língua inglesa está bem mais completa.