SOS Mata Atlântica e INPE Apresentam Dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (27/05) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o instituto e o
SOS Mata Atlântica apresentaram esta terça-feira (27/05) dados do Atlas dos Remanescentes
Florestais da Mata Atlântica.
Duda Falcão
SOS Mata Atlântica e INPE
Apresentam
Dados do Atlas dos Remanescentes
Florestais da Mata Atlântica
Terça-feira, 27 de Maio de 2014
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram nesta terça-feira (27/5), Dia da Mata
Atlântica, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata
Atlântica, no período de 2012 a 2013. O levantamento mostra que, após dois anos
da aprovação do novo Código Florestal, a taxa de desmatamento nas áreas de Mata
Atlântica continua a subir. Comparado ao período anterior, o desmatamento
aumentou 9%.
O levantamento foi apresentado por Marcia Hirota, diretora-executiva da
Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do Atlas pela organização; Flávio
Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, e Mario
Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação.
O estudo aponta desmatamento de 23.948 hectares (ha), ou 239 Km², de
remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2012 a
2013, um aumento de 9% em relação ao período anterior (2011-2012), que
registrou 21.977 ha.
A taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008, cujo registro foi de 34.313
ha. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No
levantamento de 2010 a 2011, ficou em 14.090 ha.
Nos últimos 28 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.850.896 ha, ou 18.509 km2 –
o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Atualmente, restam apenas 8,5%
de remanescentes florestais acima de 100 ha. Somados todos os fragmentos de
floresta nativa acima de 3 ha, restam 12,5% dos 1,3 milhões de km2
originais.
Segundo Flávio Jorge Ponzoni, do INPE, os avanços tecnológicos têm permitido
mais precisão nos levantamentos. “Mas, em razão da cobertura de nuvens, que
prejudicam a captação de imagens via satélite, foram avaliados 87% da área
total do bioma Mata Atlântica”.
Os dados podem ser acessados nos sites www.sosma.org.br e www.inpe.br
ou diretamente no servidor de mapas http://mapas.sosma.org.br.
Download de imagens das áreas monitoradas, em
alta resolução, em: http://bit.ly/1jV7UH0 (Créditos para SOS Mata Atlântica/INPE)
Confira o total de desflorestamento na Mata Atlântica
identificados pelo estudo em cada período (em hectares):
Abaixo, gráfico do histórico do desmatamento desde 1985:
Ranking dos Estados
A tabela a seguir indica os desflorestamentos, em
hectares, somente das florestas nativas (sem contar mangue e restinga),
observados no período 2012-2013, com comparativo e variação em relação ao
período anterior (2011-2012):
Obs.:na
última coluna, em azul, Estados que reduziram o desmatamento. Em vermelho,
indicação de aumento.
Líderes do desmatamento
Minas Gerais é o Estado campeão do desmatamento pelo
quinto ano consecutivo, com 8.437 ha de áreas destruídas, seguido do Piauí
(6.633 ha), Bahia (4.777 ha) e Paraná (2.126 ha). Juntos, os quatro Estados são
responsáveis por 92% do total dos desflorestamentos, o equivalente a 21.973 ha.
Apesar de liderar a lista, Minas apresentou redução de
22% na taxa de desmatamento, que em 2011-2012 foi de 10.752 ha. De acordo com
Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, a queda é
resultado de moratória que desde junho do ano passado impede a concessão de
licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa do bioma. A ação foi
autorizada pelo Governo de Minas Gerais após solicitação da Fundação,
apresentada em ofício protocolado em 10 de junho de 2013.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento do Estado criou uma força tarefa e recentemente apresentou o
resultado de algumas iniciativas de enfrentamento ao desmate. Balanço
premiliminar de uma operação de fiscalização realizada no Nordeste de Minas
Gerais, região que lidera a destruição do bioma, indicou que serão aplicadas
multas que superam R$ 2 milhões, além de 10.000 m3 de material apreendido
e 16 pessoas presas.
“Consideradas as médias mensais de desmatamento em Minas,
tivemos uma redução de 64% no ritmo dos desfloramentos após o anúncio da
moratória, que passou de 960 ha para 344 ha por mês. A resposta do governo foi
positiva, mas os índices ainda são os maiores do país e há muito trabalho a ser
feito, não só para conter o desmatamento, mas para restaurar e recuperar essa
floresta“, observa a diretora.
Desmatamento em Alta
Em segundo lugar no ranking, o Piauí, mapeado pela
primeira vez no levantamento apresentado no ano passado, surpreendeu
negativamente com a marca de 6.633 ha de áreas suprimidas, um aumento de 150%
em relação aos índices registrados no período 2011-2012 (2.658 ha).
No período, o maior desmatamento da Mata Atlântica foi
numa área que atinge dois municípios do Piauí, Manoel Emídio e Alvorada do
Gurguéia, com um total de 5.624 ha – sendo 3.164 ha no primeiro e 2.460 ha no
segundo.
Coincidentemente, a produção agrícola do Piauí cresceu
135,3% em relação ao ano anterior e a área plantada teve aumento de 23%,
passando de 1,118 milhão de ha em 2013 para 1,383 milhão de ha em 2014.
Dados do IBGE apontam que o Estado terá uma produção em 2014 de 3,671 milhões
de toneladas de grãos contra a produção de 1,560 milhão de toneladas produzidas
em 2013.
“Em apenas um ano, o Piauí mais que duplicou as áreas
desmatadas de Mata Atlântica, o que é muito preocupante. Portanto, enviaremos
os dados ao Governo do Estado e ao Ministério Público local para que averiguem
a situação e tomem as providências necessárias”, afirma Marcia Hirota.
A Bahia, terceiro Estado que mais desmatou o bioma no
último ano, perdeu 4.777 ha, um aumento de 6% em relação aos 4.516 ha do
período anterior.
Em quarto lugar no ranking, o Paraná teve uma perda de
2.126 ha de floresta nativa. Se comparado aos 2.011 ha suprimidos no ano
anterior, o aumento foi de 6%. Lá, os principais focos de desmate aconteceram
na região centro-sul, áreas de araucária que já registraram grandes índices de desflorestamento
no passado.
Outro destaque negativo é o caso do Mato Grosso do Sul,
que registrou 568 ha de desflorestamento, o que rendeu a ele o 6º lugar no
ranking, logo atrás de Santa Cartarina (672 ha). Houve um aumento de 1.049% em
relação ao último levantamento. Na versão 2012-2013 do Atlas, o Estado havia
registrado uma redução de 92% no desmate, com 49 ha de florestas suprimidas.
Já os destaques positivos são São Paulo, Alagoas,
Espírito Santo e Rio de Janeiro, que tiveram redução de desmatamento de 51%,
88%, 43% e 72%, respectivamente.
Efeito Formiga
Marcia Hirota explica que nos Estados de São Paulo e Rio
de Janeiro – que apresentaram baixos índices de desmatamento – a preocupação é
com o chamado “efeito formiga“. “Não há mais desmatamentos de grandes
proporções, mas eles ainda acontecem para expansão de moradias e
infraestrutura. Só não aparecem no nosso levantamento porque são áreas menores
de 3 ha“, diz ela.
Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da
Fundação SOS Mata Atlântica, é imprescindível que todos os municípios façam
seus Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA),
que reúnem e normatizam os elementos necessários à proteção, conservação,
recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica.
“O Plano traz benefícios para a gestão ambiental e o
planejamento do município. Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes
e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou
uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como
o de licenciamento de empreendimentos. Além disso, é uma legislação que coloca
o município muito mais próximo do cidadão, porque também estamos falando em
qualidade de vida”, destaca.
Mangue e Restinga
No período de 2012 a 2013 não foi identificada, pela
escala adotada, supressão da vegetação de mangue. Na Mata Atlântica as áreas de
manguezais correspondem a 231.051 ha.
Bahia (62.638 ha), Paraná (33.403 ha), São Paulo (25.891
ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões de
mangue.
Já a supressão de vegetação de restinga foi de 806 ha,
uma redução de 48% em relação aos 1.544 ha identificados no período anterior. O
maior desmatamento ocorreu no Ceará, com 494 ha, principalmente nos municípios
de Trairi, Amontoada e Aquiraz, com 259 ha, 71 ha e 57 ha de supressão
respectivamente. No Rio de Janeiro foram identificados 106 ha e no Paraná 94
ha.
A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a
641.284 ha. São Paulo possui a maior extensão (206.698 ha), seguido do Paraná
(99.876 ha) e Santa Catarina (76.016 ha).
Mapa da Área da Aplicação da
Lei no 11.428
Desde sua quinta edição, de 2005-2008, o Atlas dos
Remanescentes Florestais da Mata Atlântica considera os limites do bioma Mata
Atlântica tendo como base o Mapa da Área da Aplicação da Lei nº 11.428, de
2006. A utilização dos novos limites para os biomas brasileiros implicou na
mudança da área total, da área de cada Estado, do total de municípios e da
porcentagem de Mata Atlântica e de remanescentes em cada uma destas localidades.
A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa
atlântica do país, atingindo áreas da Argentina e do Paraguai nas regiões
Sudeste e Sul. De acordo com o Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428, a
Mata Atlântica abrangia originalmente 1.309.736 km2 no território
brasileiro. Seus limites originais contemplavam áreas em 17 Estados: PI, CE,
RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO, RJ, MS, SP, PR, SC e RS.
Nessa extensa área, vivem atualmente mais de 69% da
população brasileira.
Histórico
O Atlas dos Remanescentes Florestais e Ecossistemas
Associados do Bioma Mata Atlântica, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica
e o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, representa um
grande subsídio para a compreensão da situação em que se encontra a Mata
Atlântica.
O primeiro mapeamento, publicado em 1990, com a
participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), teve o mérito de ser um trabalho inédito sobre a área
original e a distribuição espacial dos remanescentes florestais da Mata
Atlântica e tornou-se referência para pesquisa científica e para o movimento
ambientalista. Foi desenvolvido em escala 1:1.000.000.
Em 1991, a SOS Mata Atlântica e o INPE deram início a um
mapeamento em escala 1:250.000, analisando a ação humana sobre os remanescentes
florestais e nas vegetações de mangue e de restinga entre 1985 a 1990.
Publicado em 1992/93, o trabalho avaliou a situação da Mata Atlântica em dez
Estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que
apresentavam a maior concentração de áreas preservadas. Os Estados do Nordeste
não puderam ser avaliados pela dificuldade de obtenção de imagens de satélite
sem cobertura de nuvens.
Um novo lançamento ocorreu em 1998, desta vez cobrindo o
período de 1990-1995, com a digitalização dos limites das fisionomias vegetais
da Mata Atlântica e de algumas Unidades de Conservação federais e estaduais,
elaborada em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA).
Entre o período de 1995-2000, fez-se uso de imagens
TM/Landsat 5 ou ETM+/Landsat 7 em formato digital, analisadas diretamente em
tela de computador, permitindo a ampliação da escala de mapeamento para
1:50.000 e, consequentemente, a redução da área mínima mapeada para 10 ha. No
levantamento anterior, foram avaliadas as áreas acima de 25 hectares. Os
resultados revelaram novamente a situação da Mata Atlântica em 10 dos 17
Estados: a totalidade das áreas do bioma Mata Atlântica de Goiás, Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul; e áreas parciais da Bahia.
Em 2004, a SOS Mata Atlântica e o INPE lançaram o Atlas
dos Municípios da Mata Atlântica, de forma a fornecer instrumentos para o
conhecimento, o monitoramento e o controle para atuação local. A partir desse
estudo, cada cidadão pode ter fácil acesso aos mapas e atuar em favor da
proteção e conservação deste conjunto de ecossistemas. O desenvolvimento da
ferramenta de publicação dos mapas na internet foi realizado pela ArcPlan,
utilizando tecnologia do MapServer (Universidade de Minnesota), com acesso nos
portais www.sosma.org.br e www.dsr.inpe.br.
Ao final de 2004, as duas organizações iniciaram a
atualização dos dados para o período de 2000 a 2005. Esta edição também foi
marcada por aprimoramentos metodológicos e novamente foram revistos os
critérios de mapeamento, dentre os quais se destaca a adoção do aplicativo
ArcGis 9.0, que permitiu a visualização rápida e simplificada do território de
cada Estado contido no bioma. Isto facilitou e deu maior segurança nos
trabalhos de revisão e de articulação da interpretação entre os limites das
cartas topográficas.
A quarta edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da
Mata Atlântica apresentou dados atualizados em 13 Estados abrangidos pelo bioma
(PE, AL, SE, BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS). Um relatório mostrou a
metodologia e os resultados quantitativos da situação dos remanescentes da Mata
Atlântica desses Estados e os desflorestamentos ocorridos no período de
2000-2005. Essa fase manteve a escala 1:50.000, e passou a identificar áreas
acima de três hectares e o relatório técnico, bem como as estatísticas e os
mapas, imagens, fotos de campo, arquivos em formato vetorial e dados dos
remanescentes florestais, por município, Estado, Unidade de Conservação, bacia
hidrográfica e corredor de biodiversidade.
Em 2008, foram divulgados os números atualizados a partir
de análises da 4ª edição do Atlas, incluindo os Estados de Bahia, Minas Gerais,
Alagoas, Pernambuco e Sergipe que, somados ao mapeamento dos Estados de
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, gerados pela ONG Sociedade Nordestina de
Ecologia, totalizam 16 dos 17 Estados onde o bioma ocorre, ou 98% de Mata
Atlântica.
Em 2009, o Atlas trouxe os números do desmatamento com
dados atualizados, até maio de 2009, em 10 Estados abrangidos pelo bioma (BA,
GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS). Essa edição apresentou a metodologia e os
resultados quantitativos da situação dos remanescentes da Mata Atlântica
ocorridos nessas regiões no período de 2005-2008.
Em 2010, a quinta edição do estudo trouxe dados
atualizados de 9 Estados abrangidos pelo bioma: GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC,
RS. O documento apresentou, sinteticamente, a metodologia atual, os mapas e as
estatísticas globais e por Estado. O mapeamento utilizou imagens do satélite
Landsat 5 que leva a bordo o sensor Thematic Mapper.
O levantamento de 2011, ano em que a Fundação SOS Mata
Atlântica comemorou seu 25º aniversário, foi apresentado o estudo mais
abrangente sobre os remanescentes da Mata Atlântica, com a situação de 16 dos
17 Estados, no período de 2008 a 2010.
Em 2012, a sétima edição do estudo trouxe dados
atualizados de dez Estados abrangidos pelo bioma: BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP,
PR, SC, RS. O documento apresentou, sinteticamente, a metodologia atual, os
mapas e as estatísticas globais, por Estado e municípios.
A versão de 2013 do Atlas dos Remanescentes Florestais da
Mata Atlântica abrangiu todos os 17 Estados (AL, BA, CE, ES, PI, GO, MS, MG,
RJ, SP, PB, PE, PR, SC, SE, RN, RS). O Piauí foi incluído pela primeira vez
após a realização do trabalho de campo para identificação dos remanescentes florestais
e o lançamento da carta 1:1.000.000 de Vegetação da Folha SC.23 – Rio São
Francisco. Volume 36 da Série Levantamento de Recursos Naturais – RADAMBRASIL
pelo IBGE, confirmando a ocorrência da Floresta Estacional Decidual. Os dados
dos Estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, gerados pela Sociedade
Nordestina de Ecologia (SNE), anos base 2000 e 2004 e de Pernambuco, Alagoas
e Sergipe, que têm como ano base 2005, foram atualizados para este
período, na medida da obtenção das imagens com qualidade e baixa cobertura de
nuvens.
A edição do ano passado marcou também a inclusão de novas
classes que serão monitoradas pelo Atlas, tais como Campos de Altitude
Naturais, Refúgios Vegetacionais, Áreas de Várzea e Dunas, que são formações
naturais não florestais mas essenciais para manutenção do ambiente natural e
biodiversidade em suas áreas de ocorrência. Os levantamentos estão em curso e
um mapa preliminar do Bioma Mata Atlântica já foi elaborado e apresentado nesta
edição.
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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