BNDES e Embraer Criam Fundo Para Investir no Setor Aeroespacial

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota publicada hoje (07/04) site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que a Embraer e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criam Fundo para investir no Setor Aeroespacial.

Duda Falcão

BNDES e Embraer Criam Fundo
Para Investir no Setor Aeroespacial

Valor Econômico
07/05/2014

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança hoje um fundo de investimentos em participações (FIP) que investirá em empresas dos setores aeronáutico, aeroespacial, segurança, defesa e integração de sistemas. O FIP Aeroespacial, como foi batizado, terá patrimônio inicial de R$ 131,3 milhões, tendo a Embraer como empresa-âncora e uma das cotistas.

A Embraer se comprometeu a aportar R$ 40 milhões no fundo, mesmo valor a ser integralizado individualmente pelo BNDES e pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). A Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) vai entrar com R$ 10 milhões e a Portbank, a gestora do FIP Aeroespacial, com R$ 1,3 milhão.

O presidente da FINEP, Glauco Arbix, disse ao Valor que existem poucas experiências no Brasil do chamado "corporate venture". "Mas poucas têm a dimensão desse [fundo] da Embraer." O termo em inglês designa fundos em que empresas de grande porte funcionam como "âncoras", podendo valer-se de sua participação no fundo para desenvolver sua cadeia de fornecedores.

A Embraer vê o FIP Aeroespacial como uma oportunidade de desenvolver a cadeia de fornecedores de base tecnológica da empresa, disse José Filippo, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da fabricante aeronáutica brasileira. Embora o fundo nasça com quatro grandes cotistas (mais o gestor que terá 1% de participação), Arbix disse que outros investidores foram convidados a "olhar com carinho" para o fundo.

Ele acredita que haveria espaço no fundo para um aporte de, pelo menos, R$ 200 milhões. "Queremos e precisamos de mais recursos", disse Arbix. Haverá prazo de um ano para a entrada de novos investidores no fundo, afirmou.

Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP, disse que a iniciativa do Fundo Aeroespacial, ao mesmo tempo em que incentiva o desenvolvimento de um setor estratégico para o país, serve de exemplo para que ações semelhantes se espalhem por outros segmentos. BNDES e FINEP avaliam iniciativas de "corporate venture" em outros setores.

Luiz Souto, superintendente da área de capital empreendedor do BNDES, afirmou que o fundo nasce com um perfil bem definido. Nos próximos quatro anos, o FIP Aeroespacial vai investir em empresas com faturamento bruto de até R$ 200 milhões por ano. E há expectativa de aplicar até 15% dos recursos em empresas nascentes com faturamento bruto de até R$ 3,6 milhões por ano, disse Fernando Rieche, gerente do departamento de fundos de investimento do BNDES. Ele não divulgou a meta de rentabilidade do fundo, mas disse que no Brasil, de forma geral, a expectativa é de que a taxa interna de retorno para o investidor em fundos de venture capital fique entre 16% e 20% ao ano.

O objetivo do fundo é formar, ao fim de quatro anos, um portfólio com oito a dez empresas, das quais três ou quatro serão nascentes (faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano). Leonardo Pereira, chefe do departamento de fundos de investimento do BNDES, afirmou que a tomada de decisões de investimentos será sustentada por uma estrutura de governança. Haverá, por exemplo, um comitê de investimentos que vai votar as propostas apresentadas pelo gestor.


Fonte: Jornal Valor Econômico via NOTIMP da FAB - http://www.fab.mil.br

Comentário: Espero e torço (apesar de não acreditar) que esse fundo realmente seja direcionado ao Setor Aeroespacial como um todo, e não só ao Setor Aeronáutico como está parecendo, já que desde que se começou a usar o termo aeroespacial para definir os Setores Aeronáutico e Espacial como um só, o Setor Espacial perdeu ainda mais espaço junto ao governo e as instituições públicas que bem ou mal financiam projetos espaciais no país.

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