Modelo de Previsão e Monitoramento de Ondas do CPTEC/INPE Avalia Impactos Ambientais em Regiões Costeiras
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota da postada dia (16/05) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Modelo de Previsão e Monitoramento de Ondas do CPTEC/INPE
avalia impactos ambientais em regiões costeiras.
Duda Falcão
Modelo de Previsão e Monitoramento de
Ondas do CPTEC/INPE Avalia Impactos
Ambientais em Regiões Costeiras
Sexta-feira, 16 de Maio de 2014
O CPTEC/INPE lançou em sua página de previsão de ondas (http://ondas.cptec.inpe.br/)
um modelo conceitual de monitoramento costeiro, de alta resolução (com grade de
até 20 metros), que permite avaliar diferentes impactos a partir dos movimentos
de marés e ressacas no litoral brasileiro. Este modelo está associado a um
projeto mais amplo, o Sistema de Previsão e Monitoramento Costeiro (SIMCos), um
projeto temático financiado pelo FAPESP, em operação há quase um ano, cujas
previsões podem ser acompanhadas na página do CPTEC/INPE. O SIMCos é composto
de dois modelos diferentes e independentes, mas concebidos para operar em
conjunto, de forma complementar, com o objetivo de emitir alertas de ressacas
e, adicionalmente, monitorar e avaliar os possíveis impactos na costa
brasileira.
O modelo de alta resolução, que está sendo lançado neste
momento, utilizou como área teste a Baia de Vitória, Espírito Santo, que
abrange a ilha de Vitória, região metropolitana e os portos de Tubarão e
Vitória. A base do modelo é o de correntes marítimas WWATCH, do
NCEP/NOAA, com dados de contorno (velocidade e direção dos ventos de
superfície) do modelo francês de circulação atmosférica global Mercator, além do
modelo holandês MOHID, que simula correntes marítimas próximas à costa
e os impactos de marés, ressacas e vasão de rios.
O SIMCos conta com 61 pontos de previsão e monitoramento
ao longo da costa brasileira. Em cada um destes locais, o sistema conta com uma
linha de 100 metros de profundidade, paralela e próxima a costa, para a qual há
uma série histórica de 30 anos, com dados de corrente marítima, temperatura da
superfície do mar, altura e direção das ondas, entre outros dados. Assim que
ondas acima da média são detectas pelo modelo, o SIMCos estaria programado para
emitir alertas de ressaca, passando a processar o modelo de alta resoulção.
Este modelo seria um similar ao desenvolvido para a baia capixaba, que
simularia com maior detalhamento os possíveis impactos da ressaca para aquele
litoral.
O modelo desenvolvido para a Baía de Vitória permite
simular impactos relacionados à vazão de rios, circulação e interação de água
doce e oceânica, erosão, dispersão e transporte de sedimentos e poluentes (como
manchas de petróleo), entre outras aplicações. Também simula os efeitos das
marés para obras de dragagem, construção de obras civis, como ampliação de
portos, prevendo áreas de assoreamento e de possíveis danos ambientais. O
desenvolvimento deste módulo do SIMCos contou com a cooperação da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
e Universidade Nacional Autonoma do México (UNAM).
De acordo com Valdir Innocentini, pesquisador do
CPTEC/INPE responsável pelo projeto, o desenvolvimento do SIMCos, alcançou seu
objetivo, que era viabilizar um conceito de sistema de alerta, a ser rodado
operacionalmente para toda a costa brasileira. Para implementar o sistema
completo, o pesquisador explica que seria necessário um novo projeto que
permitisse desenvolver modelos para cada um dos 60 pontos do SIMCos, para os
quais seriam “desenhadas” as respectivas grades do modelo, com base na
batimetria das áreas submersas destas regiões costeiras.
Como estes modelos podem ser rodados independentemente do
funcionamento do sistema de alerta, também seria possível utilizar o modelo de
maior resolução, adaptando-o a qualquer área da costa brasileira, para simular
com melhor precisão e refinamento impactos dos movimentos de marés e ressacas
nas diferentes atividades econômicas, de extração de petróleo, turísticas e
náuticas, típicas destas regiões. Os modelos também teriam aplicações em
pesquisas ambientais, com possíveis aplicações na área de mudanças climáticas,
além de ser uma poderosa ferramenta de monitoramento ambiental capaz de
oferecer subsídios a ações fiscais ambientais na costa e à formulação de
políticas ambientais.
Pontos de monitoramento na costa brasileira.
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Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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