Módulo CRIOSFERA-1 Completa um Ano na Antártica
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (11/01) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando o Módulo
Científico Brasileiro Criosfera-1, completou um ano de funcionamento no
interior da Antártica.
Duda Falcão
Módulo Científico
Brasileiro no Interior
da Antártica Completa um Ano
Rodrigo PdGuerra
Ascom do MCTI
11/01/2013 - 20:57
Fotos: Heitor Evangelistas /INCT Criosfera
Equipe do Criosfera 1 durante missão recente
Primeira
plataforma de pesquisas do Brasil no centro da Antártica, o módulo científico
Criosfera 1 completa seu primeiro ano neste sábado (12). Uma expedição
concluída no dia 4 marcou o momento com a instalação de novos equipamentos e a
manutenção técnica da estrutura, totalmente automatizada, sem acompanhamento
humano constante e movida a energia eólica e solar.
“O Criosfera 1 é um programa significativo porque, em
termos de América Latina, não se tem algo semelhante”, destaca o secretário
executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio
Elias. “O módulo trará resultados positivos para todos aqueles parceiros que
contribuem de forma decisiva para transformar a Antártica numa região de pesquisa,
pensando o desenvolvimento da ciência e a sustentabilidade do planeta.”
De acordo com o coordenador do Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT da Criosfera), Jefferson Simões, o
módulo abriu uma nova fase no Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), ao
adentrar o continente de forma duradoura. “O interior da Antártica é um grande
laboratório devido ao seu isolamento. O lugar mais limpo do planeta Terra é lá
dentro”, explica.
A coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte
Duhá, define a região como sentinela da mudança climática global. “O Criosfera
1 confere importante projeção geográfica do campo de atuação do PROANTAR,
permitindo a expansão da pesquisa científica em uma série de áreas de
conhecimento, tais como geologia, geofísica, glaciologia e ciências da
atmosfera, em termos gerais”, afirma.
O módulo envia dados por satélite ao Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), que analisa efeitos de gases
poluentes gerados na América do Sul e em outras partes do mundo sobre o
continente gelado. Recentemente, a estação do Criosfera 1 passou a integrar a
Rede Meteorológica Mundial e a rede do Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET/Mapa). “Ou seja, o Brasil agora tem uma estação oficial a 84 graus [de
latitude] sul”, diz Simões. “Então, pode-se imaginar que o país tem cobertura
de lá até o norte de Roraima.”
A expedição encerrada na semana passada permaneceu um mês
na Antártica – 21 dias no acampamento do próprio Criosfera 1, posto
latino-americano mais próximo do Polo Sul geográfico, onde temperaturas de 25
graus Celsius (ºC) negativos são comuns em dezembro e janeiro, meses de verão.
Formaram a equipe os pesquisadores Heitor Evangelista, da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Marcelo Sampaio e Heber Passos Reis, do INPE,
e Franco Villela, do INMET.
Desafio Logístico
Instalado 2,5 mil quilômetros ao sul da área da Estação
Antártica Comandante Ferraz (EACF), o Criosfera 1 fica numa localidade com
temperatura média de -32ºC, mas, no auge do último inverno polar, os
termômetros registraram -65ºC. “Quando entramos na Antártica, encaramos um
ambiente muito mais agressivo que o da EACF, cuja temperatura gira em torno de
-2,8ºC”, explica Simões. “Tivemos que comprar roupas e barracas especiais e ter
uma alimentação mais energética. Vivemos em acampamentos, em cima da neve,
isolados.”
Para chegar ao módulo, os pesquisadores ainda enfrentam
uma maratona de deslocamento. “Nós não podemos chegar de navio ao interior da
Antártica”, comenta Simões. “Então, a gente vai de transporte aéreo, contratado
internacionalmente. Primeiro, com um avião cargueiro, que aterrissa no gelo,
com rodas, a 500 quilômetros do Criosfera 1. Depois, a gente completa o trajeto
em avião com esqui, adaptado para pistas de neve.”
A manutenção anual do módulo, segundo Janice, depende da
contratação de serviços no mercado internacional. “Pela relevância que tem para
a ciência antártica brasileira, o projeto mereceria ser mais bem apoiado do
ponto de vista logístico-operacional”, aponta.
O módulo é uma ação do INCT da Criosfera, com recursos do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e
apoio da Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), da
Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC) e do Instituto Antártico Chileno. O INPE desenvolveu,
integrou e testou toda a infraestrutura do Criosfera 1. “Essa participação da
comunidade científica brasileira mostra que o país atingiu certa maturidade”,
afirma Simões.
Missão inclui manutenção e instalação de novos equipamentos
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
Comentário: Que bom leitor, com o acidente ocorrido na
Estação Comandante Ferraz e os desmandos desse governo desastroso, e com a
falta de informações sobre o andamento desse projeto, cheguei a temer que o
mesmo tivesse descido pelo ralo. Mas pelo visto o projeto não foi afetado (pelo
menos até agora) pela CHUCKYMANIA, e segue seu rumo sem percalços, isto é, se essas
informações passadas pelo MCTI forem verdadeiras e não simples blá-blá-blá
visando enaltecer o governo da presidente CHUCKY.
É quase isso...
ResponderExcluirNão vou me estender muito, mas aquele incêndio na Estação Ferraz, foi tão criminoso como a explosão do VLS.
Associada a falta de verbas decentes e decisões políticas se sobrepondo a decisões técnicas, como usar álcool como combustível e pior ainda, armazenado num local completamente inadequado.
Os familiares dos mortos tinham que entrar com uma ação de responsabilização, como fizeram os familiares dos mortos no acidente da TAM, apesar que na mina modestíssima opinião, os responsáveis por esse acidente também deveriam incluir os órgãos do governo que não fizeram o que deveriam fazer ANTES do acontecido. Não sei se evitaria o acidente, mas se a pista estivesse frisada como deveria, aí sim os órgãos de fiscalização estariam isentos de culpa.
Os responsáveis por esses dois crimes continuam impunes, pois tragédias anunciadas como essas são CRIMES !
Mas ao menos essa parte do projeto sobreviveu. Espero mais uma vez que aqueles que estão lá "metendo a mão na massa" se encontrarem alguma irregularidade, se manifestem e façam O QUE FOR NECESSÁRIO para corrigir qualquer problema do tipo que causou o dito incêndio na estação Ferraz.
No mais, o único outro "senão", é o fato que esses dados estratégicos para a defesa nacional, devem estar chegando aqui por intermédio de satélites de outra nações, e consequentemente sujeitos aos interesses daquelas. NÃO É MESMO SR. MINISTRO DA DEFESA?
Att.
Vendo assim este conteiner e mais a estação queimada , nosso país precisa ser mais determinado na construção da nova estação, principalmente porque dependemos muito de entender o continente e sua influencia no clima do Brasil. Gostaria que postasse imagens das estações do Japão e do Chile. É muita humilhação para a 6ª economia do planeta. Esses paises estão se adiantando e construindo silenciosamente verdadeiras cidades na antartica
ResponderExcluirQuem quiser ficar mais constrangido sobre o assunto, pode ver aqui:
ResponderExcluirBASES NA ANTÁRTICA
Os nossos vizinhos argentinos, possuem "apenas" 13 bases na Antártica (6 permanentes e 7 temporárias).
Temos muito que reclamar, denunciar e cobrar sobre isso também.
Att.
Mas passando de constrangido para envergonhado, quem quiser saber mais sobre uma das 5 bases americanas...
ResponderExcluirNSF SOUTH POLE STATION
Att.
Olá Bom dia!
ResponderExcluirMuito Bom descobrir o seu blogue. Vou ficar leitor!
Um comentário simples: eu sinceramente acho esquisito demais não haver maiores informações (da parte do governo) informando à opinião pública a respeito desses programas científicos.
Não digo nem somente pelo programa espacial brasileiro, mas também pelo antártico. Triste!
Não entendo! A argentina numa penúria, mas ela tem diversas bases, inclusive temporárias. Como pode? E o Brasil tem a sua perdida em incêndio. Como pode isso? Uma vergonha!
Desculpe o desabafo!
Mauricio Moreira
(Rio de Janeiro)