Cubesats Brazucas Serão Apresentados em Evento do IAA
Olá leitor!
Dr. Otávio Santos Cupertino Durão (INPE) |
O Diário Oficial da União (DOU) de hoje (31/01) publicou um
despacho do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) enviando o Dr. OTÁVIO SANTOS CUPERTINO DURÃO, Tecnologista do
INPE, para participar, com apresentação de trabalho, bem como discutir tecnicamente
os projetos dos nanossatélites nacionais NanosarC-Br 1 e 2, durante a realização
da “2ª Conferência da Academia Internacional de Astronáutica (IAA) sobre
Satélites Universitários”, que ocorrerá em Roma, Itália, no período de 01/02 a
11/02/2013.
O Dr. Durão que é
o coordenador técnico desses projetos, ao lado de pesquisadores como o Dr.
Waldemar Castro Leite (IAE), Dr.
Luís Eduardo Loures da
Costa (IAE), Dr. Gilberto
Fisch (IAE), Dra. Cynthia Junqueira (IAE), entre outros, são
profissionais que merecem todo o nosso respeito, pois são “GENTE QUE FAZ”.
Vale lembrar que o lançamento do
NanosatC-Br 1 está previsto para setembro desse ano e provavelmente deverá ser
realizado através de um foguete Falcon 9 da empresa americana SpaceX, o que explicaria em parte a presença recente (28/01)
da diretora
de negócios da SpaceX, Stella Guillen, na sede da Agência Espacial Brasileira
(AEB) em Brasília-DF.
O blog “BRAZILIAN SPACE” aproveita a
oportunidade para desejar sucesso ao Dr. Durão em sua viagem à Itália e aos
projetos do NanosatC-Br 1 e 2.
Duda Falcão
Fonte: Diário Oficial da União (DOU) –
Seção 2 – pág. 05 – 31/01/2013
Muito estranho...
ResponderExcluirFazendo uma pesquisa rápida no oráculo da internet, constatei que o NanosatC-Br 1, foi produzido na verdade pela empresa holandesa ISIS, colocando como "clientes" o INPE e a UFSM, com uma base na América do Sul, curiosamente na cidade de Santa Maria, objeto recente das manchetes por aqui.
Reparem que ao passar o mouse sobre os links que apontam para o INPE e para a UFSM, aparece a palavra "customer" !!
Afinal, trata-se de mais um "satélite brasileiro", adquirido de empresas estrangeiras?
Sinto muito, mas de agora por diante, só vou dar mérito a quem merece. Eu acho inconcebível que hoje com toda a infraestrutura e funcionários do INPE, que em última análise, foram e são financiados pelos nossos impostos, não seja capaz de produzir um CubeSat de forma completamente independente.
Ora bolas, se depois de todos esses anos, o INPE precisa "comprar" tecnologia para construir um CubeSat, sinceramente. Eu prefiro que gastem o dinheiro dos meus impostos em outro tipo de coisa.
Posso estar cometendo uma tremenda injustiça, mas é o que diz o site da empresa. Quem puder esclarecer que esclareça: Afinal, o INPE tem ou não capacidade de produzir CubeSats de forma totalmente local ou não? Afinal de contas, Os CubeSats seguem um padrão amplamente divulgado e comercializado.
Eu mesmo se tivesse interesse e recursos, poderia importar 1 kit e fazer a engenharia reversa da estrutura física que o sustenta. Quanto ao conteúdo pior ainda, pois na teoria, o INPE já fabricou satélites muito mais complexos, vide a novela CBERS.
O Brasil importar tecnologia para construir satélites do porte de um CBERS, apesar de já ser estranho ainda é admissível. Mas para um CubeSat? Francamente.
Qualquer que seja a explicação, vai ser difícil de engolir que a essa altura do campeonato, o Brasil não tenha sequer a capacidade de produzir CubeSats por conta própria. Esse tipo de satélite, o Brasil já deveria ser capaz de produzir às dezenas.
Att.
Caro Marcos!
ResponderExcluirTenha calma, não é assim. O que o INPE comprou da empresa ISIS foi a plataforma do satélite. Todo a parte da carga útil e outros subsistemas são desenvolvidos no INPE. A tecnologia de plataformas para cubesats e nanosats é relativamente nova e antes elas eram desenvolvidas pelas mesmas instituições (geralmente universitárias) que desenvolviam esses pequenos projetos de satélites. O INPE optou entrar nesse nicho bem recentemente, e para ganhar etapa e conhecer melhor esse tipo de plataforma se optou comprar dessa empresa ISIS. Entretanto, já existe em execução na USP, fruto em grande parte da iniciativa do INPE, a busca pelo desenvolvimento de plataformas similares para futura industrialização no Brasil. Portanto, tenha calma.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Ai sim!
ResponderExcluirMas só uma pergunta: podemos encontrar todos esses detalhes no site do INPE e da USP?
Tá vendo aí o motivo de ao menos manter os artigos e comentários do Blog depois de encerradas as atividades?
Tudo isso vai acabar caindo lá no banco de dados do oráculo, e no futuro quando alguém pesquisar pelo nome "NanosatC-Br 1", vai chegar aqui...
Como as informações hoje em dia estão espalhadas e muitas vezes nem publicadas, dependemos muito do conhecimento de alguns mais bem informados como você, para nos esclarecer.
Grato.
Olá Marcos!
ResponderExcluirQuanto as essas informações que eu lhe passei não, não constam pelo que eu sei nem do site do INPE e nem do site da USP, mas já havia postado essa informação aqui anteriormente e creio que você se esqueceu ou não leu a nota anterior, o que eu acho difícil, já que você e o Israel Pestana são os meus leitores mais ativos, mas enfim...
Quanto a encerramento eu já lhe expliquei o motivo de minha decisão e por enquanto ela é irrevogável, mas vamos esperar para ver como as coisas ficam até 31/12.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Opa!
ResponderExcluirCom certesa, foi esquecimento, muitas informações, sabe como é...
Mas foi muito bom, rever o artigo original, e principalmente os comentários, rolou uma bela discussão naquela época.
Abs.
Honestamente sabia que os nossos pesquisadores estavam debruçados nesse projeto, mas não sabia até onde poderia esse projeto ser considerado independente por causa da tal 'tecnologia holandesa'. Numa pesquisa sobre os satélites previstos pelo PEB o Duda me inteirou que somente a plataforma era holandesa mas que todos os outros componetes eram nacionais. Confesso que pela internet dificilmente seria possível saber isso.
ResponderExcluirPor exemplo o SGCD terá tecnologia absorvida de estrangeiros, e aquilo que se pode compreender é que o Brasil precisa dessa tecnologia estrangeira para se especializar na construção desse satélite (logo aí o satélite não pode ser considerado de contrução nacional). Mas o caso do Cubesat muda um pouco, mas ficava dificil pelas informações definir que, fora a plataforma, tudo era nacional, e daí ficava aquela dúvida. Mas como já está tudo esclarecido isso são então aguas passadas.
Sendo curto e grosso: o Brasil não faz CUBESATS! Se sabe ou não fazer, isto pode ser discutível, mas não faz! O que se vende é imagem, politicagem, missões fantasmas, ... Como exemplo, o CBERS é um satélite ultrapassado que mesmo depois de 20 anos de programa, o Brasil não o faz inteiramente! O programa espacial ficou e está nas mãos de políticos, que não geram nada a não ser desperdícios e corrupção. Os discursos e falatórios são profícuos, mas verifiquem a essência dos fatos e verão que estamos sendo enganados!
ResponderExcluirCubesats são para serem pequenos, de baixo custo e de rápida construção. Pesquisem na internet desde quando se fala deste CUBESAT e nada de lançar e funcionar!
ResponderExcluirFácil perceber que quem posta estas mensagens acima são senhores de mais idade, com mais experiência, e gostam muito de observar outros projetos.
ResponderExcluirBom, vamos explicar com clareza: o sentido de cubesats não é a simples criação ou desenvolvimento da plataforma, o foco é no despertar do interesse e aprendizado dos alunos na área espacial. Um novo projeto cubesat, em um país sem projeto de referência CubeSat, os alunos (sim, os alunos que devem desenvolver, é óbvio que o staff do inpe é capaz, mas o foco são alunos de graduação!!) levam em torno de 5 anos para desenvolver, ou até mais, o que extrapola o período de graduação. Quando a universidade ou instituição já tem um modelo de referência, esse período geralmente cai para 2 anos. O nanosatc-br1 optou por comprar a plataforma para encurtar este prazo, focando nesta primeira missão na payload e operação, e já obteve os seguintes resultados:
Em poucos anos de NanosatC-BR1 já existem mais de 15 ex-cubesaters na pós-grauação do INPE, USP, ITA, etc., 3 alunos do projeto foram estudar no exterior (Itália), apresentações internacionais de graduandos na IAA, IAF/IAC e outros congressos importantes da área espacial.
Isso sim é uma boa contribuição para o futuro da área espacial. Não importa se o satélite não ligar, ou funcionar pouco tempo, o incentivo e aprendizado desses alunos gerarão futuros profissionais da área espacial.