AEB Lança Novo Programa Nacional de Atividades Espaciais
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma nota postada hoje (21/01) no site
da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que a Agência lançou finalmente o novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
Duda Falcão
AEB Lança
Novo Programa Nacional
de Atividades Espaciais
Brasília, 21
de janeiro de 2013 – O novo
Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) está pronto. O documento
estabelece as diretrizes e ações do Programa Espacial Brasileiro entre 2012 e
2021. No novo PNAE, o aumento da participação da indústria nacional e a
implantação de um programa de domínio de tecnologias críticas são as principais
metas. A formação e capacitação de pessoal e a ampliação da cooperação
internacional também são temas prioritários no documento.
Segundo o presidente Agência Espacial Brasileira (AEB),
José Raimundo Coelho, o documento é produto de estudos realizados pela AEB.
“Avaliamos os resultados dos três PNAEs anteriores (1996, 1998 e 2005) e também
recebemos contribuições de importantes instituições governamentais e privadas
em anos recentes”, conta. Além disso, foi feita uma análise da organização e do
funcionamento do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais
(SINDAE).
“Acreditamos que o documento servirá como apelo à
inventividade e ao empreendedorismo no Brasil”, afirma o presidente da AEB. De
acordo com José Raimundo Coelho, é preciso atender às crescentes necessidades e
demandas espaciais do país. “Precisamos ser capazes de usufruir, soberanamente
e em grande escala, dos benefícios das tecnologias, da inovação, da indústria e
das aplicações do setor em prol da sociedade brasileira”. Para isso, ele
acredita ser necessário priorizar o desenvolvimento e o domínio das tecnologias
críticas, “indispensáveis ao avanço industrial e à conquista da necessária
autonomia nacional em atividade tão estratégica”. Para José Raimundo, esse
domínio só será alcançado com intensa e efetiva participação sinérgica do
governo, centros de pesquisa, universidades e indústrias.
No novo documento busca-se, até 2016, concluir e
consolidar diversos projetos em andamento, destacando-se os projetos dos
Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS-3 e CBERS-4, o foguete
Cyclone-4, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA),
o Veículo Lançador de Satélites (VLS), o Veículo Lançador de Microssatélites
(VLM), do satélite Amazônia-1 e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
Estratégicas (SGDC).
No período de 2016 a 2021, denominado como fase de
expansão, busca-se o desenvolvimento de novos projetos de maior complexidade
tecnológica, compreendendo a continuidade do programa Amazônia (AMZ-1B, AMZ-2),
o desenvolvimento de um satélite meteorológico geoestacionário, o lançamento do
segundo satélite de comunicação e o desenvolvimento do satélite radar de
abertura sintética.
2013 – Este
ano será importante para o Programa Espacial Brasileiro. O quarto satélite da
série CBERS, o CBERS-3 será lançado. O satélite é importante no monitoramento e
na gestão territoriais.
Ainda em 2013, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA),
localizado em Alcântara (MA), deverá ficar pronto para os lançamentos do VLS e
do Cyclone-4. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, localizado em
Parnamirim (RN) também passará por reformas. “Estamos propondo a
modernização de boa parte da infraestrutura do CLBI e a recomposição de outra,
utilizando a experiência que adquirimos no CLA. Os dois centros de lançamentos
são considerados estratégicos”, conta o presidente da AEB.
A formação de recursos humanos para o Programa Espacial
Brasileiro será fortalecida em 2013. “Queremos, por meio do programa Ciências
sem Fronteiras, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação levar
estudantes brasileiros para se especializarem em países já desenvolvidos na
área espacial e, também, trazer especialistas desses países para o Brasil.
Dessa forma, um dos grandes gargalos de nosso programa espacial, a falta de mão
de obra especializada, começará a ser sanado”, completa o presidente da AEB,
José Raimundo Coelho.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Bom, antes tarde do que
nunca, mas a verdade leitor é que se o período desse PNAE é de 2012 a 2021, o
mesmo teria de ser lançado no máximo em dezembro de 2011. Outra coisa, gostaria
de chamar a atenção do presidente da AEB, o Sr. José Raimundo Braga Coelho,
pois o mesmo demonstrou não ter conhecimento, já que o CLA está pronto para
lançar o VLS-1 desde o final de 2011 e se isso não foi feito até agora foi porquê o governo
DILMA ROUSSEFF não quis. É preciso parar com esses confetes e dizer a verdade a
sociedade brasileira, pois esses energúmenos precisam sair de sua zona de
conforto, caso contrário continuarão fazendo o que fazem de melhor, enganar o
povo e colher os frutos dessa ação. Outra coisa, é preciso que a sociedade
tenha acesso a esse documento, e a melhor forma de fazer isso é
disponibilizá-lo o quanto antes no site da agência. Agora quanto ao novo PNAE. Todo plano de ação parte-se do principio que seu articulador terá o compromisso necessário para que seus agentes executores possam colocar o plano em ação, e a verdade é que é muito difícil de acreditar que o governo venha ter esse compromisso nesse período de tempo. Em resumo, o mais provável é que esse PNAE acabe como os outros, ou seja, esquecido em alguma gaveta da política burrocrata, populista e irresponsável da capital federal. Mas enfim, para quem ainda acredita nesses governos populistas, esse novo PNAE será um prato cheio para discussões intermináveis e sem sentido.
Depois de muita espera, aqui vai uma dedicatória ao novo PNAE: Hallelujah Handel
ResponderExcluirJá está havendo uma maior participação da industria. Espero que o projeto do VLM traga alguns lucros para o nosso PEB, e que de alguma forma esse desastre da ACS não venha a atrapalhar o nosso VLS. Não sei se, quem escreveu essa matéria, se entusiasmou, tem muita fé, ou não sabia do novo Orçamento de 2013 para o nosso PEB. O fato é que esse orçamento pode por em causa a realização de muitos desses projetos.
Esperemos que esse envolvimento com a industria possa também trazer frutos, e que consigamos ir dependendo cada vez menos do governo.
Além de atrasado, ainda saiu a ilustração do VLS-1 no local que deveria ser o VLS-Alfa....
ResponderExcluirMais um documento inútil.
ResponderExcluirNenhuma mudança estrutural, onde está o ponto central do problema.
Nenhuma mudança de estratégia, continuam dividindo um orçamento ridículo, num monte de projetos desconexos, e sem uma prioridade clara.
Só precisamos avaliar 2 deles para ter uma ideia real do todo. Vamos aguardar o lançamento e operação bem sucedida dos satélites CBERS3 em 2013 e CBERS4 em 2014.
Eu duvido de ambos.
Temos mais foguetes em projeto do que a Nasa. Na teoria na realidade não temos nada. Se nosso programa espacial fosse sério todos os recursos do país, material e humano seria empregado na conclusão do VLM, Que e´um projeto mais simples e confiável que o VLS 1 depois quando esse foguete estivesse operacional partiríamos para voos mais altos. Do jeito que a coisa vai só meus netos vão assistir ao primeiro voo de sucesso de um foguete brasileiro.
ResponderExcluirÉ isso aí Daniel.
ExcluirTenho proposto isso por aqui sistematicamente.
No entanto, o maior problema é que essa verdadeira "bagunça", favorece os desvios de toda ordem, que dão sustentação a esse "governo".
Então, para eles, quanto mais confuso, melhor, eles podem fazer o que bem entendem, e depois jogar a culpa nos cientistas, engenheiros e técnicos, quando a coisa não dá certo.
É uma coisa tão simples, que qualquer leigo enxerga, mas os "interesses" são muitos, então quanto mais projetos em paralelo melhor para "eles".
É um desastre anunciado.