Pesquisadores da China Descobriram o Primeiro Grafeno Natural de Poucas Camadas nas Amostras Trazidas Pela 'Missão Chang’e-5' da Lua

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Fonte da imagem: Jin Liwang/ Xinhua

Ontem, em 25 de junho, o site 'China2Brasil' relatou que pesquisadores chineses identificaram, pela primeira vez, a presença de grafeno natural de poucas camadas em amostras de solo lunar trazidas pela Missão Chang’e-5. A descoberta ocorreu após extensa observação e análise das amostras.
 
De acordo com o site, o estudo oferece novas perspectivas sobre as atividades geológicas e a história evolutiva da Lua, assim como suas características ambientais. Além disso, amplia o entendimento da complexa composição mineral do solo lunar e fornece informações cruciais para a utilização de recursos lunares no local.
 
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Jilin, Instituto de Pesquisa de Metais da Academia Chinesa de Ciências, Laboratório de Exploração Espacial da China e Centro de Programa de Exploração Lunar e Espacial da Administração Espacial Nacional da China, foi publicado na revista National Science Review.
 
Os cientistas sugerem que o grafeno de poucas camadas de carbono grafítico pode ter se formado por um processo de catálise mineral induzido pelo vento solar e erupções vulcânicas iniciais na Lua.
 
O grafeno desempenha um papel crescente em diversas áreas, incluindo ciência planetária e espacial. Estima-se que ele constitua aproximadamente 1,9% do carbono interestelar total. A caracterização da composição e estrutura do grafeno natural pode, portanto, oferecer insights valiosos sobre a evolução geológica de corpos celestes.
 
Os pesquisadores utilizaram a técnica combinada de Microscopia Eletrônica de Varredura e Espectroscopia Raman para coletar espectros Raman em pontos específicos com alto teor de carbono nas amostras de solo lunar. Isso confirmou a alta qualidade cristalina do carbono grafítico nas amostras.
 
Além disso, eles exploraram e confirmaram que o carbono grafítico encontrado nas amostras é de fato grafeno de poucas camadas, chegando a essa conclusão por meio de uma análise detalhada e comparativa utilizando várias técnicas de caracterização, incluindo microscopia eletrônica de varredura.
 
Essa descoberta representa um avanço significativo no entendimento da composição lunar e das potenciais aplicações futuras de recursos lunares, promovendo novas possibilidades para a exploração espacial e a pesquisa científica planetária.
 
Agradecemos ao nosso amigo Eugênio Preza, CEO da startup brasileira 'EP.SpaceBr', por nos alertar sobre esta notícia. 
 
Brazilian Space
 
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!

Comentários