Esclarecimento: MCTI Faz 'Pivotagem' Com o Jurássico 'Satélite CBERS-5' e Transforma-o no Novo Satélite Meteorólogico

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Imagem de divulgação MCTI

Caros amigos e amigas, no dia 7 de junho, o portal da nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), com informações oriundas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), publicou uma nota esclarecendo melhor o tal projeto do Satélite Meteorológico, e como não poderia deixar de ser, na realidade trata-se de uma pivotagem Sociedade Brasileira. Explico: Eles tinham na agenda um satélite do Programa CBERS denominado de CBERS 5, um verdadeiro trambolho espacial insustentável e de difícil defesa do jeito que estava para ser conduzido tecnologicamente. Diante disto, eles transformaram esse antigo jurássico satélite CBERS 5 neste satélite Meteorológico, algo um pouco parecido o que fizeram com o Segundo Satélia Amazônia 1B, transformando ele no tal Satélite 'Satélite SABIA-Mar B', ou como foi bem denominado pelo Prof. Rui Botelho, Satélite SabiAzonia-1B. Detalhe: Não se soube mais nada sobre esse assunto.
 
Vale destacar também que, antes desta nota da AEB ser publicada, o Prof. Rui Botelho com a sua usual competência e profundo conhecimento dos bastidores de onde essa gente opera, já havia me dito que na opinião dele essa 'pivotagem' poderia acontecer, e olha só, não deu outra.
 
De acordo com a nota do portal, o Brasil estaria dando mais um importante salto tecnológico no setor aeroespacial (há sérias controvérsias quanto a esta afirmação, diga-se de passagem). Os governos brasileiro e chinês assinaram nesta quinta-feira, 6, em Pequim, uma Declaração Conjunta de Intenções para o desenvolvimento do satélite CBERS-5. Ao contrário de seus antecessores, este será um satélite meteorológico geoestacionário. Isso significa que ele ficará em uma órbita específica sobre a Terra, acompanhando o movimento de rotação do planeta, permitindo a observação contínua de uma região específica. No caso do CBERS-5, a área de foco será o Brasil, fornecendo dados cruciais para a previsão do tempo e o monitoramento de eventos climáticos extremos, como secas, tempestades, enchentes. O novo satélite será projetado para oferecer um suporte significativo na observação de processos atmosféricos de maneira mais precisa, rápida e eficiente ajudando assim na mitigação de futuros desastres naturais.
 
O documento foi assinado durante a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), com a presença de diversas autoridades, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e representantes do MCTI e do INPE, além de autoridades chinesas.
 
A COSBAN é a principal instância de cooperação política entre Brasil e China, e atualmente é presidida pelos vice-presidentes dos dois países. O MCTI coordena três subcomissões dentro da COSBAN: Ciência, Tecnologia e Inovação; Indústria e Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs); e Cooperação Espacial. O secretário Inácio Arruda relatou as atividades e projetos colaborativos dessas subcomissões nos últimos dois anos.
 
Cooperação Internacional
 
A assinatura desta Declaração Conjunta de Intenções marca a continuidade de uma cooperação bem-sucedida entre Brasil e China, que já resultou em lançamentos anteriores de satélites CBERS. O próximo passo é discutir os aspectos técnicos necessários para o desenvolvimento do CBERS-5, com um documento detalhando as responsabilidades de cada país previsto para novembro.
 
A ministra Luciana Santos destacou que o novo satélite representará um avanço significativo para a ciência, tecnologia e inovação no Brasil, demonstrando o compromisso do governo com tecnologias avançadas. Ela também enfatizou a importância de ter dados meteorológicos próprios, especialmente em um contexto de aumento de desastres naturais devido às mudanças climáticas, o que permitirá ao país prevenir, monitorar e mitigar os impactos desses eventos.
 
O secretário Inácio Arruda ressaltou a relevância da cooperação tecnológica com países do Sul Global, destacando os benefícios sociais concretos que essa parceria traz, como avanços na saúde, energias renováveis, planejamento urbano e agricultura, além de melhorar a previsão do tempo.
 
O diretor do INPE, Clezio De Nardin, afirmou que o desenvolvimento do CBERS-5 representa um avanço significativo para a meteorologia e a observação climática, beneficiando não apenas o Brasil, mas também outros países da região e a comunidade global. Ele concluiu dizendo que os dados meteorológicos gerados serão compartilhados com parceiros chineses e outros países interessados, com especial atenção à América Latina e ao Caribe, sugerindo a criação de um centro latino-americano de previsões climáticas.
 
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