Projeto PneumoPlanet: Será Esta a Resposta Europeia Para Estadunidenses e Chineses na Nova Corrida Lunar?

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma interessantíssima matéria postada ontem (10/02), no site ‘Inovação Tecnológica’, tendo como destaque o projeto da fabricante austríaca de estufas ‘PneumoCell’ de uma espécie de cidade lunar subterrânea com módulos infláveis que é financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA). Saibam mais sobre essa notícia pela matéria abaixo. 
 
Sensacional, maravilhoso, e mais uma prova de que os Europeus não querem ficar atrás nessa nova corrida lunar. É claro que algo assim pode parecer ficção científica, e na realidade neste momento não deixa de ser, mas quem pode duvidar de povos humanos realmente determinados em alcançar seus objetivos? Exemplos não faltam na história da humanidade que comprovam o sucesso daqueles que se empenham em conseguir seus objetivos e o BS, na pessoa do Prof. Rui Botelho, mais jovem e saudável do que este que vos fala, poderá estar presente quando algo assim se tornar realidade. Parabéns aos europeus e 
 
Avante Projeto PneumoPlanet!
 
Brazilian Space 
 
ESPAÇO 
 
Conheça o Ambiente Inflável Que Pode Criar Uma Cidade na Lua
 
Redação do Site Inovação Tecnológica
10/02/2023
 
[Imagem: Pneumocell]
Será essencialmente uma cidade espacial subterrânea.
 
Habitáculo Inflável Para a Lua 
 
Financiada pela Agência Espacial Europeia (ESA), a fabricante austríaca de estufas PneumoCell apresentou o projeto final do seu conceito PneumoPlanet, um conjunto de habitáculos para astronautas e colonos que se aventurarem fora da Terra.
 
Apesar do "nome planetário", este projeto foi pensado especificamente para a Lua, com os módulos infláveis se encaixando nas crateras próximas aos polos lunares, onde a luz do Sol está quase permanentemente disponível.
 
Isto é essencial porque toda essa futura cidade lunar será alimentada por energia solar. O habitáculo foi projetado para operar de forma autossuficiente a longo prazo, produzindo e reciclando seu próprio oxigênio e usando exclusivamente a energia da irradiação solar.
 
Espelhos com sistemas de rastreamento da luz ficarão constantemente voltados em direção ao Sol, usando a luz visível para iluminar o interior dos habitáculos subterrâneos e a luz infravermelha para aquecimento.
 
No topo de cada casa lunar, uma torre metálica hiperbólica servirá de sustentação para uma membrana espelhada que refletirá a luz do Sol, que chega quase horizontalmente nos pólos, para o interior da cratera artificial.
 
A torre é giratória, instalada sobre um trilho magnético circular, girando para seguir a direção da luz do Sol. Para simular a noite, o espelho no alto da torre é simplesmente afastado da luz do Sol a cada ciclo noite/dia.
 
No interior do habitáculo, outro espelho em forma de cone direciona a luz do Sol para o interior do habitáculo, que tem o formato toroidal.
 
O uso de estruturas infláveis no espaço tem várias vantagens, incluindo o fato de elas serem ultraleves, barateando os custos de lançamento, e poderem ser pré-fabricadas na Terra.
 
[Imagem: Pneumocell]
Os módulos poderão ser construídos em crateras ou elevados, sempre cobertos por regolito
 
[Imagem: Pneumocell]
Sistema de captação de energia solar.
 
Para proteção contra micrometeoritos e radiação cósmica, depois de inflados os habitáculos serão cobertos com uma camada de 4 a 5 metros de espessura de regolito, o poeirento solo lunar. Além da proteção física, essa barreira de solo servirá como isolamento térmico do frio congelante da Lua.
 
Dentro do projeto financiado pela ESA, a empresa também projetou uma escavadeira para coletar o regolito e recobrir as estruturas infláveis. Como o solo lunar é muito fofo, os projetistas optaram por uma escavadeira com pés, em vez de rodas ou esteiras, devido ao grande risco de atolamento
 
[Imagem: Pneumocell]
Escavadeira com pés, para não correr o risco de ficar atolada no fofo solo lunar.
 
A ideia inicial é construir 16 estufas, o que seria suficiente para manter uma tripulação permanente de 32 pessoas.
 
Além das moradias, haverá também estufas específicas para produção de alimentos.
 
Enquanto isso, estufas especificamente projetadas para funcionar como usinas, pegarão toda a luz e a dirigirão para painéis solares, que produzirão até 65 kW de eletricidade, o que corresponde a 265 watts por metro quadrado.
 
[Imagem: Pneumocell]
Interior do módulo agrícola, para produção de alimentos.
 
As torres serão as únicas partes visíveis de uma cidade lunar construída com o conceito PneumoPlanet; Tudo o mais ficará no subterrâneo, incluindo as interligações entre as diversas unidades, o que deverá minimizar os riscos para os moradores.
 
Isto pode ser um tanto frustrante para astronautas e candidatos a colonos sonhando em morar no espaço, já que não será muito diferente de viver em um prédio sem janelas, desfrutando apenas de uma gravidade menor.
 
Mas sempre há a expectativa de um passeio lá fora, embora isso vá exigir todos os cuidados tradicionais de uma caminhada espacial, incluindo vestir um traje adequado. Mas, claro, a melhor solução seria a inclusão no projeto de um habitáculo panorâmico, de onde pelo menos se possa ver a Terra
 
[Imagem: Pneumocell]
As "casas" serão interconectadas por corredores também subterrâneos.
 
Embora não haja um cronograma para que a cidade lunar inflável seja testada, o conceito parece ser mais simples e mais barato do que o caminho escolhido pela NASA, que recentemente anunciou um contrato com uma empreiteira para fazer obras na Lua usando impressão 3D.
 
A agência espacial norte-americana também não parece muito disposta a investir na energia solar em sua exploração lunar, já tendo anunciado projetos para construir usinas nucleares na Lua. 
 
Bibliografia: 
 
Artigo: Site selection, thermodynamics, environment and life support analysis for the PneumoPlanet inflatable lunar habitat concept 
Autores: Thomas Herzig, Norbert I. Kömle, Wolfgang Macher, Gábor Bihari, Philipp Gläser 
Revista: Planetary and Space Science 
Vol.: 224(6003):105595 
DOI: 10.1016/j.pss.2022.105595

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