Nota da AEB: Nanossatélites Movimentam o Programa Espacial Brasileiro
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma extensa nota publicada no dia de ontem (13/02) no site oficial da nossa “Agência Espacial de Brinquedo (AEB)”, fazendo
um relato interessante sobre todos os pequenos satélites já desenvolvidos no Brasil e os que estão em desenvolvimento
atualmente no país. Saibam mais
pela nota abaixo.
Brazilian Space
ASSUNTOS - NOTÍCIAS
Nanossatélites Movimentam o Programa Espacial
Brasileiro
Parcerias da AEB com instituições de ensino e pesquisa
impulsionam a produção de satélites nacionais
Publicado em 13/02/2023 - 17h25
Atualizado em 13/02/2023 - 17h40
Desde o início da década de 90, quando os primeiros
satélites brasileiros foram lançados ao espaço, que o Brasil tem evoluido
bastante nesta área. O primeiro artefato brasileiro foi o Dove-OSCAR 17,
projetado e desenvolvido pelo radioamador brasileiro, Junior Torres de Castro,
e lançado em fevereiro de 1990, a partir do Centro Espacial de Kourou,
localizado na Guiana Francesa.
Já no contexto do Programa Espacial Brasileiro, o
primeiro satélite do Brasil a entrar em órbita foi o SCD-1, em fevereiro de
1993, por intermédio do foguete Pegasus, no Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.
De lá para cá, o cenário brasileiro progrediu e, atualmente, tem priorizado a
produção e o lançamento dos chamados nanossatélites.
Os nanossatélites são pequenos satélites artificiais com
massa menor que 10 kg, muitas vezes não chegando a pesar 1kg. Eles dispõem de
estruturas reduzidas e possuem formatos padrões que, em sua maioria, têm a
aparência de um cubo. Esses são chamados de cubesats.
A partir de 2014, quando o NanosatC-BR 1, primeiro
nanossatélite brasileiro, foi lançado ao espaço, o Brasil passou a ter
visibilidade na fabricação desse tipo de equipamento. A Agência Espacial
Brasileira (AEB), em parceria com Universidades Federais, tem buscado cada vez
mais desenvolver esses artefatos que, com custos reduzidos, trazem diversos
benefícios, não só para a comunidade universitária, como para a sociedade em
geral.
Atualmente, no Brasil, alguns nanossatélites estão em
desenvolvendo. Dentre eles, o Aldebaran-I, fruto de uma parceria entre a AEB e
a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e o NanoMIRAX, financiado pela AEB e
desenvolvido em cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
O Aldebaran-I é um Cubesat em fase de teste, que tem como
objetivo auxiliar na busca de pequenas embarcações e pescadores que ficam à
deriva, após se perderem em alto-mar, possibilitando e reduzindo, assim, o
tempo de resgate. “O projeto foi o ponto de partida que tem incentivado
pesquisas científicas, tanto na graduação quanto na pós-graduação, por alunos e
orientadores, que atuam no campo de inovações para subsistemas de um
nanossatélite, como o EPS e Controle de Atitude”, explica Carlos Brito,
coordenador do projeto pela UFMA.
Já o NanoMIRAX é uma missão científica que consiste em
colocar em órbita um nanossatélite que levará sensores para pesquisas sobre
explosões cósmicas associadas a ondas gravitacionais.
De acordo com o pesquisador da Divisão de Astrofísica
(DIAST) do INPE, João Braga, o NanoMIRAX trata-se do primeiro satélite
brasileiro na área de Astronomia, ou seja, o primeiro satélite desenvolvido no
Brasil para estudar o universo e os astros. O projeto, que já teve seu modelo
de engenharia desenvolvido e testado, encontra-se na fase de desenvolvimento do
modelo de voo.
Experiência Com os Primeiros Lançamentos
Nos últimos anos, mesmo com as dificuldades, vários
nanossatélites desenvolvidos no Brasil foram lançados ao espaço.
O primeiro deles, o NanosatC-BR 1, foi lançado em junho
de 2014, a partir da base de Dombarovsky, na Rússia, e, após dois anos
cumprindo bem as funções de conhecimento sobre o processo em solo e obtendo
dados da anomalia magnética do Atlântico Sul, passou a apresentar problemas de
rastreamento de dados, tornando-se inoperante após cinco anos de operação.
O professor Andrei Legg, responsável pelo programa
NanosatC-BR, conta que essa primeira missão serviu de aprendizado, pois a
equipe não tinha muita experiência. “Os objetivos principais foram obter conhecimento
para se comunicar com o nanossatélite e formar um forte elo com rádios
amadores. Também aprendemos sobre construção terrena e como enviar um satélite
para o espaço, além de conhecer outros players que existem no mercado, como
quem realiza os lançamentos ou quem fabrica componentes”, analisa.
Atualmente o programa NanosatC-BR conta com outro
satélite em órbita, o NanoSatC-BR2, lançado em março de 2021. O projeto foi
desenvolvido pelo INPE, por meio de seu Centro Regional Sul (CRCRS), em
parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sendo que sua equipe
é essencialmente composta por alunos de graduação, bolsistas e professores que
atuam em cooperação com pesquisadores e tecnologistas.
Pouco mais de seis meses após o lançamento do primeiro
nanossatélite brasileiro, o AESP-14 é lançado a partir da Estação Espacial
Internacional (ISS, na sigla em inglês). O objetivo da missão era validar, no
espaço, a plataforma financiada pela AEB e desenvolvida por estudantes do curso
de Engenharia Aeroespacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), mas,
devido a uma falha na abertura da antena de transmissão, o nanossatélite ficou
inoperante.
Apesar da falha, a equipe integrante do projeto avaliou
que, na análise geral, a missão foi cumprida, pois o objetivo traçado, que era
de projetar, construir, testar, certificar e lançar um artefato espacial foi
alcançado.
Projetos Educacionais no Espaço
No dia 18 de agosto de 2015, foi lançado ao espaço o
nanossatélite SERPENS (Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e
Experimentos com Nanossatélites), desenvolvido por um consórcio
formado por universidades e institutos de pesquisas federais, em parceria com
universidades estrangeiras e coordenado pela AEB.
O SERPENS-1 era um satélite de pequeno porte do tipo
CubeSat 3U (dimensões 10 x 10 x 30 cm), com, aproximadamente, 2,4 kg. Com a
ideia de promover missões para capacitação de RH e realização de
pesquisas e experimentos universitários, o equipamento recebia dados de
sensores instalados em diversas partes do mundo e retransmitia para a estação
de operação da missão, que foi encerrada em março de 2016, com a desintegração
do artefato após reentrada na atmosfera terrestre.
Atual coordenador de Políticas e Programas da Diretoria
de Governança do Setor Espacial da AEB, o engenheiro Gabriel Figueiró, à época
bolsista, participou do processo de desenvolvimento do nanossatélite. “Ter
trabalhado no SERPENS de 2013 a 2016 foi uma experiência muito importante.
Antes eu tinha conhecimento acadêmico, mas atuar no desenvolvimento de um
sistema completo modificou minha visão sobre engenharia de sistemas espaciais e
foi fundamental para a minha formação”, relata.
Em dezembro de 2016, um projeto inovador colocou o
Tancredo-1 em órbita da terra. Com apoio do INPE e custeado pela AEB, o
nanossatélite foi desenvolvido por estudantes do ensino fundamental de uma
escola pública em Ubatuba (SP).
Com o peso de 650 gramas e, aproximadamente, 9
centímetros de diâmetro e 13 cm de altura, o satélite de pequeno porte tem o
formato de um cilindro, sendo chamado de TubeSat, e foi enviado ao espaço a
bordo de um foguete japonês lançado a partir do laboratório Kibo, da Estação
Espacial Internacional (ISS).
O Tancredo-1 faz parte do projeto UbatubaSat e levou dois
experimentos científicos para teste. Um deles foi o gravador chip com uma
mensagem gravada pelos estudantes, que foi transmitida em órbita e captada por
radioamadores. O outro, um experimento do INPE, com objetivo de analisar as
bolhas de plasmas da atmosfera, fenômeno que compromete a captação de sinais e
antenas parabólicas localizadas na linha do Equador.
“O Projeto UbatubaSat foi responsável por uma revolução
na escola e, de maneira mais ampla, na cidade. Os estudantes trabalharam junto
com pesquisadores do INPE para a construção do nanossatélite e tiveram a
oportunidade de contato com a ciência e pesquisadores internacionais em eventos
científicos no Japão, Estados Unidos e no próprio Laboratório de Propulsão a
Jato da NASA”, explica o professor Cândido Moura, da Escola Municipal
Presidente Tancredo de Almeida Neves e coordenador do projeto.
Tecnologia Brasileira em Operação
No início dos anos 2000, a AEB procurou o ITA para a
criação de um curso de Engenharia Aeroespacial, cujo objetivo era utilizar-se
das expertises do ITA para o desenvolvimento de nanossats, surgindo,
assim, o projeto ITASAT.
Hoje, existem no Brasil sete cursos de Engenharia
Aeroespacial disponíveis: UFMG, UFSM, UnB, UFMA, UFABC, UFSC e ITA, além de
três cursos de pós-graduação na área.
No dia 3 de dezembro de 2018, o ITASAT-1 subiu ao espaço,
a bordo do foguete Falcon 9, da empresa americana Space X. O CubeSat, projetado
eminentemente para formação de RH, teve vida útil projetada para duração de um
ano, mas está a quase quatro anos em operação e, atualmente, vem sendo
utilizado, com o apoio da AEB, para treinar operadores de satélite.
Ao longo desses anos em órbita, a experiência obtida com
a missão vem sendo empregada pelo ITA em seus atuais projetos. As atividades de
operação do satélite, em conjunto com a parceria das estações do INPE,
enriquecem não somente o ITA, mas, também, contribuem para formação de recursos
humanos nesses institutos e para a validação e calibração das estações terrenas
em seus respectivos projetos espaciais.
Outro nanossatélite em operação é o FloripaSat-1, missão
de demonstração tecnológica totalmente desenvolvida por estudantes do Laboratório
de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Trata-se de um CubeSat composto por cinco módulos, cujos
objetivos principais são o educacional e a validação em órbita (In-orbit
Validation, IoV).
O pesquisador e coordenador do projeto, professor Eduardo
Bezerra, afirma que os objetivos foram concluídos com êxito e que novas missões
utilizando a plataforma aberta do FloripaSat têm como propósito a independência
tecnológica em relação aos fornecedores estrangeiros.
“Temos uma formação em fluxo contínuo de estudantes nos
diversos níveis, da graduação ao doutorado, incluindo pós-doutorado, em uma
vasta área de assuntos relacionados a CubeSats e aplicações espaciais em geral.
Em relação ao IoV, foi possível validar em orbita a plataforma de serviço
denominada FloripaSat, que passa a ser uma alternativa nacional, com custo
bastante reduzido, ao se considerar plataformas equivalentes utilizadas nas
demais missões de CubeSats brasileiros”, ressalta.
Além disso, encontra-se em fase de desenvolvimento o
projeto GOLDS-UFSC, que tem como objetivo principal validar, em órbita, uma
plataforma 2U padrão CubeSat, a ser desenvolvida pela UFSC e a tecnologia EDC
(Environmental Data Collector), carga útil de coleta de dados desenvolvida pelo
INPE.
Um 2022 Movimentado
O ano de 2022 iniciou com o lançamento do PION-BR1,
primeiro satélite construído por uma startup brasileira, ocorrido no dia
13 de janeiro, por meio do foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, a partir de
Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).
O PION-BR1 é considerado um picossatélite, também chamado
de “PocketSat” ou “PocketQube”, um tipo de satélite miniaturizado para pesquisa
espacial, sendo caracterizado pela forma de um cubo, de apenas 125 cm³, cuja
montagem de todo o equipamento foi realizada em um laboratório em São Caetano
do Sul, interior de São Paulo. O nanossatélite foi desenvolvido em apenas sete
meses, pelos fundadores da startup PION Labs, em parceria com a Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), com o objetivo de estudar a capacidade de
comunicação de longa distância para o desenvolvimento de uma nova era para o
segmento no país.
Também lançado pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, o
nanossatélite Alfa Crux subiu ao espaço no dia 1º de abril. O projeto é uma
parceria da AEB com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF),
Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC) e Universidade
de Brasília (UnB).
“A parceria começou ainda na fase de prospecção, quando
tivemos a oportunidade de apresentar o conceito da operação ao presidente
da AEB, Carlos Moura. Como resultado, iniciamos uma série de reuniões e
negociações, envolvendo, também, a FAPDF, que culminou com a assinatura
de um Memorando de Entendimento, com objetivo de estabelecer iniciativas para a
colaboração técnica no desenvolvimento da missão, por meio da
participação de engenheiros e equipe de apoio, além da realização de
mesas-redondas e discussões entre as partes, visando a assegurar o bom
andamento do projeto, assim como identificar e discutir aspectos relacionados
com a inovação, a aplicação e o uso dos resultados previstos”, explica
o coordenador da missão Alfa Crux e professor da UnB, Renato Alves
Borges.
O Alfa Crux é uma missão com fins educacionais e de
demonstração tecnológica em órbita. Através de sinais de rádio, o satélite
busca melhorar a comunicação em áreas isoladas do país. Dentre alguns de seus
objetivos, o sistema fornece comunicação entre usuários e um conjunto de
plataformas genéricas de sensores (demonstração de sistema de coleta de
dados), comunicação entre radioamadores (repetidora digital), além de estudos
sobre atenuação, devido ao efeito da cintilação ionosférica em enlaces de
comunicação em banda estreita (elaboração e validação de mapas de
riscos). Esse último item, de especial interesse em aplicações críticas que
podem envolver risco à vida, como, por exemplo, busca e
salvamento.
Segundo o professor Renato, os ganhos científicos são
vastos. “Considerando as principais métricas utilizadas neste
contexto, número de formandos, publicação científica, depósito de patentes
e registro de softwares, o projeto Alfa Crux tem proporcionado importantes
conquistas em todas estas frentes. Além disso, é importante destacar o
fortalecimento e a construção de novas parcerias com universidades e grupos
internacionais, no contexto de tecnologias e soluções para aplicações
espaciais, e o constante ingresso de novos alunos para a equipe, tanto na
pós-graduação quanto na graduação”, destaca.
O mais recente lançamento ocorreu no dia 26 de novembro,
quando o SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task),
nanossatélite desenvolvido pelo ITA e o INPE, em cooperação com a AEB e a Administração
Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, do inglês National
Aeronautics and Space Administration), subiu ao espaço, também a bordo de
um foguete da SpaceX, com decolagem a partir do Kennedy Space Center,
localizado na Flórida.
O CubeSat tem a missão de investigar a anomalia magnética
do Atlântico Sul, para entender melhor as condições que causam o crescimento
das bolhas de plasma. Essas "falhas" são comuns em regiões tropicais
e interferem nos dados de posicionamento de GPS dos receptores utilizados em
veículos terrestres, marítimos e aéreos.
De acordo com o professor do ITA, Luís Loures, que é
gerente da participação brasileira no projeto do SPORT, trata-se de um projeto
extremamente complexo. “Talvez seja o pequeno satélite mais completo do mundo na
área de clima espacial, pelo número de medidas que irá realizar
simultaneamente. O SPORT pode ser pequeno, mas é extremamente avançado”,
afirma.
Os dados captados pelo satélite serão usados pelo
Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE),
coordenado pelo INPE. Nos Estados Unidos, o SPORT está sob a responsabilidade
do Marshall Space Center da NASA, em Huntsville, Alabama.
Próximos Lançamentos
Além dos já citados Aldebaran-I, NanoMIRAX e GOLDS-UFSC,
outros projetos estão em desenvolvimento, como, por exemplo, o PdQSat, projeto
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ainda sem previsão de
lançamento, cujo objetivo principal é testar baterias de Li-S em ambiente
espacial.
As baterias de Li-S possuem tecnologia relativamente
nova, criada por uma empresa britânica, e têm densidade energética muito maior
do que as baterias tradicionais. Assim, dada sua leveza, representam um
excelente potencial para um dispositivo embarcado.
“Os alunos estão absolutamente encantados com a
possibilidade de trabalhar em um artefato que, realmente, tem chance de voar e
já estão preparando outros estudantes, na forma de trainee, para que
tenham maiores chances de participar do projeto”, relata a coordenadora do
projeto, professora Maria Cecília Pereira.
O ITA também está desenvolvendo um novo projeto, com
previsão de lançamento em 2025. O ITASAT-2 nasceu da necessidade de se manter e
desenvolver a capacidade técnica e gerencial adquirida, sendo considerada uma
missão de sequência do SPORT. Trata-se de um voo de formação de três satélites
para fazer investigações científicas e tecnológicas na ionosfera.
A proposta, que se iniciou no Estado-Maior da Aeronáutica
(EMAER), em discussões com o ITA, logo recebeu o apoio da AEB, devido ao seu
caráter eminentemente inovador. “O ITA, através de seu Centro Espacial, está
contribuindo para a criação de pesquisa científica de qualidade na área de
geociências da Terra, tão importante para o território brasileiro, mas, também,
em desenvolvimento tecnológico nas áreas de gestão de projetos, engenharia de
sistemas e de sistemas embarcados aeroespaciais”, destaca o professor Luís
Loures, gerente do projeto.
Loures esclarece que o ITASAT-2 representa a fase de
maturidade no desenvolvimento espacial, com o ITA assumindo o papel que foi da
NASA no SPORT e coordenando as ações.
Outro projeto em desenvolvimento é o da Constelação
Catarina, um conjunto de nanossatélites de coleta de dados que será integrado
com sistemas já existentes, como o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados (SBCD)
e o Sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA).
A frota de nanossatélites está sendo desenvolvida pelo
Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados e a UFSC, com apoio da AEB e
participação do INPE, além de outras instituições.
Os serviços nacionais, como a Defesa Civil e o Setor
Agropecuário, que utilizam dados hidro-meteorológicos medidos in loco,
precisam de meios para coletar os dados das plataformas de medição,
preferencialmente nacionais, o que estimula a articulação da tríplice hélice da
indústria, academia e governo.
Desse modo, a Constelação Catarina deve fomentar o Setor
Espacial Brasileiro, coletando os dados e enviando a uma plataforma de medição
instalada no estado de Santa Catarina.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do
Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma
autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial
Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a
Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção
do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
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