SCD-1: Primeiro Satélite da MECB Completou em 09/02 30 Anos em Órbita
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (27/02) no site “MundoGEO”, lembrando a Sociedade
Brasileira que o primeiro satélite governamental brasileiro, fruto da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), o Satélite de Coletas de Dados 1 (SCD-1),
completou no último dia 09 de fevereiro, 30 anos em órbita. Saibam mais
pela matéria abaixo.
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Primeiro Satélite Totalmente Brasileiro Completa 30 Anos
em Órbita
SCD 1 foi lançado a partir do Kennedy Space Center em fevereiro
de 1993 e continua retransmitindo dados para base no Brasil mesmo tendo sido
projetado para ter vida útil de apenas um ano
Por MundoGEO
27/02/23 - 12h56
Fonte: Site MundoGEO - https://mundogeo.com
O primeiro satélite totalmente concebido, projeto,
desenvolvido e operado em órbita pelo Brasil completou 30 anos de
operação. O SCD 1 (Satélite de Coleta de Dados 1) foi lançado em 9
de fevereiro de 1993 a partir do Kennedy Space Center, por meio do lançador
Pegasus, instalado na asa de um avião B52 da NASA.
O satélite, que possui formato de um prisma octogonal com
diagonal de 1 metro e altura de 1,45 metro e que pesa 115 kg, foi colocado
colocado a uma altura de 750 km. E, apesar de ter sido projetado para uma vida
útil de um ano, ele ainda continua retransmitindo os dados oriundos das
Plataformas de Coleta de Dados Ambientais (PCD) distribuídas por todo o
território nacional.
O satélite, que depois passou a ter a companhia do SCD 2,
foi desenvolvido no âmbito da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB),
aprovado pelo governo brasileiro em 1979, com o objetivo de promover pesquisa
científica, a capacitação de pessoal e a geração de tecnologia espacial no
Brasil, com envolvimento da indústria nacional. A MECB, em sua concepção
original, contemplava o desenvolvimento de três satélites de coleta de dados
ambientais, de dois satélites de sensoriamento remoto e ainda de um veículo
lançador de satélites, além da infraestrutura para testes, lançamento e
controle desses satélites.
O desenvolvimento dos satélites ficou sob a
responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão
civil atualmente vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. E
o desenvolvimento do veículo lançador ficou a cargo do então Instituto de
Atividades Espaciais (IAE), hoje denominado Instituto de Aeronáutica e Espaço,
órgão ligado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, subordinado
ao Ministério da Defesa.
Paralelamente às atividades de desenvolvimento dos
satélites, no INPE foi criada uma importante infraestrutura de solo, que
incluiu a construção do Laboratório de Integração e Testes, o Centro de
Rastreio e Controle de Satélites, com as suas estações de rastreio, uma
localizada em Cuiabá, e outra localizada em Alcântara, além do Centro de
Controle de Satélites, localizado em São José dos Campos.
A função desses satélites é retransmitir para a estação
terrena de Cuiabá, os dados transmitidos por uma rede de PCDs para serem
utilizados em diversas aplicações, tais como a previsão numérica de tempo e
clima, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera,
planejamento agrícola, entre outras.
Porém, desde sua colocação no espaço, a velocidade de
rotação do SCD 1, que o mantêm em órbita, vem diminuindo e isso tem afetado a
estabilidade na rotação e no seu ângulo em relação à superfície da terra. Isso
tem causado uma elevação das temperaturas de alguns equipamentos embarcados,
que hoje estão acima dos limites estabelecidos, além disso, as suas baterias já
não conseguem mais armazenar energia de modo que o SCD1 funciona somente quando
as células solares de seus painéis solares são iluminadas pelo sol.
Apesar dos problemas, o SCD 1 continua fornecendo dados
válidos a seus usuários, mas mesmo operando com alguma degradação, ainda
realiza sua missão de coleta de dados ambientais em um nível satisfatório.
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