Cientistas Alemães Conseguem Simular em Laboratório 'Impacto de Um Asteroide na Terra' Utilizando o Quartzo
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia postada ontem (08/02) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que uma
equipe de cientistas alemães da ‘Universidade de Jena’ e do ‘Centro de
Pesquisas Nacional Alemão (DESY)’, simularam em laboratório de forma controlada
um impacto de asteroide na Terra utilizando o quartzo, principal componente da
areia e segundo mineral mais abundante em nosso planeta. Saibam mais dessa
história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Cientistas Conseguem Observar Impacto de Um Asteroide
A partir de uma simulação em laboratório, pesquisadores
conseguiram compreender como acontece o impacto de um asteroide na Terra
Por Mateus Dias
Editado por Lucas Soares
08/02/2023 - 09h14
Atualizada em 08/02/2023 - 20h33
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
O quartzo está presente em toda Terra, e é o principal
mineral que compõe a areia. Agora, pela primeira vez, os cientistas estudaram
como o impacto de asteroides modifica e age sob o material. A observação
também explica como estruturas finas e achatadas, conhecidas como lamelas,
surgem em materiais que foram atingidos.
O estudo foi realizado em laboratório, onde os
pesquisadores simularam as condições sofridas pelo quartzo quando ocorre o
impacto de um asteroide. A pesquisa foi feita por uma equipe de cientistas da
Falko Langenhorst, da Universidade de Jena, e Hanns-Peter Liermann, do DESY e
publicada recentemente na Nature Communications.
Essa análise
ajuda os pesquisadores a entenderem melhor os vestígios de antigos impactos e
como isso pode afetar outros materiais.
Colisão de Asteroides
Quando os
asteroides colidem com a Terra, eles formam enormes crateras e podem até mesmo
derreter parte da rocha. Os buracos no entanto tendem a desaparecer com o
passar de milhares de anos em razão da erosão, intemperismo e movimentações
tectônicas.
Dessa forma, para encontrar evidências de um impacto,
resta aos pesquisadores buscar por essas rochas que sofreram alterações
físicas. Um exemplo é o quartzo, que com o tempo se transforma em vidro,
formando estruturas lamelares microscópicas cruzadas.
Simulação em
Laboratório
Essas estruturas
já haviam sido observadas anteriormente, no entanto os pesquisadores não sabiam
como elas se formavam. para isso, os pesquisadores comprimiram uma amostra de
quartzo entre duas bigornas de diamantes podendo criar de maneira controlada as
condições de pressão semelhantes ao interior da Terra e o impacto de um
asteroide.
Enquanto as
amostras eram comprimidas, uma intensa luz de raios-X do PETRA III era
atravessada nelas para monitorar as mudanças que aconteciam nas estruturas
cristalinas do quartzo.
“Observamos que,
a uma pressão de cerca de 180.000 atmosferas, a estrutura de quartzo
repentinamente se transformou em uma estrutura de transição mais compacta, que
chamamos de rosiaíta. Nessa estrutura cristalina, o quartzo encolhe um terço de
seu volume. As lamelas características se formam exatamente onde o quartzo se
transforma nessa chamada fase metaestável, que ninguém foi capaz de identificar
no quartzo antes de nós.”
Christoph Otzen, primeiro autor da pesquisa, em
resposta a Phys
A rosiaíta é um
mineral óxido que também dá nome a estruturas minerais formadas de diferentes
materiais.
Quanto mais alta
a pressão sofrida pelo cristal, maior a proporção de estruturas semelhantes à
rosiaíta na amostra. No entanto, quando a pressão diminui, ao invés das
estruturas voltarem a formação original, elas se colapsam e formam lamelas de
vidro em estruturas desordenadas.
A quantidade de
lamelas e a orientação delas, pode ajudar os pesquisadores a entender como foi
o impacto do asteroide e que tenha uma melhor compreensão desses eventos.
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