Projeto de 'Satélite Com Asas' é a Aposta da ESA Para Resolver o Problema do Lixo Espacial

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue agora uma notícia postada ontem (02/02) no site ‘Olhar Digital’ destacando que um projeto de Satélite Com Asas’ da Agência Espacial Europeia (ESA) poderá resolver problema do Lixo Espacial. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
 
Brazilian Space 
 
CIÊNCIA E ESPAÇO
 
Satélite Com Asas Pode Resolver Problema do Lixo Espacial
 
Uma vela desenvolvida pela ESA vai ajudar satélites inoperáveis a saírem de orbita e reduzir o lixo espacial
 
Por Mateus Dias
Editado por Lucas Soares
02/02/2023 - 14h31
Atualizada em 02/02/2023 - 18h45
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

Segundo a NASA, em 2021, a órbita baixa da terra possuía mais de 27 mil pedaços de detritos espaciais. De lá para cá centenas de satélites foram enviados, principalmente os Starlink da SpaceX. Esses objetos podem não só atrapalhar a observação astronômica feita aqui da Terra, como ser um risco para outros sonhos espaciais. No entanto, a Agência Espacial Europeia (ESA) desenvolveu uma tecnologia que é capaz de lidar com o lixo espacial.
 
* Os satélites atualmente desempenham funções de telecomunicações, localização geoespacial e monitoramento.
 
* Quando perdem suas funções, eles são simplesmente abandonados na órbita baixa terrestre até que dia parem e queimem ao voltarem para nossa atmosfera, mas isso pode demorar anos para acontecer.
 
* A ESA desenvolveu um protótipo de vela compacta que pode entrar em órbita junto com um satélite e ajudá-lo a sair a qualquer momento.
 
A vela de frenagem é chamada de Drag Augmentation Deorbiting System (ADEO) e no final de dezembro de 2022 realizou seu último teste de demonstração desde que foi apresentada em 2018. 
 
Vela “Asas de Anjo” 
 
A vela é composta por uma membrana poliamida revestida de alumínio e sustentada por quatro braços, reforçado com carbono, em forma de X que aumenta o arrasto da superfície atmosfera do satélite.
 
O protótipo possui cerca de 3,5 metros quadrados e foi dobrado para caber em um compartimento de 10 centímetros. Ele foi lançado junto com um satélite privado que foi lançado por um Falcon 9, em 30 de junho de 2021.
 
Já em órbita, em dezembro do ano passado, a vela foi aberta. Assim ela aumentou o contato do satélite com átomos na atmosfera superior que viajavam em sentido oposto à órbita dele. O resultado foi que o efeito de arrastão fez com que a espaçonave perdesse altitude orbital, acelerando sua entrada na atmosfera e consequente queima.
 
(Credito: HPS)
Vela ADEO.

Apesar de não ser uma ação que vai ajudar a reduzir o lixo espacial já existente, a vela vai contribuir para que mais detritos não sejam produzidos. Os próximos satélites a serem lançados não demorarão mais tanto tempo para voltarem para atmosfera terrestre. 
 
“A vela ADEO-N garantirá que o satélite reentre em cerca de um ano e três meses, enquanto de outra forma teria reentrado em quatro a cinco anos” 
 
Tiziana Cardone, engenheira estrutural da ESA, em comunicado 
 
A ESA pensa poeticamente nas velas, como “asas de anjo” que ajudam o satélite ir em direção a sua morte. Por causa disso, o nome oficial da última missão do ADEO foi “Mostre-me suas asas” 
 
Redução do Lixo Espacial 
 
Segundo a agência, a vela pode ser aumentada ou reduzida a depender da necessidade do satélite. Ela pode chegar a ter 100 metros quadrados e ser aberta em 45 minutos em sua maior versão, ou ser deduzida até 3,5 metros quadrados e 0,8 segundo de abertura.
 
Para a NASA sistemas de arrasto passivo como a vela, são dispositivos de saída de órbita de satélites comuns, compactos e fáceis de serem instalados. No entanto, a ESA surpreendeu ao conseguir lançar o ADEO tendo uma ótima eficácia.
 
Outras medidas têm sido tomadas para ajudar a solucionar o problema do lixo espacial. Em 2022 a Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos anunciou que o tempo para um satélite inoperável deixar a órbita terrestre baixaria de 25 para 5 anos. A ESA também tem uma posição muito decisiva sobre a poluição espacial.
 
“Queremos estabelecer uma política de zero detritos, o que significa que se você colocar uma espaçonave em órbita, você deve removê-la” 
 
Josef Aschbacher, diretor geral da ESA, em comunicado

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