Por Acaso São Descobertos 'Batimentos Cardíacos' em Explosão Solar de Classe C
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue abaixo uma curiosa notícia
postada ontem (24/02)
no site ‘Canaltech’ destacando que "Batimentos
Cardíacos" foram descobertos
por acaso em ‘Explosão Solar de Classe C’. Saibam mais sobre essa história pela
matéria abaixo.
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"Batimentos Cardíacos" São Descobertos Por
Acaso em Explosão Solar
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patrícia Gnipper
24 de Fevereiro de 2023 às 12h17
Fonte: Nature
Communications
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: Sijie Yu/Yuankun Kou/SDO/AIA
Em 2017, uma explosão
solar emitiu sinais inesperados em ondas de rádio quase periódicas,
semelhante a batimentos cardíacos. Agora, um novo estudo mostra que esses
sinais não são causados pelo mecanismo que os astrônomos imaginavam, sugerindo
uma nova análise de todas as detecções anteriores.
Os autores da nova pesquisa descobriram a localização de
onde o sinal de rádio se formou, no dia 14/07/2017: uma explosão solar de
classe C, ou seja, de magnitude baixa, que se elevou a mais de 5.000 km acima
da superfície do Sol.
Sinais como estes já são conhecidos pelos cientistas,
mas, naquele evento, uma sequência secundária foi detectado por mero acaso,
apresentando um padrão de pulsação cardíaca. Esse detalhe chamou a atenção dos
autores do estudo porque ajuda a entender como a energia é liberada durante as
explosões solares.
No vídeo abaixo,
você confere o momento exato da explosão solar que desencadeou os
"batimentos cardíacos".
Além disso, a
comunidade científica ainda não chegou a um consenso sobre a origem da pulsação
quasi-periódica (QPPs), ficando divididos entre dois possíveis mecanismos: as ondas
magnetohidrodinâmicas (MHD) e a reconexão
magnética oscilatória.
Também conhecidas
como “tsunami solar”, as MHD são ondas gigantes de plasma que podem viajar até
901.000 km/h pela fotosfera e atingir 100.000 km de altitude acima da
superfície do Sol.
Já a reconexão magnética ocorre quando dois filamentos
magnéticos que fazem parte de diferentes campos colidem e se reconectam entre
si, formando novas linhas e liberando radiação em todo o espectro
eletromagnético.
(Imagem:
Reprodução/Wikimedia Commons/Domínio Público)
Anteriormente,
estudos atribuíram as QPPs das explosões solares a ondas MHD, enquanto o modelo
de reconexão oscilatória propõe que a reconexão magnética tem um protagonismo
maior em processos de emissões periódicas. Esse fenômeno está diretamente
associado às ejeções de massa coronal e é responsável por acelerar elétrons.
Se a reconexão
apresentar um comportamento oscilatório, (que pode ser espontâneo ou conduzido
por ondas MHD), a aceleração dos elétrons pode ocorrer quase periodicamente,
enquanto eles emitem radiação quase periódicas em micro-ondas e raios-X, além
do próprio rádio.
Os autores dizem
que “esta é a primeira vez que um sinal de rádio quase periódico localizado na
região de reconexão foi detectado. Essa detecção pode nos ajudar a determinar
qual das duas fontes causou a outra”.
Com dados das
observações da explosão 2017 feitas pelo Expanded Owens Valley Solar Array
(EOVSA), a equipe encontrou as rajadas secundárias e mostrou que existem ilhas
magnéticas, ou estruturas semelhantes a bolhas que se movem quase
periodicamente em direção à região principal onde a explosão “queima”.
(Imagem:
Reprodução/Nature Communications/Creative Commons))
“Essas ilhas magnéticas
“desempenham um papel fundamental no ajuste da taxa de liberação de energia
durante esta erupção”, disseram os autores. “Esse processo de liberação de
energia quase periódica leva a uma produção repetida de elétrons de alta
energia, manifestando-se como QPPs no micro-ondas e comprimentos de onda de
raios-X suaves”.
Por fim, os pesquisadores afirmam que o estudo demanda
uma nova análise das interpretações de eventos QPP detectados até então,
explicados pelo processo de MHD. O trabalho pode valer a pena: explicar
corretamente tais fenômenos ajudará a compreender melhor os processos físicos
por trás da liberação de energia das explosões solares.
O artigo foi publicado na Nature Communications.
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