MEC Não Diz Quanto Gastou com Bolsistas Excluídos do Ciência sem Fronteiras
Olá leitor!
Segue abaixo uma reportagem publicada dia (09/04) no site do
jornal “O Estado de São Paulo” destacando que o Ministério da Educação
(MEC) não diz quanto gastou com bolsistas excluídos do Ciência sem
Fronteiras.
Duda Falcão
Educação
MEC Não Diz Quanto Gastou
com Bolsistas
Excluídos do Ciência sem
Fronteiras
A pasta também não
respondeu se entende que esses bolsistas, que não
fizeram atividade nas universidades,
cumpriram as metas do programa
Paulo Saldaña
O Estado de S. Paulo
09 de abril de 2014 | 20h
42
O Ministério da Educação (MEC) não informa quanto o
governo federal já gastou com os bolsistas do Ciência Sem Fronteiras que terão
de retornar ao Brasil sem ter feito nenhuma atividade em universidades no exterior, que é o foco do
programa. A pasta também não respondeu se entende que esses bolsistas cumpriram
as metas do programa e se farão parte das estatísticas do grupo.
Como
o jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quarta-feira, dia 9, o MEC mandou
voltar ao Brasil pelo menos 110 bolsistas que estão desde setembro no Canadá e
na Austrália. Eles não teriam alcançado a proficiência em inglês, segundo a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), um dos
órgãos do MEC que faz a gestão do programa. Lançado em 2011, o Ciência sem
Fronteiras tem a meta de mandar para universidades estrangeiras 101 mil
estudantes e pesquisadores até 2015. As bolsas vão da graduação ao
pós-doutorado. Até agora, 62,5 mil bolsas foram concedidas.
Estudantes
reclamam que a prova de certificação foi antecipada e que não tiveram a
oportunidade de fazer o estágio, que seria garantido pelo programa. Segundo o
grupo, caso o estágio fosse garantido, daria tempo para garantir o nível
exigido de inglês. Nas respostas encaminhadas, MEC e CAPES defenderam que
"no âmbito do programa CSF não está previsto o pagamento para a alocação
exclusiva de estudantes em estágios." O exame de proficiência teria sido
feito antes do prazo.
Esses
estudantes que já receberam aviso para voltar fazem parte de um grupo que,
inicialmente, não se candidatou para estudar no Canadá ou na Austrália. Eles
haviam sido aprovados em edital para universidades de Portugal, aberto em 2012.
No entanto, o governo federal decidiu excluir Portugal do programa - por
entender que já havia grande número de estudantes naquele país, e que, lá, eles
não dominariam uma segunda língua. Assim, 3.445 estudantes tiveram de escolher
outro país e viajaram sem ter proficiência no idioma. Outros estudantes desse
grupo ainda estão fazendo o exame de fluência na língua e o número de
convocados ao Brasil pode aumentar.
Veja
abaixo as respostas do MEC e da CAPES aos questionamentos da reportagem:
-
Quantos estudantes ainda não fizeram o exame de proficiência (e podem ter de
voltar caso não atinjam a proficiência)? Além de Canadá e Austrália, há
bolsistas em outros países que podem ter de voltar?
É
exigência do programa CsF a proficiência no idioma do país de destino, assim
todos os estudantes passam por este procedimento.
No
documento encaminhado aos alunos, o exame estava previsto para "março ou
abril". Por que ocorreu antes (alguns até em janeiro)?
As
datas do exame atendem ao calendário de início do semestre das universidades
que irão receber os estudantes.
-
Alguns bolsistas tiveram a convocação para o exame um dia antes da prova? Isso
é comum?
O
teste de proficiência é aplicado pelo parceiro é distinto das provas aplicadas
pelos cursos de línguas.
-
Estudantes dizem que pessoas com notas baixas e com reprovações foram alocadas
nas universidades. Baseados em que critérios?
O
critério para participação no CsF é de no mínimo 600 pontos no Enem. É
responsabilidade das instituições brasileiras observar os critérios de
rendimento acadêmico dos estudantes na seleção.
-
Por que alunos que tem o aceite para o curso de verão poderão fazer mais 2
trimestres de inglês e alunos que precisam de apenas mais um trimestre para
atingir o mínimo requerido pela Universidade de Toronto terão de voltar?
Só
poderão fazer curso de inglês durante o verão aqueles que já possuem o aceite
definitivo da universidade para a realização do curso acadêmico.
-
Alunos perguntam por que a CAPES tirou os estágios firmados em contrato? Segundo ele, se fosse cumprido isso daria tempo para atingir a proficiencia e
fazer aplicação para as universidades.
Porque
no âmbito do programa CSF não está previsto o pagamento para a alocação
exclusiva de estudantes em estágios.
-
Há alguma chance desses 110 alunos reverterem a situação ou a volta deles é
definitiva?
A
decisão é final uma vez que embora esses bolsistas tenham se empenhado, não foi
possível alocá-los em cursos acadêmicos.
-
Como será programada a volta desses alunos? Eles terão ajuda de custo para
arcar com despesas como as de quebra de contrato de aluguel?
Eles
terão direito ao auxílio deslocamento e receberão todas as orientações
necessárias ao seu retorno ao país.
-
Quanto, no geral, o governo já pagou de bolsas e demais benefícios para esse
grupo?
(Sem
resposta)
-
A CAPES e o MEC entendem que eles cumpriram a meta do programa Ciência sem Fronteiras?
O
Programa CsF já concedeu mais de 62 mil bolsas e irá cumprir as metas
previstas.
-
Eles vão fazer parte das estatísticas do programa?
(sem
resposta)
Fonte: Site do Jornal O Estado de São Paulo
Comentário: Espantoso, realmente espantoso, mas eu devo questionar o jornalista autor da matéria. Você esperava o que caro amigo? Que o CAPES dissesse o tamanho da incompetência deles? Ora, tenha santa paciência.
Olá duda, me deparei com estas reportagens sobre destroços de um possível avião encontrado no Amapá,mas parece que são coifa de um foguete creio eu que de algum lançamento em Kouru.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/04/destrocos-achados-sao-de-aviao-de-grande-porte-diz-corpo-de-bombeiros.html
http://surgiu.com.br/noticia/147308/pescadores-encontram-destrocos-de-aviao-no-amapa.html
Abraços.
Olá André!
ExcluirDesculpe-me amigo discordar de você, mas pelas imagens parece mesmo que são fotos da fuselagem de um avião.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Olá, as peças de foguete (boosters, primeiro estágio, etc) costumam desintegrar ou cair ao leste do ponto de lançamento .
ExcluirAbs
ja comentei antes que aqui que varios estudantes so vao para o exterior passear... tinham que mudar o nome disso para TsF (Turismo sem Fronteiras). Estudo em universidade federal e vejo isso direto
ResponderExcluirQuando a CAPES realocou em países de língua inglesa esses estudantes que originalmente foram enviados para Portugal esse problema já estava anunciado. Esses estudantes escolheram Portugal logicamente pela língua, logo não poderiam ser enviados a países de língua inglesa. Antes deixassem eles terminarem o programa acadêmico original em Portugal, eles teriam aproveitado mais e não teríamos esse desperdício de tempo dos bolsistas e de recursos públicos.
ResponderExcluirEsse é o modelo de "planejamento brasileiro":
ResponderExcluir- Mandaram vários estudantes pra Portugal sem saber quantos já haviam lá.
- Depois, "descobrem" que já havia muitos e resolvem mandá-los para Canadá e Austrália.
- Mais adiante, depois de todo esse gasto, "descobrem" que quem se candidatou para Portugal não tinha interesse em outra língua (se bem que o português de lá é um pouco diferente), e manda todo mundo de volta pra casa.
Então essa é a "gestão" do programa que a CAPES realiza ???
Eu teria vergonha de ser funcionário da CAPES nessa hora, mas como vergonha na cara é algo que não tem a mesma popularidade que esses programas populista e eleitoreiros, deixa pra lá...
Lamentável.