INPE Vai Prever Tempestade de Raios Com 24H de Antecedência
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (19/04) no site do jornal “O VALE”
destacando que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vai prever Tempestade
de Raios com 24h de antecedência.
Duda Falcão
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INPE Vai Prever Tempestade de Raios
Com 24H de Antecedência
Novas tecnologias em desenvolvimento poderão apontar,
dentro de dois
anos, onde exatamente haverá tempestade de raios; meta é
reduzir
acidentes no Vale, uma das regiões com maior incidência no país
Chico
Pereira
São José dos Campos
April 19, 2014 - 07:00
Foto: Claudio Vieira
Raios cortam o céu de São José durante chuvas de janeiro. |
Pesquisadores do ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica),
do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de São José, desenvolvem
novas ferramentas tecnológicas que permitirão prever com 24 horas de
antecedência tempestades de raios em cada cidade da Região Metropolitana do
Vale do Paraíba.
A expectativa dos especialistas é que um novo programa de
monitoramento de raios entre em operação em dois anos. A RMVale é uma das regiões com maior incidência de raios
no Sudeste.
Atualmente, os pesquisadores do ELAT podem prever com 24
horas de antecedência se a região poderá ser atingida por raios durante uma
tempestade, mas não são capazes de dizer com precisão os locais onde isso
poderá acontecer.
“Estamos trabalhando para melhorar os equipamentos e
modelos tecnológicos de previsão de raios”, afirmou Osmar Pinto Júnior,
coordenador do ELAT.
Segundo ele, se tudo ocorrer conforme o planejado, em
dois anos no máximo será possível fazer um mapeamento detalhado dos locais que
poderão ser atingidos por descargas atmosféricas.
“Atualmente, podemos informar com 24 horas de antecedência,
por exemplo, se o INPE será atingido por raios. Fazemos isso também para a
região, mas não para cada cidade. Queremos prever para cada município”, frisou
o especialista do ELAT.
Prevenção - Para Osmar, o
aprimoramento tecnológico de monitoramento de raios vai contribuir para reduzir
mortes e incidentes.
“As pessoas poderão se prevenir mais rapidamente e isso
certamente vai contribuir para reduzir mortes, como acontece nos Estados
Unidos.”
Para o coordenador do ELAT, informações antecipadas sobre
raios são fundamentais para que as pessoas mudem seus hábitos para evitar
acidentes.
Normalmente, a maior ocorrência de raios acontece durante
o verão, porque é a estação chuvosa.
Este ano, porém, a estação foi atípica, com a redução do
volume de chuvas e também possivelmente de raios.
O ELAT ainda não finalizou o mapeamento da ocorrência do
número de raios durante o verão deste ano, o que deve acontecer em breve,
segundo Osmar Pinto.
O Brasil é considerado um dos países de maior incidência
de raios, com média anual de 50 milhões de descargas atmosféricas.
Mortes. De
acordo como ELAT, no ano passado não foi registrada nenhuma morte provocada por
raio na região.
No período de 2000 a 2013 foram registradas 31 mortes por
raios na região. Segundo dados do ELAT, São José dos Campos, com 5 mortes, e
Jacareí, com 4, foram os municípios com maior número de vítimas.
Em Taubaté, ocorreram duas mortes no período analisado
pelo ELAT. “A divulgação maior de informações sobre o fenômeno na mídia e nas
redes sociais deve ter contribuído para uma maior prevenção”, disse.
Índice de Mortes Diminui no País
em 2013
São José dos Campos
- O ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do INPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) registrou em 2013 o menor número de mortes por raios no
Brasil desde o início do levantamento, iniciado em 2000.
Segundo o ELAT, foram 79 mortes por raios, o que confirma
uma tendência de diminuição das fatalidades no país.
A média anual de mortes causadas por raios também
diminuiu: de 2000 a 2009, ocorreram 132 mortes por ano. De 2000 a 2013, foram 119 fatalidades por ano – uma queda
de 10% no índice anual.
“Ainda estamos longe dos países desenvolvidos, que
registram, em média 30 mortes por ano, mas a redução é um fato positivo”,
frisou Osmar Pinto Júnior, coordenador do ELAT/INPE. Os Estados Unidos, por
exemplo, também registraram o menor índice de fatalidades em 2013. Lá, ocorreram
23 mortes ao longo do ano.
A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration),
responsável pela divulgação de informações sobre mortes por raios nos EUA,
credita a redução de casos fatais ao maior acesso a dados de proteção e a
previsão precisa.
Documentário Analisa o Fenômeno
O ELAT produziu um documentário, “Fragmentos de Paixão”,
sobre raios. Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT, e a jornalista Iara
Cardoso pesquisaram dados da história, da ciência e da literatura do Brasil e
do exterior para produzir o filme, que esteve em cartaz no ano passado e pode
ser visto no canal fechado Net. Ele concorre a prêmios na categoria.
Raios São Cercados de Crendices
Por ser um fenômeno que assusta, há crendices em torno
dos raios. Por exemplo, de que o raio não atinge o mesmo local duas vez. Não é
verdade. Uma prova é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que recebe cerca de
seis raios por ano. Outra crença falsa é que espelhos atrai raios. A crença
surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas, que são
atrativos.
Fonte: Site do jornal “O VALE” - 19/04/2014
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