Novo Estudo de Pesquisadores do 'Instituto SETI' e da 'Universidade da Pensilvânia', Questiona Que Se os "ETs" Não Estão Falando Conosco, Será Que Eles Podem Está Conversando Entre Si?

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[Imagem: Zayna Sheikh]
lustração da eventual comunicação trocada entre civilizações em planetas além do nosso sistema solar, vista da perspectiva da Terra.
 
No dia de ontem (31/10), o portal Inovação Tecnológica postou um noticia sobre um novo estudo de pesquisadores do Instituto SETI e da Universidade da Pensilvânia que questiona que se os ETs não estão falando conosco, será que eles podem está conversando entre si?
 
Há décadas os pesquisadores do Instituto SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre) tentam sem sucesso captar algum sinal de transmissões feitas por outras civilizações.
 
Como os cálculos indicam que não acreditar na existência dos ETs vai contra as probabilidades, Nick Tusay e colegas do próprio Instituto SETI e da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, tiveram uma ideia: Procurar por sinais de que os alienígenas estejam se comunicando entre si, e não conosco.
 
A equipe então virou o radiotelescópio Allen para o sistema planetário TRAPPIST-1, que tem pelo menos sete planetas rochosos, e então passou 28 horas tentando encontrar sinais de que uma civilização em um desses planetas estivesse se comunicando com suas naves ou mesmo com uma civilização em outro dos planetas da mesma estrela.
 
Embora não tenham encontrado nenhuma evidência de tecnologia extraterrestre, o trabalho coletou dados importantes para validar uma nova técnica de procurar tecnoassinaturas.
 
"Esta pesquisa mostra que estamos chegando mais perto de detectar sinais de rádio semelhantes aos que enviamos para o espaço," disse Tusay. "A maioria das buscas assume alguma intenção, como sinais direcionados, porque nossos receptores têm um limite de sensibilidade para uma potência mínima de transmissão além de qualquer coisa que enviamos involuntariamente. Mas, com equipamentos melhores, como o futuro SKA (Square Kilometer Array), em breve poderemos detectar sinais de uma civilização alienígena se comunicando com sua espaçonave."
 
[Imagem: Zayna Sheikh]
Ilustração das ocultações planeta-planeta (esquerda) e os dados reais do monitoramento dessas ocultações no sistema Trappist-1 (direita).
 
A busca experimental focou em um fenômeno chamado ocultações planeta-planeta, que acontecem quando um planeta se move na frente de outro. Se existir vida inteligente naquele sistema estelar, sinais de rádio enviados entre planetas poderiam vazar e ser detectados da Terra.
 
A equipe escaneou uma ampla gama de frequências, procurando por sinais de banda estreita, que são considerados possíveis sinais de tecnologia alienígena. Milhões de sinais potenciais precisaram ser filtrados, reduzindo para cerca de 11.000 candidatos para análise detalhada. A equipe detectou 2.264 desses sinais durante as janelas de ocultação planeta-planeta previstas. No entanto, todos os sinais foram mapeados como originários de nossas próprias tecnologias, ou seja, eram "ruído humano".
 
Embora não tenha encontrado nenhum sinal alienígena desta vez, a equipe continuará aprimorando suas técnicas de busca e explorando outros sistemas estelares. Buscas futuras com telescópios maiores e mais poderosos podem ajudar a detectar sinais ainda mais fracos, eventualmente de fontes naturais não inteligentes, ajudando a expandir nossa compreensão do Universo.
 
O sistema TRAPPIST-1 consiste em uma estrela pequena e fria a cerca de 41 anos-luz da Terra. Ele tem sete planetas rochosos, alguns dos quais estão na zona habitável, onde as condições podem permitir a existência de água líquida na superfície, um ingrediente essencial para a vida como a conhecemos. Isso faz do TRAPPIST-1 um ótimo alvo na busca por vida além da Terra.
 
Saibam mais:
 
Autores: Nick Tusay, Sofia Z. Sheikh, Evan L. Sneed, Wael Farah, Alexander W. Pollak, Luigi F. Cruz, Andrew Siemion, David R. DeBoer, Jason T. Wright
Revista: The Astronomical Journal
DOI: 10.48550/arXiv.2409.08313
 
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