A Espaçonave Voyager 1 da NASA Retomou Com Suas Operações Completas Após Problema de Comunicação

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Imagem: Space Daily

Ilustrativo.

 

No dia de ontem (27/11), o portal Space Daily noticiou que a velha guerreira espacial Voyager 1 da NASA retomou com sucesso as operações normais após uma interrupção na comunicação no mês passado. O problema ocorreu quando a nave inesperadamente mudou de seu transmissor primário de rádio na faixa X para um transmissor mais fraco na faixa S, uma mudança que interrompeu temporariamente a transferência de dados científicos e de engenharia. A distância da Voyager 1 – aproximadamente 15,4 bilhões de milhas (24,9 bilhões de quilômetros) da Terra – agravou o desafio de resolver o problema.

 

De acordo com a nota do portal, no início deste mês, os engenheiros da missão reativaram o transmissor da faixa X, restaurando a coleta de dados dos quatro instrumentos científicos operacionais da Voyager 1. Na semana de 18 de novembro, a transmissão regular de dados foi retomada, e a equipe está finalizando as tarefas para devolver a nave ao seu status pré-incidente, incluindo a redefinição do sistema de sincronização do computador.

 

O transmissor da faixa X foi desativado pelo sistema de proteção contra falhas da nave, acionado pela ativação de um aquecedor. O sistema foi projetado para preservar energia para operações críticas quando a disponibilidade de energia cai. Dada a fonte de energia extremamente limitada da Voyager 1, a maioria dos sistemas não essenciais já foi desligada, deixando o sistema de proteção contra falhas desativar o transmissor da faixa X e ativar o transmissor da faixa S de menor potência.

 

Ambas as sondas Voyager operam com margens de energia muito pequenas, dependendo da eletricidade gerada pelo calor do decaimento de plutônio. Essa fonte de energia diminui cerca de 4 watts por ano, levando a equipe da missão a desligar todos os sistemas não críticos ao longo dos anos. Apesar disso, os instrumentos científicos das sondas continuaram a funcionar mesmo em temperaturas mais baixas do que as especificações originais de seu design.

 

A equipe de engenharia utiliza modelos de computador para estimar o uso de energia dos diversos sistemas, mas esses modelos incluem incertezas inerentes devido à idade dos componentes e ao comportamento imprevisível. Nos últimos anos, o fornecimento de energia decrescente exigiu decisões difíceis, como o desligamento de um dos instrumentos científicos da Voyager 2 no início deste ano. Na Voyager 1, vários instrumentos foram desativados em 1990 após os sobrevoos de Júpiter e Saturno, restando quatro ainda operacionais para estudar partículas interestelares, plasma e campos magnéticos.

 

Após mais de 47 anos de viagem, as sondas Voyager 1 e 2 são as únicas espaçonaves operando no espaço interestelar. No entanto, sua idade avançada apresenta desafios técnicos e operacionais contínuos para a equipe da missão da NASA.

 

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