A Missão Espacial VERITAS da NASA Para o Planeta Vênus Busca Evitar Novos Atrasos

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Crédito: SpaceNews/NASA/JPL

Orbital de Vênus VERITAS da NASA.

 

No dia de ontem (27/11), o portal SpaceNews noticiou que a Missão VERITAS da NASA para o Planeta Vênus, já adiada por três anos devido a problemas institucionais, está buscando evitar outro atraso de quase um ano e meio.

 

De acordo com a nota do portal, o trabalho na missão Venus Emissivity, Radio Science, InSAR, Topography, and Spectroscopy (VERITAS), foi retomado em outubro, depois que a NASA direcionou o projeto a uma pausa no ano fiscal de 2024. Em 2023, a NASA decidiu adiar a missão para 2031, no mínimo, um atraso de três anos, para lidar com problemas de "desbalanceamento de força de trabalho" no Jet Propulsion Laboratory, o centro líder para o VERITAS, que foram identificados durante o desenvolvimento da missão do asteroide Psyche.

 

Embora a liderança da missão esperasse antecipar o lançamento de 2031, Sue Smrekar, investigadora principal do VERITAS, disse, na recente reunião anual do Venus Exploration Analysis Group (VEXAG), que agora o objetivo é um lançamento em junho de 2031.

 

"O VERITAS está se reerguendo" após a pausa em 2024, disse ela. "É muito bom ter o financiamento para engenharia novamente e seguir em frente."

 

No entanto, em sua apresentação na reunião, ela expressou preocupações de que a NASA poderia buscar um novo adiamento do lançamento. A próxima oportunidade para lançar o VERITAS após junho de 2031 seria em novembro de 2032. "Há uma possibilidade real de um novo adiamento para 2032", afirmou ela.

 

Esse atraso, argumentou, apresentaria vários desafios para o desenvolvimento e as operações da espaçonave. Um dos problemas é que a missão conta com vários instrumentos fornecidos pelas agências espaciais da França, Alemanha e Itália, cujo desenvolvimento continuou enquanto o trabalho no VERITAS foi pausado. Novos atrasos poderiam fazer com que o trabalho nesses instrumentos ficasse ainda mais desfasado em relação à missão principal.

 

"Outro atraso significaria que essas contribuições seriam entregues antes da espaçonave entrar na fase de design preliminar", disse Smrekar. "Isso aumenta o potencial de desconexões."

 

Ela também explicou que isso significaria que o pessoal que trabalhou nesses instrumentos pode não estar disponível quando for o momento de integrá-los à espaçonave, anos depois. Essas agências também estão envolvidas com a missão EnVision da Agência Espacial Europeia (ESA) para Vênus, que, após os atrasos do VERITAS, agora será desenvolvida mais ou menos ao mesmo tempo que o VERITAS.

 

Também existem potenciais conflitos entre as missões EnVision e VERITAS nas operações. Se o VERITAS for lançado em 2031, ele terminará a fase de aerofrenagem em Vênus para entrar em sua órbita científica mais ou menos na época da chegada do EnVision, o que criaria pouco conflito, já que o EnVision dependerá da NASA para apoio na sua própria fase de aerofrenagem. No entanto, se o VERITAS for lançado no final de 2032, as duas espaçonaves chegarão em 2033, com apenas algumas semanas de diferença. "Isso colocaria uma pressão sobre a equipe de aerofrenagem", disse ela.

 

Smrekar afirmou que também haveria impactos científicos devido a um lançamento atrasado. Isso incluiria a impossibilidade de observar com instrumentos alguns locais de pouso de outras missões, incluindo a espaçonave DAVINCI da NASA, o que permitiria aos cientistas calibrar os dados do VERITAS com a "verdade de solo" dessas espaçonaves.

 

Mais atrasos também criam o risco de perder pessoal chave, que poderia ser transferido para outros projetos. "Durante essa pausa, perdemos muitos membros importantes da equipe científica", disse ela. "Quanto mais tempo o atraso durar, maior a chance de perdermos pessoal chave." Ela acrescentou que isso incluiu uma pessoa que foi demitida do JPL no início do mês, como parte de demissões em toda a lab que afetaram 5% da sua força de trabalho.

 

Enquanto o VERITAS trabalha para evitar mais atrasos, tanto o DAVINCI quanto o EnVision estão avançando. Em uma apresentação separada na reunião do VEXAG, Thomas Widemann, do Observatório de Paris, disse que o EnVision ainda planeja um lançamento para dezembro de 2031. A ESA recentemente trocou o veículo de lançamento da missão de um Ariane 62 para um Ariane 64, com o desempenho extra destinado a reduzir o tempo que a espaçonave passará na aerofrenagem ao chegar a Vênus para entrar em sua órbita científica.

 

O DAVINCI está avaliando oportunidades de lançamento nos anos fiscais de 2031 e 2032, disse Stephanie Getty, investigadora principal adjunta da missão, em outra apresentação. A data de lançamento preferida é dezembro de 2030, afirmou ela, o que seria "cientificamente incrível", pois permitiria obter imagens de regiões chave de Vênus durante duas passagens pelo planeta, antes de chegar em 2033 para depositar uma sonda na atmosfera do planeta.

 

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