A Empresa 'Northrop Grumman' Planeja em 2026 Lançar o Seu Satélite de Serviço Com Braços Robóticos

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Crédito: Foto da Marinha dos EUA, por Sarah Peterson
Par de braços robóticos conclui testes e está pronto para ser integrado ao Veículo Robótico de Missão da Northrop Grumman.
 
No dia de ontem (14/11), o portal SpaceNews anunciou que a empresa Northrop Grumman planeja lançamento em 2026 do satélite de serviço com braços robóticos. De acordo com a nota do portal, o Laboratório de Pesquisa Naval entregou um par de braços robóticos para o Veículo Robótico de Missão da Northrop Grumman.
 
A subsidiária SpaceLogistics da Northrop Grumman está mirando o lançamento, em 2026, de seu veículo de serviço de satélites de próxima geração, o Veículo Robótico de Missão (MRV). Equipado com braços robóticos desenvolvidos pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA (NRL), o MRV tem como objetivo estender a vida útil de satélites em órbita geoestacionária, a mais de 36.000 km de distância da Terra.
 
O NRL anunciou em 14 de novembro que os braços robóticos concluíram os testes cruciais de vácuo térmico e agora estão na instalação de integração de satélites da Northrop, em Dulles, Virgínia. Os braços foram desenvolvidos sob um contrato da Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).
 
“Essa carga robótica promete transformar as operações de satélites em órbita geoestacionária, reduzir os custos para os operadores de satélites e possibilitar capacidades bem além do que temos hoje”, disse Bruce Danly, diretor de pesquisa do NRL.
 
Ampla Gama de Serviços
 
A SpaceLogistics está utilizando os braços robóticos para o MRV em uma parceria com a DARPA. A empresa já garantiu três clientes para seus serviços MRV — dois satélites da Intelsat e um da Optus. Esses clientes receberão os Pods de Extensão de Missão (MEPs), pacotes de propulsão que podem adicionar aproximadamente seis anos de vida útil operacional aos satélites envelhecidos.
 
“Há cerca de 500 satélites em órbita geoestacionária hoje, e cerca de 10 ou mais desses satélites chegam ao fim de sua vida útil a cada ano porque ficaram sem combustível”, disse Rob Hauge, presidente da SpaceLogistics, ao SpaceNews. A empresa espera atrair clientes adicionais, tanto comerciais quanto governamentais, para missões do MRV antes e após o lançamento de 2026.
 
A SpaceLogistics está posicionando o MRV como uma solução versátil no mercado de serviços espaciais, que inclui reparo de satélites, reposicionamento e remoção de detritos. Os braços robóticos do MRV permitirão tarefas mais sofisticadas, como inspeções detalhadas, reparos e relocação de satélites, afirmou Hauge.
 
“Nosso foco principal é cumprir os compromissos com nossos clientes existentes, mas estamos em discussões contínuas com outros operadores comerciais e governamentais que estão interessados nas capacidades avançadas do MRV”, disse ele. O MRV permanecerá em órbita por vários anos.
 
Hauge acrescentou que o MRV é uma evolução da experiência da Northrop Grumman com seus Veículos de Extensão de Missão (MEVs), que já serviram com sucesso dois satélites de comunicação da Intelsat.
 
Os MEPs de 350 quilos representam uma opção mais acessível em comparação com os MEVs, muito maiores. Diferentemente dos MEVs, os pods de extensão de missão não possuem sistemas próprios de encontro e acoplamento, o que ajuda a reduzir os custos, explicou Hauge. Os pods serão lançados para uma órbita de transferência e usarão propulsão elétrica para alcançar a órbita geossíncrona, onde se acoplarão ao MRV.
 
O MRV, então, transportará cada pod até o satélite cliente, usando um dos braços robóticos para fixá-lo no bocal do motor do satélite. Uma vez instalado, o MEP assume as responsabilidades de propulsão, mantendo a posição orbital do satélite e possibilitando manobras necessárias sem esgotar seu combustível original.
 
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