A UP Aerospace e o Laboratório de Los Alamos Realizam Lançamento de Foguete Suborbital Bem-Sucedido no Spceport America

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Imagem: Space Daily
Ilustrativo.

No dia ontem (12/11), o portal Space Daily noticiou que a UP Aerospace lançou com sucesso seu Foguete SpaceLoft-20 em 8 de novembro, marcando a segunda missão suborbital da empresa este ano a partir do Spaceport America. O voo, realizado para o Laboratório Nacional de Los Alamos, teve como objetivo testar novas tecnologias e componentes por meio da carga útil Cyclone-1.
 
Caros entusiastas do espaço, observem como os voos suborbitais desempenham um papel crucial no desenvolvimento de qualquer programa espacial. Embora esse tipo de voo tenha sido realizado por uma empresa privada, e não pela NASA, é importante destacar que ele foi conduzido a serviço de um laboratório governamental, como mencionado anteriormente.
 
No Brasil, o último voo suborbital ocorreu em 23 de outubro de 2022, com o lançamento do foguete VSB-30 durante a "Operação Santa Branca", ocorrida do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), há pouco mais de dois anos.
 
Recentemente, foi anunciado que, ainda em novembro deste ano (2024), um foguete VS-30 será lançado do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no âmbito das atividades da "Operação Potiguar - Fase 1". Além disso, em 2025, está previsto o lançamento de um outro foguete VSB-30, no âmbito da "Operação Potiguar - Fase 2", desta vez com a tão aguardada Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM) a bordo. Este lançamento será uma nova tentativa para qualificar o equipamento, que falhou em sua primeira tentativa de voo de qualificação, durante a "Operação Santa Branca" de 2022, apesar da outrora gloriosa FAB ter anunciado na época o contrário.
 
Logo da Operação Potiguar - Fase 1, prevista para ser lançada do CLBI em novembro deste ano (2024).

 
Esses desenvolvimentos são fundamentais para o avanço do qualquer país no campo do desenvolvimento e da pesquisa espacial, oferecendo oportunidades valiosas para o aprimoramento de tecnologias e sistemas necessários para futuras missões mais complexas, incluindo aquelas que envolvem a exploração espacial e a realização de experimentos em microgravidade, mas infelizmente no Brasil, essas missões não são realizadas com a frequência que deveriam, tornado-se mais um empecilho dentre tantos para o real desenvolvimento nosso 'Patinho feio'.
 
"Parabéns tanto para a UP Aerospace quanto para Los Alamos", disse Scott McLaughlin, Diretor Executivo da Autoridade do Spaceport do Novo México. "Estamos felizes que o Spaceport America possa facilitar conexões e lançamentos entre entidades locais como essas duas grandes organizações."
 
A missão de pesquisa apoiou o objetivo de Los Alamos de avaliar o desempenho de sistemas em ambientes simulados de lançamento de mísseis, a fim de auxiliar em seu trabalho com o estoque nuclear do país. "A principal missão do Laboratório é garantir a segurança, a proteção e a confiabilidade do estoque de armas nucleares do país", afirmou Stephen Judd, gerente de missão de Los Alamos. "Para fazer isso com sucesso, são necessários testes de voo para determinar como os sistemas se comportam em ambientes semelhantes aos experimentados durante o lançamento de mísseis."
 
Testes de voo como esses são essenciais para entender como os sistemas reagem a diferentes condições físicas, incluindo aceleração, pressão, velocidade e temperatura. A carga útil foi monitorada após se desprender do foguete no apogeu e transmitiu dados de telemetria durante sua descida.
 
A UP Aerospace, locatária do Spaceport America desde 2006, já realizou várias missões suborbitais bem-sucedidas. O Laboratório Nacional de Los Alamos, que participou de três voos anteriores desde 2021, planeja ampliar seu programa de testes com mais quatro missões programadas para o final de 2024 até o outono de 2025.
 
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