Documentos Internos da NASA Revelam Que Haverá Atrasos Inevitáveis no Programa Artemis
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (20/06) no
site “Canaltech”, destacando que infelizmente
Documentos Internos da NASA revelam
atrasos inevitáveis no Programa Artemis.
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Documentos Internos
da NASA Revelam Atrasos Inevitáveis no Programa Artemis
Por Wyllian
Torres
Editado por Rafael Rigues
20 de Junho de 2022 às 17h45
Fonte: Ars Technica
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
Documentos de planejamento interno da NASA sobre o
Programa Artemis, acessados pelo site Ars Technica, revelam que a
agência espacial tem trabalhado em outros dois cronogramas para seu programa de
exploração lunar tripulada, indicando atrasos inevitáveis.
As primeiras missões do Programa Artemis devem ser
realizadas nos próximos cinco anos. A primeira, a Artemis I, está prevista para decolar ainda este ano. O
foguete Space Launch System (SLS) lançará a nave Orion para uma viagem sem
tripulação ao redor da Lua.
(Imagem: Reprodução/NASA)
Depois, a Artemis II realizará o mesmo caminho da missão anterior,
mas desta vez com quatro astronautas a bordo da Orion. Será apenas na Artemis
III que dois humanos pisarão novamente na superfície lunar e retornarão à
Terra. No entanto, a NASA não tem fornecido detalhes sobre as missões seguintes
do programa.
Os documentos internos revelam que, além do cronograma
"base", a NASA desenvolveu outras duas opções, indicando que os
planejadores da agência não acreditam que o plano básico será executado no
atual prazo ou orçamento.
Cronogramas Reservas
O segundo cronograma, chamado “cadence” (cadência),
prioriza lançamentos regulares do programa lunar. O terceiro, nomeado “content”
(conteúdo), prevê o lançamento apenas quando as cargas mais significativas
estiverem prontas.
(Imagem: Reprodução/Ars Technica)
Quando questionada sobre os documentos internos, a
porta-voz da NASA, Kathryn Hambleton, disse que a agência tem avançado com seus
planos básicos para as missões além da Artemis III e avalia rotineiramente
“arquiteturas alternativas” para um planejamento prudente.
Entre os futuros planos, a NASA considera a adição de uma
missão “Artemis III.5” para acontecer até 2027 e evitar uma lacuna de três anos
nos lançamentos do programa. A missão exigiria um quarto lançamento com o SLS e
poderia custar cerca de US$ 5 bilhões.
A Artemis III.5 enviaria quatro astronautas para a
estação espacial lunar Gateway, com dois deles descendo à Lua. Para isto, a NASA
precisaria atrasar vários projetos do programa, como o desenvolvimento da
própria estação, rovers lunares, um habitat de superfície e atualização dos
propulsores laterais do foguete SLS.
Além do orçamento apertado para tantos projetos, a NASA
parece estar preocupada de que, após os lançamentos dos elementos principais da
estação espacial lunar, os módulos adicionais não estejam prontos para serem
lançados até o fim deste década. A versão atualizada do SLS serviria para
lançar estes módulos juntos a nave Orion.
Base Lunar e Estação Gateway
A formulação do Programa Artemis, feita em 2020, incluiu
a extensão da atividade econômica humana no espaço ao estabelecer a presença
humana permanente na Lua em cooperação com empresas privadas e outras agências
espaciais. Em teoria, tudo isto apoiará a ciência e tecnologia para destinos
mais distantes, como Marte.
(Imagem: Reprodução/NASA)
A NASA deixou clara sua intenção de estabelecer a
presença humana na superfície e na órbita da Lua, mas dependeria do
desenvolvimento de tecnologias-chave, como uma plataforma de mobilidade habitável que permitiria viagens
de 45 dias pela superfície lunar e um habitat para até quatro astronautas.
O problema é que os cronogramas internos da agência
adiaram qualquer criação de uma base lunar ainda na década de 2030. Por outro
lado, os documentos indicam que a NASA passará a próxima década ou até mais
dedicada a construção da Gateway.
Os principais elementos da estação incluem seus sistemas
de energia e propulsão e um pequeno módulo de habitat, que devem ser lançados
por um Falcon Heavy, da SpaceX, no final de 2024 — segundo a
NASA, estes componentes terão uma vida útil de 15 anos.
Depois, serão enviados o módulo de habitação I-HAB e os
módulos do Sistema Europeu de Reabastecimento, Infraestrutura e
Telecomunicações (ESPRIT), ambos fornecidos pela Agência Espacial Europeia (ESA), além
de uma câmara de ar, que chegariam ao portal no final da década de 2020 ou
início de 2030.
(Imagem: Reprodução/NASA)
A NASA pretende tornar a Gateway um ponto de apoio para
as missões Artemis, uma vez que a nave Orion, por exemplo, não tem capacidade
de propulsão para voar até a órbita baixa da Lua e depois retornar à Terra. No entanto,
esta solução seria viável com a nave Starship, da SpaceX.
Em abril de 2021, a NASA escolheu a nave Starship para levar astronautas à Lua como um módulo
de pouso. Além de ser maior que a Gateway a nave desempenha muitas de suas
capacidades de potência e propulsão. Então não faria muito sentido investir
mais tempo e dinheiro com a estação.
Uma coisa é certa: os documentos indicam atrasos
inevitáveis no Programa Artemis. Assim, o programa estaria a pelos menos 15
anos de desenvolver uma base semipermanente na Lua e a exploração de Marte só
aconteceria lá pelas décadas de 2040 ou 2050.
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