Mineração Espacial: 'AstroForge' Planeja Lançar em 2023 Missão Para Avaliar a Mineração de Asteroides
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (31/05) no
site “Canaltech”, destacando que a
empresa ‘AstroForge’ estar
planejando lançar em 2023 uma missão para
‘avaliar a mineração de asteroides’.
Olha aí amigos, abordamos esse assunto semana passada em
nossa coluna ‘Espacial Semanal’ (veja aqui) e notem aí como já estão tendo ações
concretas em busca da mineração espacial. Em breve o Prof. Rui Botelho estará
em uma ‘live’ tendo este assunto em pauta. Fiquem atentos!
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AstroForge Planeja Lançar em 2023 Missão Para Avaliar
a Mineração de Asteroides
Por Wyllian
Torres
Editado por Rafael Rigues
31 de Maio de 2022 às 18h10
Fonte: Ars Technica
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL /T. Pyle
A AstroForge quer realizar o que nenhuma outra companhia
conseguiu até agora: minerar asteroides próximos à Terra em busca de metais
nobres, como a platina. Após uma rodada inicial de financiamento, a empresa
planeja lançar um pequeno satélite em 2023 para demonstrar a capacidade de
realizar tal façanha.
Em 2012, alguns bilionários fundaram a Planetary Resources, uma empresa voltada à coleta de água
em asteroides e a comercialização do recurso em "postos de
combustíveis" na órbita da Terra. No ano seguinte, outro grupo de
investidores criou a Deep Space Industries para coletar metais preciosos no
espaço.
(Imagem: Reprodução/NASA/Goddard/University of Arizona)
Mas já em 2019, nenhuma destas empresas existia mais. Em
grande parte, por conta do desafio tecnológico em construir espaçonaves capazes
de viajar para o espaço profundo e minerar asteroides. Além disto, cada
projeto precisava de um grande investimento até que a mineração espacial
começasse a trazer lucro.
Agora, a AstroForge quer coletar platina em asteroides
para comercializar o metal nobre aqui na Terra. No início do ano, os fundadores
da empresa, Jose Acain e Matt Gialich, disseram estar cientes de todo o desafio
envolvido para tornar a mineração no espaço uma realidade.
Nos últimos anos, a NASA
e a agência espacial japonesa (JAXA) coletaram amostras de asteroides,
respectivamente, através das missões OSIRIS-REx e Hayabusa-2. Embora cada uma tenha recolhido o material para
pesquisas científicas, elas comprovaram que a coleta é possível.
Minerando Platina em Asteroides
Segundo Gialich, ao contrário das iniciativas anteriores
que pretendiam construir espaçonaves de mineração, algumas custando até bilhões
de dólares, a AstroForge planeja utilizar a tecnologia espacial comercial já disponível, o que
reduziria bastante o custo da missão.
(Imagem:
reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Recentemente, a empresa anunciou que levantou US$ 13
milhões em sua primeira rodada de investimentos. Além de ampliar seu atual
quadro de sete funcionários, a AstroForge usará o valor arrecado para enviar um
pequeno satélite ao espaço em 2023 para desmontar a tecnologia de mineração na órbita baixa da Terra (LEO).
Após esta demonstração de tecnologia, a empresa planeja
mais duas missões ao espaço profundo. Para isto, a AstroForge desenvolverá
pequenas naves que possam ser lançadas “de carona” em foguetes comerciais. A primeira missão,
disse Gialich, retornará dezenas de milhares de dólares em platina.
A espaçonave será enviada a um asteroide próximo à Terra
e coletará o material de sua superfície, então o refinará e o enviará ao
planeta. Um escudo térmico será usado para a reentrada na atmosfera e
paraquedas para amortecer o pouso do mineral coletado.
Platina em Asteroides
Atualmente, o quilo da platina custa US$ 31.000, então, para um bom lucro, a
empresa precisará retornar uma boa quantidade do mineral à Terra. No entanto, a
missão da empresa levanta outra questão: quanto de platina há disponível nos
asteroides próximos ao planeta?
(Imagem: Reprodução/Domínio Público)
Até agora, a AstroForge identificou oito alvos de
mineração, mas Gialich disse que, até a missão ser enviada ao primeiro
asteroide, não há como saber quanto de platina há disponível. "Até irmos,
não saberemos", acrescentou. Gialich e Acain, respectivamente veteranos da
Virgin Orbit e SpaceX, reconhecem o grande desafio.
Ainda assim, eles acreditam que chegou a hora de empresas
comerciais começarem a olhar para além da órbita baixa da Terra. “Nós realmente
queremos inspirar uma geração mais jovem do que nós a sonhar mais alto e ir
além do envelope”, ponderou Gialich.
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