Conheça o 'ReFEx', um Projeto Hipersônico do DLR Alemão Que Terá Participação Brasileira

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Por Duda Falcão
 
Trago agora para vocês um projeto em curso na Agência Espacial Alemã (DLR) denominado de 'Reusability Flight Experiment (ReFEx)' que, na verdade, consiste no desenvolvimento de uma espécie de aeronave não tripulada similar em seu formato aos antigos 'Ônibus Espaciais' americanos.
 
Pois então, este pequeno demonstrador tecnológico alemão terá como objetivo fornecer dados de voo do projeto, bem como também prover a sua equipe de desenvolvimento experiência operacional com um primeiro estágio alado de um Sistema de Lançamento Reutilizável (Reusable launch system - RLV), retornando e fazendo a transição de velocidades hipersônicas para vôo subsônico. Sensacional, né?
 

Vale completar amigos dizendo que 'ReFEx' terá cerca de 2,7 m de comprimento, uma envergadura de cerca de 1,1m e uma massa de aproximadamente 450kg. Ele será controlado por um sistema de reação de gás frio de nitrogênio (RCS), isto enquanto estiver fora da atmosfera e deve fazer a transição para superfícies de controle aerodinâmico (canards e leme) quando os efeitos atmosféricos entrarem em ação. O número de Mach máximo previsto para ser alcançado durante a manobra de reentrada é de cerca de Mach 5. Além disso o 'ReFEx' poderá voar uma trajetória otimizada (gerada de forma autônoma a bordo) para assim reduzir as cargas térmicas e mecânicas. Assim sendo o 'ReFEx' deverá demonstrar manobrabilidade voando uma curva de pelo menos 30° em relação ao rumo original medido a partir da interface de entrada. Interface de entrada esta que foi colocada a 60 km de altitude para fins deste experimento, pois os efeitos da atmosfera tornam-se significativos nesta altitude para a trajetória prevista.
 
Pois então, as principais tecnologias a serem demonstradas neste veículo serão, entre outras:
 
* design aerodinâmico de um veículo
 
* capacidade de vôo estável através de muitos regimes de fluxo, orientação, navegação e controle (GNC)
 
* capacidade de geração de placa de uma trajetória otimizada, a transição perfeita entre extra- e intra-atmosférico
 
* controles de voo e monitoramento da saúde do status do veículo durante o voo usando sensores avançados, como Sensores ópticos (FOS) e Flush Air Data System (FADS).
 
No entanto amigos, os nossos leitores podem estar agora se perguntando porque o Duda Falcão se interessou em apresentar esse projeto para os entusiastas do BS? Pois então galera de entusiastas do BS, foi por dois motivos: 
 
O primeiro porque desde que a bem sucedida 'Operação Cruzeiro' (operação que lançou o primeiro experimento de quatro previstos do Veículo Hipersônico Brasileiro 14X) foi realizada em dezembro do ano passado, de lá pra cá não se ouviu mais nada sobre a sua continuidade, sendo esse silencio muito preocupante. Afinal amigos, vocês já se esqueceram do que ocorreu com o Projeto do Estágio Propulsivo Líquido (EPL) impulsionado que foi pelo Motor L5 (Operação Raposa) e o Projeto SARA (Operação São Lourenço) que explodiu na plataforma (dizem até nos bastidores que apesar da explosão, o SARA funcionou perfeitamente enviando do solo onde caiu dados para o centro da missão), ambos simplesmente descontinuados após as suas primeiras operações de voo? Pois então, exemplos como esses não faltam em nosso 'Patinho Feio', e assim recursos públicos, nossos recursos, são jogados na latrina por essa gente sem qualquer compromisso e respeito pelo que fazem.
 
E o segundo motivo foi porque, graças a aqueles que produziram lá atrás algo de positivo dentro do agora totalmente ineficiente Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), hoje existe um foguete de sondagem brasileiro que é costumeiramente usado pelo DLR Moraba alemão para missões como essa, e dessa vez não será diferente, pois o veículo usado será o VSB-30, que deverá ser lançado tendo abordo o 'ReFEx' (segundo o site do próprio DLR) ainda em 2022, de um sitio de lançamento da Austrália. Saiba um pouco mais pelo vídeo abaixo.
 

Bom amigos leitores, e enquanto isso na Republica das Bananas...

Comentários

  1. bom dia ! , Duda Falcão e o BS

    espero que ocorra tudo certo , e pelo menos o Brasil absorva a tecnologia Alemã

    a Alemanha , ao contrário do seus "" amigos " " da Ucrânia e dos EUA , que no Acordo do CYCLONE 4 , o tio San Imperador do mundo Ocidental , proibiu qualquer tecnologia do Foguete Soviético , similar ao temido Satã I , apelidado pela OTAN

    lembramos que o Satã 1 , hoje na versão Satã 3 que é Russo , foi abortado pela governo da ERA PT , com a Dilma , ex. presidente do Brasil , afirmar que o Cyclone 4 era obsoleto e fraco , rs, kkkkk , se fosse verdade o CANADÁ não o pegaria para ser lançado em seu território para fazer o mesmo que o Cyclone 4 iria fazer em Alcântara

    toda parceria com outros países mais avançado que o Brasil , é bem vindo !

    a Alemanha sempre um bom parceiro do Brasil , só temos a agradecer a esse país , que na segunda guerra mundial , foi o primeiro país a lançar um foguete Sub-orbital a chegar ao Espaço

    outros países que ajudou o Brasil e muito , foi e é a China e em menor quantidade a Argentina

    o Brasil deveria fazer uma parceria com a China para desenvolver os seus Foguetes Orbitais , principalmente com o combustível líquido !

    ao contrário o seu maior " amigo da ONÇA " os E.U.A. dificulta o nosso PEB

    Acorda Brasil , Avante Brasil , Ordem e Progresso !!!

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    1. Bom Dia PEB!

      Pois então, respondendo as suas colocações, gosto de colocar os 'Pingos no Is' e sempre esclarecer as coisas aos nossos leitores dentro da verdade, não sendo por acaso o nosso trabalho ser reconhecido tanto por quem gosta, como por quem não gosta da gente. Afinal credibilidade não se compra, se constrói e com muito esforço. Vamos lá então. Você disse:

      "espero que ocorra tudo certo , e pelo menos o Brasil absorva a tecnologia Alemã" - Esclarecendo - Não haverá transferência tecnológica nenhuma para o Brasil. A participação brasileira nesse projeto se restringe ao fornecimento do foguete VSB-30 ao 'DLR Moraba', ponto, nada mais.

      "lembramos que o Satã 1, hoje na versão Satã 3 que é Russo, foi abortado pela governo da ERA PT, com a Dilma, ex. presidente do Brasil, afirmar que o Cyclone 4 era obsoleto e fraco, rs, kkkkk , se fosse verdade o CANADÁ não o pegaria para ser lançado em seu território para fazer o mesmo que o Cyclone 4 iria fazer em Alcântara" - Esclarecendo - Bom não sei que foguete é esse Satã que você se refere, mas quanto ao CYCLONE-4, ele era sim obsoleto, não tinha potencia para entregar o que prometia, era extremamente tóxico e o acordo assinado com a Ucrânia totalmente lesivo aos interesses nacionais, sendo fruto de uma acordo puramente político engendrado para sustentar o apoio de um dos partidos na bancada que apoiava o Governo Lula na época. Já a versão do foguete apresentada ao canadenses foi outra, e pelo que eu sei até agora não saiu do papel. Não estou acompanhando, mas até que me provem do contrario, não vai dar em nada.

      "toda parceria com outros países mais avançado que o Brasil , é bem vindo! A Alemanha sempre um bom parceiro do Brasil , só temos a agradecer a esse país , que na segunda guerra mundial , foi o primeiro país a lançar um foguete Sub-orbital a chegar ao Espaço" - Esclarecendo - Concordo contigo que toda parceria com outros países (e não só os mais avançados) é bem vinda, desde que haja desenvolvimento conjunto, pois essa é a maneira certa de transferência tecnológica.

      Continua...

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    2. Continuando:

      "outros países que ajudou o Brasil e muito, foi e é a China e em menor quantidade a Argentina" - Esclarecendo - Não é bem assim, a China em momento algum ajudou o Brasil em desenvolvimento tecnológico espacial, pelo menos não diretamente. Todos acordos assinados com a CHINA no âmbito do PROGRAMA CBERS consistiram em cada parte desenvolver sozinho o que lhe cabia nos satélites, e hoje na verdade o Brasil ajuda mais a China do que qualquer coisa, pois o PROGRAMA CBERS serve para os chineses como um programa escola para seus jovens engenheiros. Quanto a Argentina, na verdade uma empresa estatal argentina foi contratada para desenvolver um subsistema que foi usado, se não me engano, no Satélite Amazônia-1, e a outra atividade espacial foi o lançamento de um foguete brasileiro (creio que um VS-30) do CLBI com experimentos de instituições argentinas, ponto. Havia também a possibilidade do lançamento de um Satélite Conjunto, mais esse projeto nunca saiu do papel, enfim...

      "o Brasil deveria fazer uma parceria com a China para desenvolver os seus Foguetes Orbitais , principalmente com o combustível líquido!" - Esclarecendo - Sim, isso já devia ter ocorrido há pelo menos duas décadas, seja através de foguetes sólidos ou líquidos. Um país como o Brasil não pode preceder de ter o acesso ao espaço por seus próprios meios, esse é um tremendo erro estratégico e que poderá trazer serias consequenciais ao país nos próximos anos. Enfim...

      "ao contrário o seu maior " amigo da ONÇA " os E.U.A. dificulta o nosso PEB" - Esclarecendo - O brasileiro precisa acabar com esse 'mimimi', os americanos atrapalharam todos os programas espaciais do mundo (europeus, Chineses, Indianos, etc), é isso que eles fazem, e isso faz parte do jogo, mais nem sempre acharam guarita. Ninguem nessa área faz as coisas por você não PEB, cada país tem que se organizar e correr atrás para atingir seus objetivos. Houve interferência americana, houve sim e de outros países também, mas isso por si só não explica a situação em que estamos. O problema já dissemos aqui por diversas vezes, está na falta de vontade política, de gestão qualificada, aliado a falta de um universo político e jurídico propicio para o desenvolvimento científico e tecnológico, fora o mal mau-caratismo que ainda impera entre alguns players deste setor. Bom é isso. Abs

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  2. Parabéns Duda ,por colocar os pingos nos is, só assim dissiparemos as trevas do desconhecimento.

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