Sonda da ESA, Após 20 Anos de Seu Lançamento, Recebe Atualização Para Procurar Água em Marte

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia postada dia (24/06) no site ‘Olhar Digital’, destacando que uma espaçonave da ESA, após 20 anos do seu lançamento para órbita de Marte, recebeu uma atualização para buscar água abaixo da superfície do planeta vermelho.
 
Pois é... a galera da ESA não deixa barato, não dorme no ponto e sempre encontra soluções para aproveitar ao máximo os seus equipamentos espaciais, simplesmente sensacional.
 
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Ciência e Espaço 
 
20 Anos Após Lançamento, Sonda Recebe Atualização Para Procurar Água em Marte 
 
Por Rafael Arbulu
Editado por Lucas Soares
24/06/2022 - 15h40
Atualizada em 24/06/2022 - 17h13
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

Depois de 20 anos de seu lançamento, o Mars Express, da agência espacial Europeia (ESA), recebeu uma atualização de grande porte, que lhe permitirá vasculhar Marte (e sua lua, Fobos) em busca de água abaixo da superfície.
 
A atualização será usada pelo instrumento conhecido como “MARSIS” (Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionospheric Sounding), que já fez sua fama em 2018, quando identificou um lago subterrâneo de água salgada, a mais ou menos 2,4 quilômetros (km) abaixo da superfície.
 
(Imagem: Jurik Peter/Shutterstock)
Sob a superfície de Marte, há evidências amplas da presença de água, então o Mars Express, da ESA, recebeu uma atualização que deve facilitar a busca pelo líquido da vida no planeta vermelho.

“É realmente como se nós tivéssemos instalado um novo instrumento no Mars Express, quase 20 anos após o seu lançamento”, disse o cientista chefe da missão Mars Express da ESA, Colin Wilson.
 
O funcionamento do MARSIS é bem simples de explicar: ele consiste de uma antena longa, de cerca de 40 metros (m) de comprimento, que envia ondas de rádio de baixa frequência em direção à superfície de Marte. Essas ondas são refletidas de volta pela superfície, e recapturadas pelo instrumento. Dependendo de como essas ondas voltam ao objeto, o Mars Express consegue diferenciar a região atingida – se é constituída de materiais como rocha, gelo; ou se tem uma configuração mais líquida, como água.
 
A atualização basicamente aprimora a recepção de sinal e o processamento de dados local (aquele feito pelo próprio Mars Express). Na prática, isso significa que o MARSIS será capaz de descartar dados inúteis, liberando memória enquanto, paralelamente, a melhor recepção de sinal trará informações mais detalhadas sobre o terreno.
 
“Nós encaramos vários desafios para melhorar o desempenho do MARSIS”, disse Carlo Nenna, engenheiro de software da ESA. “Um deles era o fato do software do MARSIS ter sido desenhado há mais de 20 anos, usando um ambiente de engenharia baseado no Windows 98!”
 
No presente momento, o update está em fase de instalação – convenhamos, o MARSIS está a uma distância notável de nós, então essa alteração remota leva tempo. Os cientistas, contudo, já esperam fazer o test drive em diversas regiões mapeadas, porém ainda não pesquisadas com tamanha profundidade, como algumas partes do pólo sul de Marte.

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