Asteroide Potencialmente Perigoso é "Redescoberto" em Teste de Defesa Planetária
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia interessantíssima publicada hoje
(06/06)
no site “Canaltech”, destacando que uma equipe internacional
com mais de 100 participantes de 18 países
realizaram um exercício de defesa planetária, onde um asteroide
potencialmente perigoso foi removido da base de dados de monitoramento para que
astrônomos pudessem verificar se conseguiriam encontrá-lo rapidamente.
Pois é, o BS
parabeniza a esta equipe internacional por essa providencial iniciativa que um
dia poderá ajudar a raça humana de se safar de um grande desastre de ordem planetária.
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Asteroide Potencialmente Perigoso é
"Redescoberto" em Teste de Defesa Planetária
Por Danielle
Cassita
Editado por
Rafael Rigues
06 de Junho de
2022 às 13h10
Fonte: Via Planetary
Science Journal; Via: NASA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL-Caltech
Em um exercício de defesa planetária, um asteroide
potencialmente perigoso foi removido da base de dados de monitoramento para que
astrônomos verificassem se conseguiriam encontrá-lo rapidamente. O exercício
contou com mais de 100 participantes de 18 países, que redescobriram a rocha
espacial já conhecida pela comunidade científica. A atividade mostrou que a
comunidade de defesa planetária pode agir com eficiência e rapidez para
identificar e avaliar
os perigos de asteroides próximos e recém-descobertos.
O exercício foi realizado com dados da aproximação mais
recente do asteroide Apophis, ocorrida entre dezembro de 2020 e março
de 2021. Os astrônomos já sabiam da aproximação da rocha espacial no início
de dezembro, e para deixar o exercício mais realista, não relacionaram novas
observações do asteroide com outras mais antigas. Quando o Apophis
se aproximou, os levantamentos astronômicos não tinham registros dele;
portanto, era como se fosse um asteroide desconhecido.
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech and NSF/AUI/GBO)
Já no dia 4 de dezembro daquele ano, o asteroide começou
a ficar mais brilhante. O programa de monitoramento Catalina Sky Survey, da
NASA, fez detecções iniciais e enviou os dados de astrometria (a posição dele
no céu) para o Minor Planet Center. Como, propositalmente, não havia dados
prévios do Apophis, o asteroide foi registrado como uma detecção completamente nova. Depois, houve outras
detecções de outros observatórios.
Conforme a rocha espacial se moveu para o campo de visão
da missão Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer (NEOWISE),
também da NASA, o Minor Planet Center uniu suas observações com aquelas realizadas
por telescópios em solo, para mostrar o movimento do objeto no céu. No fim do
mês, veio o resultado: a instituição anunciou a descoberta de um “novo”
asteroide próximo da Terra.
Riscos de Colisão do Asteroide
Os participantes do exercício logo coletaram novos dados
para analisar a órbita do objeto e verificar se poderia se chocar com a Terra.
Durante a nova aproximação do asteroide em março de 2021, os astrônomos tiraram
fotos e coletaram medidas precisas da velocidade e distância do asteroide; as
observações, combinadas com medidas de outros observatórios, permitiram refinar
a órbita dele.
Imagem: urikyo33
O Apophis foi descoberto em 2004 e, na época, os
cientistas consideravam haver uma chance significativa de a rocha se chocar com
a Terra em 2029, ano em que
fará uma nova aproximação do nosso planeta; novos dados mostraram não haver
riscos de algo do tipo acontecer pelos próximos 100 anos ou mais.
No caso do estudo, os participantes descartaram a
possibilidade de um impacto
acontecer em 2029. “Ver a comunidade de defesa planetária se unir durante a
aproximação mais recente do Apophis foi impressionante”, disse Michael Kelley,
cientista que auxiliou os participantes.
Ao entender melhor o tamanho do asteroide, os cientistas
do Ames Research Center conseguiram estimar a energia de impacto que uma rocha
espacial do tamanho de Apophis poderia liberar. Além disso, eles simularam
também localizações de impacto realistas na superfície da Terra que, no caso de
uma situação real, poderiam ajudar as autoridades a evacuar pessoas em áreas de
risco.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Planetary Science Journal.
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