Radiotelescópios na África Detectam Estruturas Cósmicas em Larga Escala
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (20/06) no
site “Canaltech”, destacando que Radiotelescópios na África detectaram Estruturas
Cósmicas em larga escala.
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Radiotelescópios na África Detectam Estruturas Cósmicas em Larga Escala
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael Rigues
20 de Junho de 2022 às 17h15
Fonte: arXiv; Via: University of Manchester
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: MeerKAT
Uma equipe internacional de astrônomos combinou, pela
primeira vez, as antenas de 64 radiotelescópios para detectar as assinaturas
discretas do hidrogênio gasoso ao longo das escalas cosmológicas. Eles
trabalharam com as instalações do telescópio MeertKAT, o antecessor do futuro
observatório de ondas de rádio SKA
Observatory (SKAO), que está em construção.
Quando estiver pronto, o SKAO será usado para investigar
a evolução do universo e os mecanismos por trás da aceleração de sua expansão.
Uma forma de fazer isso é observando a estrutura do universo em grandes
escalas, que permitem que galáxias inteiras sejam consideradas como simples
pontinhos, cuja distribuição pode revelar respostas de perguntas que vão desde
a gravidade até a misteriosa
matéria escura.
A maior vantagem de usar os radiotelescópios para isso é
que eles podem detectar radiação em comprimentos de onda de 21 cm vindos do
hidrogênio neutro, o elemento mais abundante no universo. Ao estudar mapas
tridimensionais do composto espalhado por milhões de anos-luz, é possível
analisar a distribuição total de matéria.
Localizado no deserto de Karoo, na África do Sul, o MeerKAT fará parte do SKAO; ambos vão operar principalmente como interferômetros,
ou seja, as antenas de cada um serão combinadas como um grande telescópio,
capaz de capturar imagens de objetos distantes em alta resolução. “Contudo, o
interferômetro não será sensível o suficiente para as grandes escalas mais
interessantes para cosmólogos que estudam o universo”, observou Steven Cunnington,
coautor do novo estudo.
(Imagem: Reprodução/MeerKAT)
Pensando em uma forma de contornar o problema, a equipe
usou as antenas do MeerKAT como 64 telescópios individuais que permitiram
mapear volumes enormes do céu, necessários para a cosmologia.
O modo de operação com antenas "individuais"
rendeu a primeira detecção cosmológica com a técnica: os pesquisadores
detectaram um padrão de agrupamento entre os mapas do MeerKAT e posições de
galáxias determinadas pelo telescópio Anglo-Australian Telescope. Como já se
sabe que estas galáxias delineiam a matéria geral do universo, a forte
correlação estatística entre os mapas de rádio e elas mostra que o MeerKAT
detectou estruturas cósmicas em larga
escala.
É a primeira vez que uma detecção do tipo é feita com uma
instalação de várias antenas funcionando como telescópios individuais, e
representa um passo importante para os futuros estudos da cosmologia com o
SKAO. “Isso marca apenas o início do que esperamos que será caso contínuo de
resultados que avancem o nosso entendimento do universo”, comemorou Cunnington.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado no
repositório online arXiv, sem revisão de pares.
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