PEB Prepara Novos Lançamentos de Foguetes no CLA
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (06/02) no site da
“Universidade Federal do Maranhão (UFMA)” destacando que o Programa Espacial
Brasileiro prepara novos lançamentos de foguetes no CLA.
Duda Falcão
UFMA NOTÍCIAS
Programa Espacial Brasileiro Prepara
Novos Lançamentos de Foguetes no CLA
Para o futuro estão previstos outros lançamentos de
simulação e
alguns sob encomenda, conforme os contratos que estão
sendo negociados com o mercado mundial
Ascom/UFMA
Revisão: Carla Morais
06/02
- 16h15
Representantes do Programa Espacial Brasileiro; do Centro
de Lançamentos de Alcântara; do Governo do Estado; do Governo Municipal; das
Instituições de Ensino Superior do Maranhão; das Instituições de Pesquisa; de
fornecedores e de empresários ligados aos projetos de cidadania, estiveram em
Alcântara para conhecer o novo projeto do Centro de Lançamentos de Foguetes. Já
para 2012, estão previstas várias operações de simulação como o lançamento do
foguete VLS -1 e de dois foguetes VS-30, que serão realizadas dentro das mais
rígidas normas de segurança.
A reabertura ao público do Centro de Lançamento de
Alcântara acontece nove anos depois do acidente com o VLS-1, que matou vários
técnicos do Programa Espacial Brasileiro abortando um dos mais promissores
projetos do Governo Federal. As mudanças no Centro começaram em 2006 quando os
estudos sobre a segurança da área foram desenvolvidos de modo que, hoje, todas
as possibilidades de acidentes estão previstas com as devidas soluções
emergenciais, dentro das mais altas tecnologias do restrito mundo aeroespacial
como os EUA, a Rússia, a China, a Índia e a Comunidade Europeia.
Isto foi bastante ressaltado pelo Tenente Coronel
Demétrio, que hoje está à frente do Centro de Lançamentos de Alcântara, ao
Governador em exercício, Washington Oliveira; da Secretária de Ciência e
Tecnologia, Olga Simão; e aos demais convidados da comitiva que visitaram o
local. “Estamos convictos de que esse é caminho certo. Estamos dialogando com o
governo estadual, municipal e, principalmente, com as comunidades, para que
encontremos, juntos, as soluções para os problemas que forem aparecendo”,
disse.
Depois da apresentação, o governador em exercício,
Washington Oliveira, propôs a organização de um seminário sobre o Centro de
Lançamentos, em São Luís, para que o projeto seja compartilhado com o maior
número de atores sociais. A equipe do Centro considera que a transparência das
informações , a disseminação do conhecimento e o compartilhamento das decisões
são de fundamental importância para os resultados pretendidos, e,
principalmente, sem prejuízo para as comunidades atingidas. “Nós precisamos
resolver juntos - as comunidades, o governo municipal, o estadual e o federal -
sobre todos os assuntos que forem de interesse do projeto. Estamos integrados e
fazendo o mesmo discurso para que, desta vez, tenhamos só acertos”, frisou o
Tenente Coronel Demétrio Santos.
CENTRO DE LANÇAMENTOS
O Centro de Lançamentos de Foguetes de Alcântara foi
inaugurado em 1983, tendo como características o baixo índice pluviométrico, a
topografia acessível, o fácil acesso, os ventos favoráveis, a grande área de
impacto, a baixa densidade demográfica, suporte logístico, proximidade com a
linha do equador, estabilidade geológica e condições de segurança. “Perdemos
muitas oportunidades. Tivemos vários erros e acertos. Precisamos agora, de uma
vez por todas, implantar o Programa Tecnológico de Alcântara e retornar à
sociedade os resultados desse processo. E, por isso, estamos trabalhando a
partir do tripé - produção do foguete, lançamento e satélites - para levar a
produção útil que os nossos clientes demandam nas áreas, por exemplo, da
telemedicina e telecomunicações”, ressaltou o diretor interino do Programa
Espacial Brasileiro, Thyrso Villela.
Isto significa que, neste novo momento de acertos, a
equipe comandada pelo Tenente Coronel Engenheiro Demétrio Santos, junto com a
equipe do INPE, estão prevendo a construção ou a recuperação tanto na área da
Vila Militar como na área urbana de Alcântara - creche, posto médico, escola,
hospital, aeródromo, porto, revitalização do atracadouro, revitalização do
rancho, recuperação dos acessos às agrovilas, construção de estradas até o
atracadouro, construção de um hotel, visitas turísticas ao Centro de
Lançamento. Além disso, o Centro também vai desenvolver o projeto Alcântara
Cidade Sustentável para aplicar ações de responsabilidade social para a
melhoria e qualidade dos resíduos da cidade e o reaproveitamento do lixo.
Destas ações, destaca-se a construção de um porto com
atracadouro para receber navios de cargas, de passeio, ferry-boat; área da
receita federal; área de segurança; vias de acesso e área de convivência, entre
outros benefícios. Todos estes projetos estão sendo concluídos para serem
apresentados em março à Presidente Dilma Roussef e incluídos no PAC. “O porto
deverá ficar pronto entre um e dois anos, e a ideia é que o projeto se
sustente. Por isso, deverá servir para importar e exportar cargas”, sustenta
Demétrio Santos.
MISSÃO ESPACIAL
A missão espacial brasileira começou a dar os seus
primeiros passos em 1955, a partir de pesquisas sobre as condições para a implantação
de um centro de estudos. O primeiro local pensado foi Aracati, no Ceará; depois
foi Fernando de Noronha e, finalmente, Rio Grande do Norte, no local chamado
Barreira do Inferno. Em 1979, houve a implantação da missão para organizar o
Programa Espacial Brasileiro e, de lá para cá, 365 operações já foram
realizadas, sendo 74 operações de responsabilidade do governo brasileiro. O
primeiro foguete, Sonda II, foi lançado em 21 de fevereiro de 1990, sendo
posteriormente seguido do Sonda III; Sonda IV; VS – 30; VSB -30; VS – 40; VLS-1
– VO1; VLS – 1 – VO2 e o VLS -1-VO3.
Para o futuro, estão previstos outros lançamentos de
simulação e alguns sob encomenda, conforme os contratos que estão sendo
negociados com o mercado mundial. Conforme declarou Thyrso Villela, a retomada
do projeto é importante não só estrategicamente para o Brasil e para o
Maranhão, mas, sobretudo, economicamente, já que atualmente no valor de
mercado, por exemplo, um quilo de commodities no mercado internacional equivale
a US$ 0,20, enquanto que no mercado aeroespacial o mesmo quilo equivale a US$
50 mil.
Fonte: Site da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Comentário: Veja você leitor, que segundo essa nota da
UFMA já estão em negociação com o mercado internacional contratos para
lançamentos de foguetes encomendados ao que parece tanto para serem lançados do
CLA, como do CLBI, o que em nossa opinião é muito bom para o PEB. Isto é, caso
a nota esteja se referindo as atividades ligadas ao COMAER, e não a mal
engenhada empresa ACS, que como se sabe é uma tremenda barca furada. Em dado
momento do texto a nota diz: "A equipe do Centro considera que a
transparência das informações, a disseminação do conhecimento e o compartilhamento
das decisões são de fundamental importância para os resultados pretendidos, e,
principalmente, sem prejuízo para as comunidades atingidas”. Em nossa opinião esta
postura é importante não só para as comunidades atingidas e sim para toda a
sociedade esclarecida deste país, e incluiríamos ai também a responsabilidade por
parte do governo na divulgação e cumprimento dos prazos pré-estabelecidos dos
projetos espaciais em curso, coisa que até então não ocorre. Esperamos e
torcemos para que dessa vez o prazo de lançar o VLS-1 XVT-01 até o final desse
ano seja cumprido rigorosamente e que não haja mais atrasos no projeto da SARA
Suborbital, permitindo com isso que se cumpra o planejamento de lança-la ainda
este ano. Para tanto, o governo não deve medir esforços para dar as condições
financeiras e de recursos humanos necessários para que o Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE) possa cumprir o planejamento de lançamento dessas
missões no prazo pré-estabelecido, chega de atrasos. A nota também fala do
lançamento de dois novos VS-30 ainda este ano, o que é muito bom para o nosso
PEB. Espero que essas missões estejam ligadas de alguma forma ao Programa
Microgravidade (PM) da AEB ou mesmo fruto de alguma parceria internacional, já
que o retorno no ano passado deste foguete as atividades espaciais do país, após
quase quatro anos de inatividade, abre uma porta muito interessante tanto para
o PM da AEB, como também e principalmente para a sua certificação e
consequentemente comercialização no mercado internacional, como já ocorre com o
foguete VSB-30.
Duda, sabemos que a base aliada do governo apóia a ACS. Mas e a oposição?? O que o PSDB, por exemplo, já declarou sobre esse projeto??? Ou será que eles estão totalmente por fora dos fatos???
ResponderExcluirAbraços!
Olá Heverton!
ResponderExcluirBom amigo até onde sabemos, o PSDB não declarou nada ainda a respeito. O que acontece é que nem a oposição como um todo, nem o Ministério Público (MP) já se manisfestaram sobre o assunto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)