Novo Foguete VEGA Completa Vôo Inaugural com Sucesso
Segue abaixo uma matéria originária da EFE publicada dia
(13/02) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando que o novo foguete europeu VEGA completou voo inaugural com sucesso.
Duda Falcão
Ciência
Novo Foguete Vega
Completa
Vôo Inaugural com Sucesso
Objetivo da
Trajetória Inicial de 1h e 21 Minutos
Era Colocar Nove
Satélites em Órbita
EFE
13 de fevereiro de 2012 - 12h33
O novo foguete Vega, a menor nave da Agência Espacial
Europeia (ESA), foi lançado com sucesso nesta segunda-feira, 13, e, após uma
hora e 21 minutos, conseguiu concluir com êxito "seu arriscado" voo
inaugural, o qual tinha missão de pôr nove satélites em órbita.
ESA/Reuters
Lançador de 30 metros de altura e
137
toneladas custou US$ 942 milhões
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O lançamento foi feito às 8h (horário de Brasília), no
Centro Espacial Europeu de Kuru, situado na Guiana francesa, e foi operado pela
empresa Arianespace. "A trajetória é normal, e a pilotagem é
tranquila", repetiam os especialistas de empresa ao comprovar que a nave
respeitava as previsões dos cientistas.
Levando em conta o caráter arriscado da missão de
"qualificação", denominada VV 01, a comemoração do lançamento -
traduzida em aplausos, abraços e polegares levantados - não chegou à sala até
que a nave terminou de lançar sua carga útil.
"Já não há nenhum satélite europeu que não possa ser
posto em órbita por um serviço de lançamento europeu", assinalou então o
diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain.
"É um grande dia para a ESA, para seus
Estados-membros, para a indústria Europeia, para Arianespace e, em particular,
para a Itália - onde nasceu o Vega", acrescentou o ex-astronauta.
O lançador, de 30 metros de altura, 137 toneladas de peso
e US$ 942 milhões de investimentos, colocou em órbita nove satélites
científicos.
Os cientistas, que insistiam em dizer que este voo inaugural
tinha um caráter experimental, temiam que o Vega repetisse o desastre do dia 5
de junho de 1996, quando o Ariane 5 explodiu um minuto após abandonar a
plataforma de lançamento.
Viabilizado pela Agência Espacial Italiana e com apoio da
França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia e Suíça, a principal missão do Vega
era comprovar se o mesmo se mostrava seguro, confiável e eficaz.
Com o sucesso de sua primeira missão, o lançador passará
a ser uma opção viável para mais de 30 satélites que se ajustam a suas
capacidades e que anualmente são postos em órbita com um preço de US$ 42
milhões por decolagem.
O Vega completa assim a série de lançadores europeus, que
também inclui o Ariane 5, para cargas pesadas, e aos russos Soyuz, usados para
cargas intermédias.
Fonte: Site do jornal O Estado de São Paulo - 13/02/2012
Comentário: Na verdade é uma vitória da Itália, da ESA, de
seus países membros e da indústria européia. Uma vitória de gente que sabe o
que faz, bem diferente dos energúmenos que militam no poder da nossa obscura
capital federal. Se as coisas já estavam difíceis para a ACS, com o sucesso do VEGA
e de outros foguetes que já estavam disponíveis no mercado, a sobrevivência
desta mal engenhada empresa passa a ser tema de ficção científica de baixa
qualidade para autores do gênero. Para a ACS, um mastodonte estatal que se vale
de uma tecnologia tóxica e ultrapassada para prestar serviços de lançamento de
satélites comerciais, à chegada de um novo foguete ao mercado, tecnologicamente
mais avançado, mais barato e politicamente e ecologicamente dentro das regras,
aliado há seus problemas herculanos de operacionalidade, representa a mesma
coisa que o lance final de uma partida de xadrez, ou seja, o cheque mate. Não é
por acaso que esta empresa nem se quer é levada a sério pelos seus
concorrentes, já que os mesmos estão no mercado há décadas e sabem perfeitamente
como a banda toca. Outro dia um amigo meu me perguntou: Duda, você acredita que
a ACS vai realmente operar? Respondi: É
claro que acredito. Esses caras são irresponsáveis e irão até o fim com esse
desastre. Agora, até quando irá operar é um exercício de futurologia que não me
arrisco a dar qualquer palpite. O certo é que a empresa continuará operando
lançando os satélites brasileiros e ucranianos a um custo financeiro e ecológico
que hoje é difícil de precisar, pelo menos até que apareça alguém de bom censo
e ponha um fim neste absurdo, quando então se poderá ter uma idéia real dos prejuízos
financeiros e ecológicos causados por essa irresponsável aventura tupiniquim capitaneada inicialmente por um político desqualificado e irresponsável que deveria esta preso junto com
um certo humorista e outros energúmenos de plantão. Agora, quanto ao mercado
comercial fora do Brasil e da Ucrânia, esqueçam, as chances de sucesso são
próximas do zero absoluto, a não ser que se ofereça espaços gratuitos no foguete,
como já vai ocorrer em 2013 com o nanosatélite japonês “Nano-Jasmine” no vôo de
qualificação do tóxico Cyclone-4.
se o toxico cyclone é ultrapassado, imagina o risível e cambaleante VLS.... nao duvido que chegue aos 40 anos de idade sem sucesso, com a gestao medonha do IAE
ResponderExcluirLembrando que o Vega tbem tem o ultimo estagio toxico, o Tronador argentino tem todos os estagios toxicos, mas mesmo assim tem tecnologia mais avançada que o VLS, que ainda insiste em se manter nas contas do MCTI. Como o Raupp disse que há varios projetos concorrendo espero que ele , com seu bom senso, priorize os que realmente agreguem valor, não um IRBM da decada de 80 disfarçado de lançador útil e "tecnologia avançada".
ResponderExcluirOlá Al.mor!
ResponderExcluirVeja bem amigo, a história do risível VLS (assim chamado por você) será finalizada em dois anos (a depender do governo), estando assim em 2014 qualificado para realizar sua missão. Quanto ao fato do mesmo ser tóxico, é verdade, mas nem de longe atinge o grau de toxicidade que irá ser alcançado pelos motores do Cyclone-4. Só para você ter uma idéia, pouco mais de uma hora após o lançamento haverá chuva acida na região. Todos os motores desse foguete (gigantescos por sinal) são à base de hidrazina, substância essa que é altamente tóxica para o ser humano. Está substância hoje só é utilizada por motores de satélites e sondas espaciais no vácuo do espaço ou por motores de foguetes que atuam já fora da atmosfera terrestre. Esse por exemplo, é o caso do motor do ultimo estágio do foguete VEGA citado por você, e que curiosamente é fabricado pela mesma empresa ucraniana (Yuzhnoye) que está fabricando os motores do Cyclone-4. Entretanto, já se comenta que a Alemanha, que antes era reticente a este projeto, mas que agora está animada com as razoáveis perspectivas comerciais do mesmo, passe a participar com o desenvolvimento de um substituto para este estágio tóxico ucraniano. Quanto ao Tronador argentino, não tenho informações, mas duvido que o mesmo utilize hidrazina nos seus motores, e seja lá qual for o propelente utilizado por eles, duvido que venha alcançar os altos níveis de toxicidade alcançados pela Hidrazina.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
conforme o proprio blog: o foguete “TRONADOR II” utilizará o propelente teróxido de nitrogênio (NTO) e a mono metil hidrazina (MMH), numa configuração muito semelhante ao antigo lançador britânico "Black Arrow".
ExcluirOu seja, utiliza par hipergólico tóxico.
Olá al.mor!
ResponderExcluirVocê quer dizer, conforme foi publicado no blog fruto de outra fonte ao qual eu sinceramente não recordava. Não sou um especialista na área, e assim sendo não sei precisar se esta opção argentina é tão tóxica quanto à ucraniana, mas se assim for, isso demonstra que os argentinos estão seguindo um caminho tão equivocado quanto os energúmenos de Brasília, o que em minha opinião é extremamente lamentável.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)