Primeiros Raios Ascendentes são Registrados no Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada ontem (27/02) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando
que o “Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)” capturou
pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil.
Duda Falcão
Ciência
Primeiros Raios Ascendentes
são Registrados
no Brasil
Apenas 1% dos raios partem do solo;
observações
poderão ajudar a aperfeiçoar normas de
proteção
estadao.com.br com informações do INPE
27 de fevereiro
de 2012 - 17h51
INPE/Divulgação
Raio ascendente registrado
no Pico do
Jaraguá, SP
|
O Grupo de
Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) capturou pela primeira vez
imagens de raios ascendentes no Brasil. Em apenas vinte minutos, quatro raios
desse tipo, que tiveram início a partir de uma das torres situadas sobre o Pico
do Jaraguá, na cidade de São Paulo, foram registrados. Segundo os
pesquisadores, as observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas de proteção
contra raios no país.
"Esta é a
primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil", diz Marcelo
Saba, pesquisador do ELAT e responsável pelas observações. Outra coisa
que chamou a atenção foi o alto número de raios para o pequeno intervalo de
tempo. Para se ter uma ideia, no Empire State Building, que tem mais de 100
metros de altura, ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.
A enorme maioria
dos raios (99%) é nuvem solo, ou seja, se originam nas nuvens e chegam ao chão.
Apenas 1% é ascendente - partem de algum ponto na superfície. Em construções
muito altas, essa proporção varia, e o número de raios ascendentes pode
superar os raios nuvem solo.
Os raios
ascendentes respondem a alterações ambientais produzidas pela atividade humana
e se originam em locais muito altos, como torres de telecomunicação, ou
para-raios de edifícios.
Os pesquisadores
afirmam que estudos poderão estimar qual a frequência e quais as condições
(como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e tempestades) para que o
fenômeno ocorra. A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de detecção de
descargas atmosféricas que monitoram a incidência de raios no Brasil. Em alguns
países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando
atingem turbinas de geração eólica.
Poucos países
possuem imagens deste fenômeno, entre eles os EUA, o Canadá, o Japão e a
Áustria. Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características
dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as
pesquisas.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 27/02/2012
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