Previsões Meteorológicas Geram Economia
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia postada ontem (17/05) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que pesquisa aponta economia de R$ 232,8 milhões com uso de previsões meteorológicas do CPTEC/INPE.
Duda Falcão
Pesquisa Aponta Economia de R$ 232,8 milhões
com Uso de Previsões Meteorológicas do CPTEC/INPE
17-05-2010
Pesquisa realizada com usuários de produtos e serviços do Centro de Previsão e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), estima ganhos de R$ 232,8 milhões com o uso de dados meteorológicos, durante o ano de 2009. O valor apurado pela pesquisa é considerado positivo, representando 7,6 vezes o orçamento do CPTEC/INPE no mesmo período, de R$ 30,5 milhões, incluindo custos de capital, custeio e pessoal.
O coordenador do CPTEC/INPE, Luiz Augusto Machado, destaca, no entanto, que se trata de um valor subestimado, já que o cálculo de ganhos com os dados meteorológicos teve como base um universo restrito de usuários, incluindo apenas aqueles que acessam o portal do centro. O valor certamente seria maior caso a pesquisa tivesse apurado dados daqueles que consultam as previsões do CPTEC/INPE pela imprensa ou englobasse empresas de grande porte, como Cargill, Petrobras, entre outras, que utilizam as previsões diariamente para planejar suas atividades. Mesmo assim, afirma Machado, o cálculo tem uma base sólida, as respostas de usuários do CPTEC/INPE que nunca foram consultados, revelando um retorno positivo, mesmo que parcial, dos investimentos no centro de pesquisa.
Machado argumenta que ainda há muito espaço para investimentos na melhoria do sistema meteorológico nacional como um todo e não somente no CPTEC/INPE. Recentemente, o INPE finalizou o processo de licitação para a compra de um novo supercomputador, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). No entanto, ressalta o coordenador do CPTEC/INPE,“a maior capacidade de processamento irá demandar maior volume de dados e necessidade de novos investimentos”.
Antes do resultado desta pesquisa, projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontavam ganhos de US$ 2 bilhões, aproximadamente, ao ano para a economia nacional incluindo o uso de todos os serviços meteorológicos disponíveis no País, muitos deles utilizando dados do CPTEC/INPE. A estimativa do INMET tem como base cálculos da Organização Meteorológica Mundial (OMM), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), que alega prejuízos anuais com desastres naturais em todo o mundo, relacionados ao tempo, clima e água, da ordem de US$ 100 bilhões e cerca de 100 mil mortes. A OMM afirma que estes números poderiam ser maiores, caso não existissem os atuais serviços meteorológicos.
A pesquisa do CPTEC/INPE abrangeu 2.791 usuários, que responderam a um questionário eletrônico entre novembro do ano passado a fevereiro deste ano. Segundo o coordenador da pesquisa, Luiz Tadeu da Silva, analista de C&T do INPE, além da estimativa de ganhos econômicos, a pesquisa teve como objetivo produzir um diagnóstico sobre a aceitabilidade e qualidade dos produtos e serviços meteorológicos do CPTEC/INPE na internet.
Nestes quesitos, mais de 95% dos usuários afirmaram que os produtos e serviços do CPTEC/INPE são bons e excelentes. Já a avaliação sobre facilidade de acesso e disposição dos dados na internet foi um pouco menor, sendo considerada boa e excelente por 88% dos participantes da pesquisa, indicando necessidade de melhorias nestes dois aspectos.
Além de calcular os ganhos e economia com o uso de dados meteorológicos, a pesquisa também procurou identificar o modo pelo qual estes dados vêm sendo utilizados. A pesquisa detectou ainda necessidade de melhoria no acesso aos produtos e serviços meteorológicos, recebendo sugestões que serão incorporadas ao planejamento do CPTEC/INPE e outros já estão sendo incorporadas na reformulação do novo portal, atualmente em curso. Também será analisada a criação de novos cursos de extensão e treinamento em diferentes áreas, solicitação de mais de 62% dos que responderam ao questionário.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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