Galerinha Ligada no Espaço
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Galerinha Ligada no Espaço
Estudantes de Caxias irão participar de olimpíadas
Luísa Ordovás (E), Lucas Simon Susin, Enzo Pizzato Tondo,
Gustavo Bampi Turmina e Gabriel Finco tiveram aulas
sobre o espaço sideral
Caxias do Sul – Sentados ao redor da mesa estão pequenos que têm entre sete e oito anos. A pouca idade não impede a desenvoltura em um assunto considerado difícil até para adultos:
– O que vocês sabem sobre o espaço? – questiona a reportagem.
– O Big Bang é uma grande explosão – aponta Gabriel Finco, sete anos, aluno do 2º ano do Colégio Mutirão Objetivo.
– Na constelação do Cruzeiro do Sul tem uma estrela que se chama Intrometida – expõe Enzo Pizzato Tondo, sete, também do 2º ano.
– Marcos Pontes é o primeiro astronauta brasileiro. Eu contei isso para todos da minha família – ensina Luísa Ordovás, oito, do 3º ano.
Os assuntos estão na ponta da língua porque os pequenos, junto com outros alunos do ensino fundamental e médio, irão participar hoje da 13ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A prova escrita, que tem 10 perguntas, é realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e Agência Espacial Brasileira (AEB). Alguns estudantes também farão parte da 4ª Olimpíada Brasileira de Foguetes, amanhã.
A intenção da prova da OBA e da construção de foguetes com material reciclado é estimular as crianças e adolescentes a ter gosto pela ciência. No ano passado, mais de 860 mil estudantes participaram da OBA em todo o país. Os alunos com melhores notas ganham medalhas e certificados. A participação é voluntária.
Há cinco anos, o professor de Física Sandro Prass incentiva estudantes de colégios da região a participarem da OBA. Pela primeira vez, os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental farão a prova. Esse também é o primeiro ano que os estudantes da Serra constroem foguetes.
– A prova para os alunos das séries iniciais do fundamental é simplíssima. São perguntas para reconhecer o formato dos planetas, da Lua, dos cometas – diz o professor.
Para preparar os alunos para o teste, Prass fez oficinas com os professores que depois trabalharam o assunto em sala de aula. Ele também fez palestras com os estudantes.
– Para os pequenos, sempre tem que ter algo para chamar a atenção. Trouxe um pedaço de meteorito da Agência Espacial. Também passei um DVD do Marcos Pontes para crianças – explica.
– Quando a gente vê os alunos ansiosos para fazer uma prova é uma mudança de comportamento importante – aponta a coordenadora pedagógica das séries iniciais do ensino fundamental do colégio, Patrícia Calgaro.
Foguetes Lançados a 100 Metros
Os foguetes foram construídos com garrafas pet, papel e fita adesiva e pintados com tinta spray. Alunos que mostraram interesse em participar de oficinas fora do período de aula construíram os equipamentos. O foguete decola por causa de uma reação química envolvendo vinagre e bicarbonato de sódio que provoca a liberação de gás com grande pressão. Há também um sistema de gatilho numa base montada com canos de PVC para impulsioná-lo. Segundo o professor Sandro Prass, os foguetes podem alcançar mais de 100 metros de distância. As turmas devem medir o alcance e registrar em fotos o lançamento para depois enviar os dados para a AEB.
Os alunos irão lançar os equipamentos amanhã na Escola da Natureza, próximo ao Campus 8 da UCS.
Estudantes em Busca de Novas Medalhas
Não só os pequenos estão empolgados para a prova de hoje. As alunas do 1º ano do ensino médio Nicolle Bianchi e Mônica Tergolina, ambas de 14 anos, farão a prova da OBA pela terceira vez. Quando estava na 7ª série, Mônica ganhou uma medalha de prata. No ano passado, veio o ouro. Ela tirou 97,5 na prova sobre um total de 100.
As colegas participaram de aulas de preparação para o teste, que consideraram fácil em anos anteriores. Nicolle diz que as perguntas exigem interpretação.
– Neste ano, a gente não sabe porque o nível mudou para ensino médio e talvez sejam questões mais difíceis – diz Mônica.
As gurias nem se importam em estudar em casa para a prova:
– É um conteúdo que a gente não vê nas aulas normais de Geografia e de Física. Teve coisas que a gente viu na Olimpíada quando estávamos na 7ª série e só estamos vendo como conteúdo agora no ensino médio – depõe Nicolle.
Conforme o professor Sandro Prass, pelo menos 10 escolas de Caxias, Bento Gonçalves, Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa devem participar da OBA.
Saiba mais:
Informações sobre as olimpíadas podem ser obtidas no site www.oba.org.br.
Fonte: Site www.clicrbs.com.br/pioneiro
Comentário: São iniciativas com esta do professor Sandro Prass em Caxias do Sul (RS), do professor Andrevaldo Tavares em Cariri (CE) e em uma maior escala do professor Izaias Cabral de Brasília (DF) com os seus kits educacionais e o robô JACI, apresentados ano passado na reunião da SBPC (veja aqui a nota Robô JACI Simula Sonda Espacial na Reunião da SBPC), que o blog acredita que é possível implantar uma educação de qualidade neste país. O Brasil precisa buscar soluções para melhorar a educação de nossas crianças e jovens e assim construir uma sociedade mais justa e de futuro.
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