Mais Informações Sobre a Missão SABIA-Mar
Olá leitor!
Segue abaixo maiores informações postadas ontem (09/05) no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski sobre o projeto do satélite argentino-brasileiro SABIA-MAR.
Duda Falcão
Missão SABIA-Mar: Mais Informações
09/05/2010
Domingo passado (02), publicamos notícia sobre o início da Fase A da Missão SABIA-Mar, marco da cooperação espacial entre o Brasil e a Argentina na área de satélites. Maiores detalhes sobre o projeto ainda não foram divulgados (mesmo o início da missão sequer foi noticiado pela AEB e/ou INPE), mas a agência espacial argentina - Comision Nacional de Actividades Espaciales (CONAE) - já disponibilizou em seu web-site algumas informações interessantes.
Na Argentina, o SABIA-Mar também é chamado de SAC-E (dando sequência às missões satelitais do país vizinho, que começaram com o SAC-A e deve em breve lançar o SAC-C/Aquarius). Segundo o site, em tradução feita pelo blog, "o SABIA (Satélite Argentino Brasileiro de Informação em Alimento, Água e Ambiente) se enquadra num programa de cooperação entre a CONAE, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É parte da série SAC, com a denominação SAC-E."
O projeto tem origem em novembro de 1998, apesar de uma fonte do blog no INPE afirmar que a missão hoje considerada ser completamente diferente da idealizada há mais de dez anos.
Embora toda a definição e concepção da missão devam ser definidas apenas na Fase A, algumas informações dadas pela CONAE dão uma ideia de como o satélite poderá ser. Aparentemente, o SABIA-Mar poderá contar com um transpônder de coleta de dados (DCS), como o SCD-1, SCD-2, e os da série CBERS. Contaria também, no segmento terrestre, com estações remotas de recepção, além das estações principais, a serem instaladas em Falda del Carmen, Ushuaia e Cuiabá (MT). Estas estações remotas, aliás, constam da relação de objetivos principais da missão, devendo ser de baixo custo.
Em termos de cargas úteis, além do transpônder DCS, este provavelmente em perfil secundário, de acordo com recente apresentação (janeiro, 2010) do INPE, o satélite pode contar com uma câmera de resolução de 1,1 km para observação marítima, outra de 200 metros para cobertura de regiões costeiras, e outros dois possíveis sensores: uma câmera SST, e outra para imageamento terrestre. A Fase A deverá durar cerca de 9 meses, e seguindo-se um cronograma tentativo, o satélite poderia ser colocado em órbita por volta de 2015.
Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski
Comentário: Caso a suposição feita pelo companheiro Mileski relativa ao prazo de lançamento deste satélite (2015) seja comprido, serão exatamente 17 anos desde a assinatura do acordo (1998) até a colocação em orbita. Assim fica muito difícil desenvolver um programa de satélites com seriedade neste país. É por essas e outras que o blog não tem como participar da euforia dos irmãos sul-africanos com relação ao prazo de quatro anos de desenvolvimento e lançamento dos dois satélites do Programa IBSA.
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