Logística para Lançamentos do CLA
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na nova edição da Revista Espaço Brasileiro (Jan. Fev. Mar. de 2010) destacando a logística necessária para realização das operações de lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Duda Falcão
CLA
Logística para Lançamentos
Preocupação com segurança e inúmeros testes
fazem parte do processo de preparação que
antecede as operações Transporte do VSB-30
Desembarque na Base de Alcântara (MA)
Como ocorre o transporte de materiais e dos foguetes? Entre a contagem regressiva e a subida de satélites e foguetes rumo ao espaço decorre um longo e árduo processo de preparativos no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no estado do Maranhão. Tudo começa em solo, a mais de dois mil quilômetros de distância, em São Jose dos Campos (SP), onde se localiza boa parte da infraestrutura de desenvolvimento dos artefatos.
Em São José dos Campos, engenheiros e especialistas na área aeroespacial fazem os últimos testes antes de enviar os equipamentos ao CLA. O processo de preparação e lançamento de veículos aeroespaciais requer uma cuidadosa operação de logística. Tudo deve ser minuciosamente vistoriado para que o lançamento ocorra com sucesso.
Conforme o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), tenente-coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, todas as ações que antecedem os lançamentos cumprem os objetivos do Centro no sentido de proporcionar os meios necessários e seguros para lançamentos de veículos espaciais. “Nossas atividades incluem lançamentos de pequeno porte, como os foguetes de sondagem que não entram em órbita e realizam experiências em ambiente de microgravidade, e de maior porte, como os Veículos Lançadores de Satélites (VLS), que levam um satélite até a altura desejada e o colocam em órbita”, explica o diretor.
O diretor lembra que a fase de preparação engloba o recebimento de veículos e acessórios e a integração aos meios do centro de lançamento.
“Nas operações de lançamento, a cargo do Comando da Aeronáutica, os motores, as cargas úteis, os equipamentos e outros materiais necessários são transportados de São José dos Campos, onde são produzidos”, comenta o diretor do CLA. Os materiais, desmontados em partes, são enviados por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) até o Centro. O embarque também inclui a maior parte do serviço de translado das equipes de engenheiros e técnicos do Departamento de Ciência de Tecnologia Aeroespacial (DCTA), bem como dos demais profissionais da Aeronáutica envolvidos nas operações.
Devido à complexidade das campanhas de lançamento, o deslocamento de materiais e recursos humanos exige uma antecedência mínima de 60 dias. Com a chegada dos equipamentos ao CLA tem início a montagem dos motores e da carga útil e a preparação dos experimentos a serem embarcados, que ocorrem nos prédios denominados de preparação.
Nesta etapa, os especialistas começam a remontagem das peças. No caso dos motores são feitas montagens das redes elétricas, hidráulica, pirotécnica, entre outras. Com relação a carga útil, a preocupação está relacionada aos testes de experimentos e às atividades de integração ao módulo que comporta o experimento. Ainda são imprescindíveis os testes eletroeletrônicos dos módulos. “Testamos, ainda, o computador de bordo, o link de rádio com a estação terrena, os transmissores, e outros componentes”, adianta Rangel.
Em São José dos Campos, engenheiros e especialistas na área aeroespacial fazem os últimos testes antes de enviar os equipamentos ao CLA. O processo de preparação e lançamento de veículos aeroespaciais requer uma cuidadosa operação de logística. Tudo deve ser minuciosamente vistoriado para que o lançamento ocorra com sucesso.
Conforme o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), tenente-coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, todas as ações que antecedem os lançamentos cumprem os objetivos do Centro no sentido de proporcionar os meios necessários e seguros para lançamentos de veículos espaciais. “Nossas atividades incluem lançamentos de pequeno porte, como os foguetes de sondagem que não entram em órbita e realizam experiências em ambiente de microgravidade, e de maior porte, como os Veículos Lançadores de Satélites (VLS), que levam um satélite até a altura desejada e o colocam em órbita”, explica o diretor.
O diretor lembra que a fase de preparação engloba o recebimento de veículos e acessórios e a integração aos meios do centro de lançamento.
“Nas operações de lançamento, a cargo do Comando da Aeronáutica, os motores, as cargas úteis, os equipamentos e outros materiais necessários são transportados de São José dos Campos, onde são produzidos”, comenta o diretor do CLA. Os materiais, desmontados em partes, são enviados por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) até o Centro. O embarque também inclui a maior parte do serviço de translado das equipes de engenheiros e técnicos do Departamento de Ciência de Tecnologia Aeroespacial (DCTA), bem como dos demais profissionais da Aeronáutica envolvidos nas operações.
Devido à complexidade das campanhas de lançamento, o deslocamento de materiais e recursos humanos exige uma antecedência mínima de 60 dias. Com a chegada dos equipamentos ao CLA tem início a montagem dos motores e da carga útil e a preparação dos experimentos a serem embarcados, que ocorrem nos prédios denominados de preparação.
Nesta etapa, os especialistas começam a remontagem das peças. No caso dos motores são feitas montagens das redes elétricas, hidráulica, pirotécnica, entre outras. Com relação a carga útil, a preocupação está relacionada aos testes de experimentos e às atividades de integração ao módulo que comporta o experimento. Ainda são imprescindíveis os testes eletroeletrônicos dos módulos. “Testamos, ainda, o computador de bordo, o link de rádio com a estação terrena, os transmissores, e outros componentes”, adianta Rangel.
Transporte do VSB-30
Integração - a Última fase refere-se à integração do veículo ao lançador que comporta o foguete para ser lançado. Após os testes e montagem dos motores e da carga útil, esses são integrados ao lançador na plataforma de lançamento.
Com o veículo completo na plataforma têm início os testes eletroeletrônicos, mecânicos, e de recepção de dados e o carregamento de baterias. A cronologia simulada é a próxima etapa e tem como objetivo determinar os diversos tempos das etapas que antecedem o lançamento e verificara a seqüência correta de lançamento.
A hora do lançamento culmina com a famosa contagem decrescente de dez a zero (ignição dos motores). “É a hora mais esperada, na qual comprovamos nossa eficiência e qualidade do trabalho. Olhamos para o céu. A perfeição de um lançamento é a recompensa do esforço empreendido”, dia Rangel. Para as equipes de preparação e lançamento, o final da campanha cumpre, ainda, mais uma etapa que engloba a desmontagem dos equipamentos e o envio dos materiais aos locais de origem. Todo o material é embalado e enviado para São José dos Campos, onde será avaliado.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 8 Jan. Fev. Mar. de 2010 - pág 19
Comentário: Pois leitor, o coronel Rangel esclarece assim o grande trabalho logístico realizado pelas equipes de montagem e integração dos foguetes toda vez que acontece uma campanha de lançamento do CLA. É claro que este mesmo trabalho ocorre no CLBI em campanhas de lançamento. Na realidade o CLA está usando essas operações de foguetes de treinamento para deixar as equipes prontas e preparadas para as campanhas de lançamento com o novo VLS. Afinal nada pode sair errado e o foguete tem de funcionar perfeitamente. Se assim não ocorrer o sonho brasileiro de acesso ao espaço terá de ser uma vez mais adiado e o programa do VLS-1 talvez cancelado.
Com o veículo completo na plataforma têm início os testes eletroeletrônicos, mecânicos, e de recepção de dados e o carregamento de baterias. A cronologia simulada é a próxima etapa e tem como objetivo determinar os diversos tempos das etapas que antecedem o lançamento e verificara a seqüência correta de lançamento.
A hora do lançamento culmina com a famosa contagem decrescente de dez a zero (ignição dos motores). “É a hora mais esperada, na qual comprovamos nossa eficiência e qualidade do trabalho. Olhamos para o céu. A perfeição de um lançamento é a recompensa do esforço empreendido”, dia Rangel. Para as equipes de preparação e lançamento, o final da campanha cumpre, ainda, mais uma etapa que engloba a desmontagem dos equipamentos e o envio dos materiais aos locais de origem. Todo o material é embalado e enviado para São José dos Campos, onde será avaliado.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 8 Jan. Fev. Mar. de 2010 - pág 19
Comentário: Pois leitor, o coronel Rangel esclarece assim o grande trabalho logístico realizado pelas equipes de montagem e integração dos foguetes toda vez que acontece uma campanha de lançamento do CLA. É claro que este mesmo trabalho ocorre no CLBI em campanhas de lançamento. Na realidade o CLA está usando essas operações de foguetes de treinamento para deixar as equipes prontas e preparadas para as campanhas de lançamento com o novo VLS. Afinal nada pode sair errado e o foguete tem de funcionar perfeitamente. Se assim não ocorrer o sonho brasileiro de acesso ao espaço terá de ser uma vez mais adiado e o programa do VLS-1 talvez cancelado.
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