Assinatura do Edital do VLPP da FINEP Vira Destaque na Mídia Brasileira
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, foi postado ontem (14/12) no site Olhar Digital a notícia da
assinatura do Edital do VLPP (Veículo Lançador de Pequeno Porte) da FINEP
com os Consórcios AKAER e CENIC que já havíamos anunciado anteriormente
e que certamente é a notícia do ano para o nosso Patinho Feio. Assim sendo não podia ser diferente e a notícia virou destaque na mídia nacional e vale a
pena conferir a matéria do Olhar Digital.
Entretanto antes de tudo, vale aqui
dizer que, diante do histórico pífio de décadas de descaso de sucessivos
governos, da questão política e jurídica que estamos enfrentando no país, dos desafios tecnológicos
e de infraestrutura que esses consórcios terão de enfrentar para entregarem no
prazo previsto, bem como das forças contrarias que atazanam as atividades espaciais
no Brasil, está iniciativa está cheia de mais
incertezas do que certezas, e em minha opinião as chances são pequenas da dá
certo.
E outra, alguém no governo Lula ou da FINEP se lembrou de
perguntar qual é o real objetivo desses Consórcios com
esses projetos, ou seja, produzir um protótipo que após o primeiro voo irá
virar peça de museu, ou produzir um produto competitivo para o mercado?
Sinceramente para o bem do Brasil espero estar enganado.
Entretanto, trago aqui para vocês uma noticia que nos alegra. É verdade mesmo que a quinta versão do Motor S50
foi carregado, e em breve deverá ser testado no banco de prova da Usina Coronel Abner. Entretanto amigos
e amigas do BS, segundo minha fonte,
não foi a Avibras que fez o
carregamento do motor, e sim uma empresa contratada para esse serviço.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Governo Financia Foguetes Brasileiros Para Lançamentos de Satélites
Duas empresas foram selecionadas para
fabricar foguetes de pequeno porte capazes de lançar nano e microssatélites em
órbita baixa
Por Flavia Correia
Editado por Lucas Soares
14/12/2023 - 13h41
Atualizada em 14/12/2023 - 16h35
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito:
Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital
Por meio de uma
chamada pública realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), diversas empresas aeroespaciais brasileiras
apresentaram propostas para o desenvolvimento de um novo foguete lançador de
satélites para a órbita baixa da Terra.
O ministério
avaliou, entre outros pontos, o grau de inovação de cada projeto apresentado e
seu impacto de médio e longo prazos – incluindo o potencial de geração de
empregos e a capacidade de internacionalização. Foram analisadas, também, a
experiência e a capacidade técnica e operacional das concorrentes.
E duas propostas
foram selecionadas – ambas apresentadas por grupos liderados por empresas de
tecnologia aeroespacial de São José dos Campos (SP). Esses projetos serão
custeados com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT), sob acompanhamento da Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP), vinculada ao MCTI, e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Essa iniciativa
tem o objetivo de trazer o apoio da iniciativa privada para o cumprimento de um
marco de fundamental importância para o programa espacial do Brasil: ter um
veículo lançador capaz de, a partir do território nacional, colocar em órbita
um satélite também brasileiro.
Os contratos
foram anunciados nesta quarta-feira (13), durante solenidade em Brasília, com a
presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do
presidente da FINEP, Celso Pansera, entre outras autoridades.
Crédito:
Divulgação MCTI
A ideia envolve o
desenvolvimento de um veículo lançador de pequeno porte capaz de levar ao
espaço nano e microssatélites.
Para isso, os
grupos liderados pela Akaer Engenharia e pela CENIC vão receber um aporte de
cerca de R$185 milhões cada, nos próximos três anos, para investir em seus
respectivos projetos – um dos maiores contratos de subvenção econômica à
inovação já celebrados no país.
Em comunicado, a
Akaer diz que “a construção do veículo lançador representa um enorme salto para
o Brasil, assegurando maior autonomia de acesso ao espaço”. Atualmente, apenas
13 países dominam essa tecnologia.
“Liderar um
projeto de tamanha importância para o futuro do país é uma grande honra para a
Akaer, que tem a inovação em seu DNA.”
Cesar Silva,
CEO da Akaer
Crédito:
Divulgação Akaer Engenharia
“No Brasil, já
temos o Centro de Lançamento de Alcântara e a Barreira do Inferno. Também o
desenvolvimento de satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e outras instituições e
empresas que dominam essa técnica. Entretanto, veículos nacionais capazes de
lançar tais satélites, nós ainda não temos. Essa é uma oportunidade ímpar, que
pode proporcionar um impacto fortemente positivo na nossa economia.”
Ralph Correa,
sócio-diretor da CENIC
Crédito:
Divulgação CENIC
Foguete Brasileiro Será Pioneiro na América do Sul
Desde o
lançamento frustrado do brasileiro VLS, em 1997, um desses protótipos será o
primeiro lançador de satélites não só do país como da América do Sul, se tudo
sair conforme o planejado.
A previsão é que
o protótipo do futuro veículo tenha capacidade para transportar de cinco a 30
kg de carga útil na órbita equatorial, com a realização das operações de
lançamento a partir do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, mais
conhecido como Base de Alcântara, ou do Centro de Lançamento da Barreira
do Inferno (CLBI), no em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, a 12 km da capital
Natal.
“Os
nanossatélites e microssatélites movimentaram US$2,8 bilhões em 2022, e é
esperado que esse mercado alcance US$6,7 bilhões até 2027. Além dos ganhos
científicos e das possíveis aplicações em diversas áreas, o projeto apoiado
pela FINEP insere o Brasil em um mercado muito promissor”, afirma Silva.
A proposta da
Akaer tem como coexecutoras as empresas Acrux, Breng Engenharia e EMSYST. Já a
CENIC conta com a colaboração da Concert Technologies, PlasmaHub, ETSYS e
Delsis.
“Esse é um
marco importante no Programa Espacial Brasileiro, em que iremos promover a
autonomia do país, principalmente na tecnologia e acesso ao espaço, permitindo
que, no futuro, o Brasil integre o seleto grupo de nações que tem acesso ao
espaço, e também, obviamente é um fortalecimento da nossa indústria nacional
para o desenvolvimento dos sistemas espaciais de que a nação tanto necessita.”
Rodrigo
Leonardi, diretor de gestão de portfólio da AEB.
“Daqui dez anos,
eu quero que o Brasil seja detentor da tecnologia de veículos lançadores e que,
de forma regular e contínua, nós lancemos do território nacional, com um
veículo lançador nacional, os nossos próprios satélites”, conclui Leonardi.
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