Edital Do VLPP: Portal Aeroflap Apresenta Maiores Informações Sobre o Projeto do Consórcio CENIC do Edital da FINEP

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma matéria publicada no dia (14/12) no ‘Portal Aeroflap’ tendo como destaque a tal assinatura do Edital do Veículo Lançador de Pequenos Satélites (VLPP) da FINEP, e mais precisamente trazendo informações sobre o projeto do Consórcio da CENIC, um dos consórcios vencedores do edital. Saibam mais pela matéria abaixo.
 
Pois então entusiastas do BS, primeiramente vocês precisam saber quem realmente está por trás da criação desse Consórcio da CENIC, ou seja, a FAB/IAE e AEB, farão de tudo para essa iniciativa vir a dá certo, fornecendo a logística necessária, os motores-foguetes, a infraestrutura laboratorial e de testes e evidentemente o apoio político necessário, para assim lançar o seu foguete primeiro do que o foguete do projeto do Consórcio AKAER, bem como também para atrapalhar de alguma forma a seu concorrente.
 
O problema é que eles não contam com algo que ficou claro em mais de 60 anos do nosso Patinho Feio, ou seja, a incompetência comprovada dessa gente de gerenciar qualquer projeto de Veiculo Lançador de Satélites. A arrogância e a falta de humildade desses milicos é enorme, mas o medo de perder essa corrida para um consórcio essencialmente formado por empresas privadas bem sucedidas, e especialmente startups, causa um desespero incomensurável dentro das estruturas do COMAE (Comando da Aeronáutica), e por isso esses órgãos incompetentes se juntaram para engendrar esse Consórcio de empresas que bebem há décadas do erário publico brasileiro.
 
Um dos sinais do envolvimento desses órgãos amigos e amigas do BS está justamente nas informações sobre o diâmetro do motor do foguete desse Consórcio CENIC, publicada abaixo na nota no Portal Aeroflap, bem como também na matéria da Olhar Digital onde aparece à imagem abaixo.
 
Etapas de operação pós-lançamento apresentadas pela CENIC.

Pois então, juntando essas informações e as que já temos de bastidores, está claro para nós que o motor que será usado por esse Consócio CENIC será o antigo e bem testado Motor-Foguete S43 do primeiro e segundo estágios do Projeto do VLS, motores esses que se não me engano o IAE dispõe de alguns estocados, mas que mesmo que sejam confiáveis e mesmo sabendo que motores sólidos podem ser estocados por um longo tempo, não é garantia nenhuma que eles funcionarão (lembre-se o tempo de desenvolvimento previsto no edital é de três anos).
 
Outra coisa amigos, um ‘Veiculo Lançador de Satélites’ não é só composto pelos motores, é também composto por uma serie de subsistemas críticos que terão de ser desenvolvidos, sendo um dos principais o ‘Sistema Inercial de Controle de Atitude’, um sistema que o IAE não dispõe (o SISNAV é uma piada, esqueçam) e que só a startup CLC Consultoria dispõe no Brasil. Na nota abaixo da Aeroflap é citado que a empresa Concert Technologies ficará responsável por entregar esse subsistema, será? Será mesmo que essa empresa tem competência para desenvolver em menos de três anos um dos subsistemas mais desejados por nações do mundo nessa área de desenvolvimento de foguetes? Ou eles terão de dá a mão a palmatória e comprar esse subsistema da CLC? Enfim...
 
Pois então, amigos e amigas a verdade é que apesar desse Consorcio CENIC sair na frente do Consorcio AKAER com tudo que já foi citado aqui, a possibilidade de sucesso dessa gente me parece bem menor do que seu consorcio concorrente. O Consórcio AKAER terá um caminho, é verdade, muito mais árduo (mesmo creio eu não tendo problema nenhum para comprar, por exemplo, esse Sistema Inercial da CLC), já que seu projeto prevê o desenvolvimento de motores líquidos e também por necessitar de uma infraestrutura laboratorial e de testes que ainda não existe, bem como das licenças ambientais necessárias para levar esse projeto ao seu desenvolvimento final. Valendo ressaltar também que esses são problemas que o Consórcio CENIC não terá que enfrentar graças ao apoio do IAE e da FAB, mas aí voltamos aquela coisa da competência, e neste caso não há como comparar esse Consórcio da CENIC com o bem formado Consórcio da AKAER, muito mais exitoso e comprometido com o que faz.
 
Entretanto diante de tudo que foi dito aqui, aliada a morosidade, burocracia e a má vontade do poder publico do país para com esse setor, não tenho a menor esperança que essa iniciativa venha trazer resultados, e muito menos em 3 anos como prevê o edital.
 
Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor Blog Luiz por ter enviado essa matéria do Portal Aeroflap que nos ajudou a fazer as colocações acima.
 
Brazilian Space
 
ESPACIAL - NOTÍCIAS
 
Brasil dá Largada Para Produção de Foguetes Nacionais
 
Por Aeroflap
14 de dezembro de 2023
Fonte: Site do Portal Aeroflap -  https://www.aeroflap.com.br
 
Foto: Sgt. Bianca Viol/FAB.
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
 
Dois grupos de empresas brasileiras foram selecionados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para desenvolver Veículos Lançadores de Pequeno Porte (VLPP), que possibilitem o lançamento de nano e microssatélites em órbita baixa. O objetivo do edital da Finep, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), é desenvolver foguetes, com uma capacidade de até 30 kg de carga útil.
 
Essa iniciativa tem o objetivo de trazer o apoio da iniciativa privada para o cumprimento de um marco de fundamental importância para o programa espacial brasileiro: ter um veículo lançador brasileiro capaz de, a partir de um centro de lançamento brasileiro, colocar em órbita um satélite também brasileiro.
 
O contrato de R$ 189 milhões tem um prazo estimado de 36 meses e sua assinatura foi anunciada nesta quarta-feira, 13 de dezembro, em parceria com Agência Espacial Brasileira (AEB). O Termo de Outorga de Subvenção Econômica tem apoio financeiro da Finep e do MCTI, e utiliza recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) destinados para o Programa Espacial Brasileiro.
 
Um dos grupos selecionados é formado pelas empresas CENIC, Concert Technologies, PlasmaHub, ETSYS e Delsis. “Esta é uma oportunidade única para a iniciativa privada e a indústria aeroespacial nacional agregar valor ao Programa Espacial Brasileiro”, destaca Ralph Correa, sócio-diretor da CENIC.
 
De acordo com o especialista, para que o Brasil tenha autonomia e projeção internacional na área aeroespacial, ele precisa dominar a fabricação de satélites e foguetes, além de ter um Centro de Lançamento, conforme previa a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). “No Brasil, já temos o Centro de Lançamento de Alcântara e a Barreira do Inferno. Também o desenvolvimento de satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e outras instituições e empresas que dominam essa técnica. Entretanto, veículos nacionais capazes de lançar tais satélites, nós ainda não temos.
 
Essa é uma oportunidade ímpar, que pode proporcionar um impacto fortemente positivo na nossa economia”, destaca.
 
O setor aeroespacial é uma peça-chave para o desenvolvimento de qualquer país e, no Brasil, tem um papel ainda mais estratégico, uma vez que o setor aéreo já possui uma relevância internacional e o setor espacial tem potencial para decolar junto. Estima-se que, a cada R$ 1 investido, o setor espacial retorne entre R$ 10 e R$ 20 para a economia do país, seja na forma de salários, de impostos, de faturamento, ou de crescimento de valor agregado das empresas. Analistas da Morgan Stanley estimam que o mercado atual da indústria espacial saltará dos atuais US$ 350 bilhões para mais de US$ 1 trilhão em 2040, por meio das iniciativas de New Space, envolvendo centenas de empresas de todos os portes, que estão reduzindo drasticamente o custo de satélites e de seus lançamentos.
 
“Não é qualquer país que possui a capacidade de colocar satélites em órbita. O Brasil está numa posição privilegiada e isso tem um poder enorme de atração de novos investimentos e tecnologias. A oportunidade está aí e pode nos trazer benefícios em escala”, avalia Ângelo Fares, presidente da Concert Technologies.
 
Para Ralph Correa, da CENIC, outro grande benefício do investimento no setor aeroespacial é a criação de um ambiente de negócios propício para empresas que trabalham com tecnologia, com desdobramentos na criação de spin-offs, no desenvolvimento de novos produtos e na formação de mão-de-obra qualificada. Isso, sem contar os grandes avanços proporcionados no entendimento das mudanças climáticas e do meio ambiente, entre outros. “Ter autonomia no lançamento de satélites significa oferecer avanços na área da saúde, da indústria, da energia, da agricultura e em diversos outros setores. Praticamente todas as empresas, atualmente, utilizam de recursos provenientes de satélite, como, por exemplo, sinal de GPS e internet”, destaca.
 
“Esse é um marco importante no Programa Espacial Brasileiro, em que iremos promover a autonomia do país, principalmente na tecnologia e acesso ao espaço, permitindo que, no futuro, o Brasil integre o seleto grupo de nações que tem acesso ao espaço, e também, obviamente é um fortalecimento da nossa indústria nacional para o desenvolvimento dos sistemas espaciais de que a nação tanto necessita”, ressalta o Diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi. “Daqui dez anos, eu quero que o Brasil seja detentor da tecnologia de veículos lançadores e que, de forma regular e contínua, nós lançemos do território nacional, com um veículo lançador nacional, os nossos próprios satélites”, conclui.
 
Conheça as Empresas Que Formam Um dos Grupos Selecionados Para Construção do Foguete: 
 
1. Cenic: Coordenação do projeto, engenharia de sistemas e desenvolvimento da estrutura primária completa do veículo;
 
2. Concert Technologies: Sistema de controle – sistema inercial de navegação / computador de missão / eletrônica de controle;
 
3. PlasmaHub: Banco de controle de lançamento / eng. aeroespacial / projetos / montagem de módulos / integração de redes elétricas;
 
4. Delsis: rede elétrica de telemetria / aquisição e processamento de dados do banco de controle;
 
5. ETYS: rede elétrica de serviço-suprimento de energia / atuação dos pirotécnicos / rede elétrica de segurança.
 
Características do Foguete:
 
Capacidade total em órbita baixa: até 30 kg
Diâmetro: 1 m
Altura: 12 m
Massa de decolagem: 9,9 t

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