Observatório Brasileiro Captou Três Dias Antes a Mancha Solar Que Lançou o Jato de Plasma Canibal Para a Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, foi postado ontem (30/11) no site Olhar Digital a notícia de que
o ‘Observatório Astronômico Rei do Universo (OARU), localizado em Manaus-AM,
captou três dias antes o disparo do 'Jato de Plasma Canibal' lançando em direção
a Terra nesta terça-feira (28),
após uma Explosão Solar. Entenda melhor essa história pela
matéria a baixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Observatório no Brasil Capta Mancha Solar Que Lançou Jato de
Plasma Canibal Para a Terra
O OARU, primeiro observatório
astronômico do Amazonas, fez a foto três dias antes do disparo do jato de
plasma canibal em direção à Terra
Por Flavia Correia
30/11/2023 - 06h15
Atualizada em 30/11/2023 - 14h04
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito: SDO/NASA
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um jato de plasma
canibal foi disparado pelo Sol em direção à Terra na terça-feira (28). O material lançado pela explosão
deve chegar ao planeta entre esta quinta (30) e sexta-feira (1º), podendo
provocar tempestades geomagnéticas de classe G3 (nível considerado forte, em uma escala que vai de G1 – fraco – a G5 –
extremo).
Ele é chamado de
canibal porque é possível que integre outros três eventos do tipo ejetados pela
estrela horas antes, o que vai potencializar a força do impacto, antes esperado
como uma tempestade geomagnética de classe G2 (grau moderado).
Vamos Entender:
* Na
segunda-feira (27), um filamento magnético do Sol entrou em erupção, abrindo
uma espécie de “cânion de fogo” na estrela;
* Essa fenda
disparou uma ejeção de massa coronal (CME) em direção à Terra;
* CMEs são jatos
de plasma solar magnetizado que podem levar até três dias para chegar ao
planeta;
* Dependendo da
potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades
geomagnéticas ao reagirem com a magnetosfera;
* No mesmo dia,
outros dois eventos do tipo arremessaram mais jatos de plasma solar contra o
planeta;
* A chegada
coletiva desse material está prevista entre quinta (30) e sexta-feira (1º),
podendo causar tempestades geomagnéticas da classe G2;
* Ocorre que na
terça-feira (28), uma explosão na mancha solar AR3500, de classe M.9 (quase um
X, que é o tipo mais forte), disparou ainda mais material na mesma direção;
* Esse poderoso
vento solar deve integrar os três anteriores, como um jato canibal, e provocar
tempestades geomagnéticas G3, mais fortes que as aguardadas até então.
O Observatório
Astronômico Rei do Universo (OARU), de Manaus, o primeiro observatório astronômico
do Amazonas, fundado pelo químico industrial, professor e
astrônomo amador Geovandro Nobre, registrou a região ativa do Sol originária do
jato de plasma canibal poucos dias antes do episódio.
Crédito:
Geovandro Nobre/Observatório Astronômico Rei do Universo (OARU)
Mancha solar AR3500, que disparou jato de plasma canibal em direção à Terra, vista por observatório brasileiro. |
A imagem foi
capturada no sábado (25), às 8h37 da manhã (pelo horário de Brasília), quando o
Sol estava a 147,6 milhões de km de distância da Terra. Segundo Nobre, que faz
transmissões semanais de imagens do espaço e fenômenos astronômicos em seu canal no Youtube,
para a composição foram usados 1550 frames com exposição de 3,69 ms.
Saiba Mais Sobre o Jato de Plasma Solar Canibal Que
Vai Atingir a Terra
Ao concentrar
energia magnética demais, a mancha solar AR3500 entrou em erupção, produzindo
uma explosão solar da classe M9.8 (apenas pontos percentuais abaixo da categoria X, a mais
violenta). O evento foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO)
da NASA.
Em consequência,
uma hora após o surto, um pulso de radiação ultravioleta extrema interrompeu as
comunicações de rádio de ondas curtas em todo o Oceano Pacífico Sul e partes
das Américas (confira no mapa).
Se as coisas
saírem de acordo com o previsto, e esse jato canibalizar os três anteriores, é
possível que o evento tenha força o suficiente para romper a magnetosfera da
Terra e produzir tempestades G3.
Caso isso se
concretize, as possíveis consequências são:
* Sistema
elétrico: correções de voltagens podem ser necessárias;
* Operação de
satélites: pode ocorrer sobrecarga estática nos componentes de superfície e
aumento do arrasto sobre os equipamentos de baixa órbita, podendo se fazer
necessárias correções para os problemas de orientação;
* Outros
sistemas: podem ocorrer problemas intermitentes nas comunicações por satélite e
navegação em baixa‐frequência, e a comunicação via rádio HF pode ficar
intermitente;
* Auroras:
formação de auroras muito mais distante dos polos do que normalmente se vê.
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