Estudo Com Participação Brasileira da UNESP Indica Que Gravidade da Terra Poderá Afetar o Asteroide Apophis em Sua Aproximação de 2029
Olá leitores e leitoras do BS!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (23/03) no
site “Canaltech”, destacando que um
estudo conduzido por pesquisadores da Universidad Carlos III de Madrid (UC3M) e da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus
de Guaratinguetá (SP), indica que o potencialmente perigoso Asteroide
Apophis poderá ser afetado pela gravidade da Terra em sua passagem
de 2029.
Pois é leitor, essa preocupação cada vez maior dos astrônomos ao redor do
mundo com possíveis objetos espaciais perigosos que possam atingir a Terra é
motivada por uma possibilidade bem real, e este asteroide Apophis certamente encabeça a
linha de frente desse fogo celeste.
Torço para o bem da humanidade, que a ONU e todas nações do mundo estejam
realmente olhando para essa questão com a brevidade e seriedade que a mesma
exige, já que, para muitos e entre eles este que vos fala, esta questão já saiu
do nível de uma possibilidade, para o nível da certeza absoluta que uma catástrofe
como essa irá ocorrer mais cedo ou mais tarde.
Já quanto à participação internacional da UNESP nesse estudo, não é
algo leitores que realmente venha me surpreender, afinal o reconhecimento
internacional sobre a competência dessa equipe de Astrônomos brasileiros desta universidade paulista, bem como também da USP e de outras universidades brasileiras, não
é de agora, já vem ocorrendo há bastante tempo e só aumenta a cada ano.
Quiçá tivéssemos esse mesmo reconhecimento internacional em relação as
nossas atividades espaciais governamentais, estas na verdade cada vez mais insignificantes
e representadas por um órgão tão insignificante quanto e com realizações tão pífias
quanto. Enfim...
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Asteroide Apophis Pode Ser Afetado Pela Gravidade da
Terra em 2029
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
23 de Março de 2022 às 13h20
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: Urikyo33/Pixabay
A aproximação
do asteroide Apophis pela Terra poderá afetar sua estrutura e até
"arrancar" rochas devido à gravidade do nosso planeta. É o que
concluiu um estudo conduzido por pesquisadores da Universidad Carlos III de
Madrid (UC3M) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),
campus de Guaratinguetá (SP), em que eles analisaram os possíveis efeitos da
aproximação estimada para 2029.
O asteroide Apophis foi descoberto em 2004 e, como tinha
chance de colisão com a Terra inicialmente estimada em 2%, foi considerado um
asteroide potencialmente perigoso (“PHA”, na sigla em inglês). Depois, novos
cálculos permitiram
descartar essa possibilidade, e medidas recentes mostram que o asteroide
irá passar pelo ponto mais próximo do nosso planeta no fim da década, ficando a
38 mil quilômetros de nós.
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech and NSF/AUI/GBO)
Assim, o estudo analisou as características físicas do corpo e possíveis
efeitos que a proximidade da Terra poderá causar. “A colisão não é a única possibilidade em eventos de aproximação como esse”, explicou
Gabriel Borderes-Motta, coautor do estudo. É que as interações gravitacionais
entre o nosso planeta, muito mais massivo, e um corpo como o Apophis, podem
mudar a forma dele, quebrá-lo em pedacinhos e até remover outros corpos em sua
órbita.
As possibilidades de efeitos são variadas, e a equipe do estudo espera
que a futura aproximação permita aprimorar os modelos tridimensionais
utilizados nas simulações espaciais, oferecendo também uma chance de investigar
mais profundamente o asteroide e prever efeitos em sua superfície.
Na prática, tudo isso significa um aumento no conhecimento sobre estas
rochas espaciais, que permite uma melhor preparação quando novos objetos se
aproximarem da Terra.
Como o
Apophis Pode Ser Afetado Pela Gravidade da Terra
No estudo, os autores trabalharam com dois cenários: o que pode
acontecer com as rochas na superfície do asteroide e possíveis efeitos em sua
órbita. Eles analisaram a forma do Apophis e as características de seu campo
gravitacional, além de fatores que podem afetar a trajetória e seu ângulo, como
a pressão da radiação da luz do Sol ou até perturbações causadas pela proximidade
com a Terra.
(Imagem:Reprodução/Urikyo33/Pixabay)
Depois, a equipe conduziu um conjunto de simulações numéricas, formadas
por dois ambientes de simulações com três casos experimentais em cada uma. Eles
utilizaram um disco de 15 mil partículas do ambiente próximo do asteroide como
amostra, para tentar prever como as partículas na órbita da rocha espacial
poderiam reagir a diferentes situações e como essas possibilidades
influenciariam o comportamento do asteroide.
Ao fim do processo, eles concluíram que o ângulo de inclinação do
asteroide era maior em menores densidades do que em maiores. Além disso, quanto
menor a densidade das partículas e maior a pressão da radiação da luz solar,
menos delas continuariam intactas.
Ainda não se sabe exatamente a densidade do Apophis, mas o assunto foi
explorado no estudo; quanto menos denso o asteroide for, mais fácil é a perda
de partículas de sua superfície. Eles consideraram um cenário em que o
asteroide teria baixa densidade, e concluíram que cerca de 90% das rochas
soltas seriam removidas de sua superfície durante a aproximação da Terra.
Os resultados mostraram também que a passagem pelo nosso planeta
poderia causar uma leve mudança nas marés
gravitacionais do asteroide, fazendo com que ocorressem alguns deslizamentos.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Monthly
Notices of the Royal Astronomical Society.
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