Avibras Pede Recuperação Judicial e Demite 420 Funcionários - Acompanhe na Próxima Terça-Feira (22/03) o Brazilian Space Debatendo Este Assunto Com Especialistas
Olá leitoras e leitores do BS!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma matéria publicada pelo Jornal o Estado de São Paulo, e postada
ontem (18/03)
no site do “Portal Terra”, destacando
que a empresa brasileira ‘Avibras Aeroespacial’ pediu recuperação judicial e
demitiu 420 funcionários.
Pois então amigos leitores, com mais de 60 anos de existência,
reconhecida e respeitada pela qualidade dos seus produtos, a ‘AVIBRAS Aeroespacial’
é uma das maiores, mais longevas e mais
conhecidas representantes da indústria nacional de defesa e do segmento
aeroespacial do Brasil.
No último dia 17 de março de 2022, para a surpresa de
todos, a Avibras apresentou um pedido de
recuperação judicial, acompanhado de uma redução de quase um terço da sua
mão-de-obra, cerca de ~430 empregados.
Pois então, além das questões sociais que essa ação
acarreta, com a demissão de pessoal e o impacto econômico para a cadeia
produtiva de ambos setores, a instabilidade nos negócios da Avibras deve também
trazer consequências e efeitos para os Programas de Defesa e para, o nosso ‘Patinho
Feio’, ou seja, o Programa Espacial Brasileiro (PENA).
Diante deste quadro, o ‘Brazilian Space’ resolveu
convidar especialistas do setor aeroespacial e de defesa, para assim debaterem e
avaliarem os efeitos de toda esta situação.
Assim sendo, convidamos desde já os nossos leitores e
leitoras para nos acompanhar (pelo link abaixo) a partir das 20:30 da próxima
terça-feira (22/03) este importante debate com esses especialistas. Aguardamos
a participação de todos.
Capa - Economia
Avibras Pede Recuperação Judicial e Demite 420 Funcionários
Empresa é a
principal fabricante brasileira de sistemas pesados para o mercado de Defesa
Por Roberto Godoy e André Jankavski - O Estado de São Paulo
18 mar 2022 - 20h39
Fonte: Conteúdo Estadão via Portal Terra - https://www.terra.com.br
A Avibras Aeroespacial, principal fabricante brasileira de sistemas
pesados para o mercado de Defesa, entrou hoje em regime de recuperação
judicial. Como consequência, a empresa demitiu 420 funcionários. O quadro
remanescente de pessoal é agora de 900 funcionários.
O processo está sendo ajuizado no fórum de Jacareí, no Vale do Paraíba,
onde fica a sede do grupo Avibras. Essa é a terceira vez que a empresa
renegocia suas dívidas judicialmente. O procedimento foi adotado anteriormente
em 1990 e em 2008. O valor da recuperação é estimado em R$ 570 milhões.
A Avibras produz o sistema lançador de foguetes e mísseis
Astros-2020, veículos blindados e equipamentos eletrônicos de emprego militar.
Além de atender às Forças Armadas do Brasil, exporta para países do Oriente
Médio, Ásia e América Latina.
Segundo o advogado responsável por protocolar a
recuperação judicial da companhia, Nelson Marcondes, do escritório Marcondes
Machado Advogados, a pandemia foi a grande responsável pelo atual momento da
empresa. De acordo com Marcondes, a empresa tentou segurar o máximo que pode
para não demitir os seus 1,5 mil funcionários, porém isso não foi possível para
o decorrer de 2022.
A companhia sofreu com a mudança de prioridade de países
ao redor do mundo durante a pandemia. Com a proliferação do vírus, diversas
nações diminuíram os gastos com a área de defesa e passaram a investir mais na
área de saúde.
Além disso, segundo Marcondes, a impossibilidade de
realizar viagens também complicou a situação da Avibras. Afinal, boa parte das
vendas da companhia é feita através de feiras e contatos locais. Treinamentos
para utilizar os seus equipamentos também são feitos de maneira presencial.
O advogado ainda afirma que a empresa já está elaborando
um plano de recuperação e que aguarda a decisão da Justiça para dar
prosseguimento aos processos. O contato com os credores já está sendo feito, de
acordo com Marcondes.
"A empresa tentou segurar o máximo que conseguiu,
mas já estamos vendo o mercado se movimentando novamente e a Avibras tem
grandes perspectivas de contratos que estão sendo trabalhados", afirma
Marcondes.
A Avibras Aeroespacial tem pouco mais de 60 anos. Criada
pelo engenheiro João Verdi de Carvalho Leite, - morto em 2008 quando o
helicóptero que pilotava caiu no litoral norte, trecho de serra - a empresa
lidera o setor da indústria de Defesa no País.
Fortemente vinculado ao mercado externo, o grupo teve,
durante anos, dificuldades com os procedimentos da área econômica do governo.
"Somos tratados pelas agências públicas da mesma forma que os exportadores
de frutas ou frangos", dizia João Verdi.
Em várias ocasiões, tendo sólidos contratos em carteira, a Avibras
esteve perto de perder negócios internacionais de centenas de milhões de
dólares por causa da burocracia federal.
Os sistemas Astros-2 e sua versão mais moderna, o Astros-2020, estão em
guerra, usados pelo exército da Arábia Saudita, no conflito com os rebeldes
houthis, no Iêmen. Antes disso, na guerra do Golfo, em 1991, foram empregados
pelo Iraque e entraram na lista de alvos prioritários dos caças da coalizão
liderada pelos Estados Unidos.
Quando a Rolls Royce estava para falir o governo britânico a assumiu. O que fará o governo patriota?
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