Meteorito de 27 Quilos Encontrado em 2014, Servia Como Peça de Decoração de Uma Casa no Sertão da Paraíba
Olá leitores e leitoras do BS!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (24/03) no
site “Canaltech”, destacando que um meteorito
de 27 quilos encontrado em 2014 no sertão da Paraíba por dois irmãos, estava
sendo usando até hoje como peça decorativa.
Pois é amigos leitores e leitoras do BS, esse exemplo serve
de alerta para aquelas pessoas que gostam de colecionar pedras exóticas e
diferentes em suas casas, pois elas podem sem saber ter em mãos um verdadeiro
tesouro científico e por que não dizer também financeiro, já que certos tipos
de meteoritos podem chegar a valores astronômicos no mercado internacional.
De minha parte devo dizer que se encontrasse algo assim
venderia sem pensar duas vezes, mas só após um tempo e somente para um órgão ou
instituição científica brasileira, mesmo que o valor ficasse aquém dos valores
do mercado internacional, afinal o meteorito caindo no Brasil pertence a nosso
povo e deve ser estudado pelas nossas instituições científicas nacionais.
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Rocha que decorava casa na Paraíba é na verdade um
meteorito de 27 quilos
Por Wyllian Torres
Editado por Patrícia Gnipper
24 de Março de 2022 às 12h00
Fonte: The
Meteoritical Society, Via UOL Tilt
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: André Moutinho/Domínio Público
Um pedaço de rocha encontrado em 2014 por dois irmãos no sertão da
Paraíba, na verdade, é um meteorito cuja composição pode ajudar a entender o
início do Sistema Solar. Em todos esses anos, a rocha espacial serviu como um
mero objeto de decoração, até que sua natureza foi confirmada pela The
Meteoritical Society.
O meteorito recebeu o nome de “Nova Olinda”, em
referência à cidade onde ela foi encontrada pelos irmãos Edsom Oliveira da
Silva e João Jarba Oliveira da Silva. Os dois trabalham com produção de joias e frequentemente usam um detector de metais para encontrar ouro na zona rural do
município
(Imagem: André Moutinho/Domínio Público)
Em novembro de 2014, o detector apitou bem alto quando os
irmãos passaram próximos a um lago. Em entrevista ao UOL Tilt, Edsom explicou
que o som era fora do comum. "Pegamos uma picareta e começamos a cavar na
lama, depois de uns 60 centímetros bateu em algo", acrescentou.
Então, os irmãos desenterram a rocha espacial que pesava
26,93 kg. Em seguida, eles lavaram a rocha para remover a terra e logo perceberam
que ela era diferente de qualquer outra observada por eles: além de brilhante e
“meio enferrujada”, a rocha era bem pesada em relação ao seu tamanho.
Desde então, o meteorito vinha sendo usado como objeto de
decoração na mesa de jantar de Edsom. Até que, em 2020, enquanto ele assistia a
uma matéria relatando a descoberta do meteorito de Santa Filomena, em Pernambuco, Edsom se deu
conta de que a rocha em sua mesa também poderia ter vindo do espaço.
Analisando o Meteorito da Paraíba
Em suas buscas pela internet, Edsom encontrou André
Moutinho, pesquisador e colecionador dessas rochas espaciais. "Ele me
mandou fotos e o orientei a fazer alguns testes básicos, por exemplo, com
ímãs”, explicou Moutinho, que pediu uma amostra de 100 gramas da rocha para
realizar análises
(Imagem: Captura de Tela/Google Maps)
A rocha é um siderito, sendo um meteorito rico em ferro e níquel, além de outros metais,
como uma baixa concentração de ouro e irídio. Após danificar suas ferramentas
na tentativa fracassada de abrir a rocha, os irmãos conseguiram cortá-la com a
ajuda de um torneiro mecânico.
Então, parte do siderito foi enviado para Moutinho, em
São Paulo, onde foi confirmado como um meteorito. A amostra também foi
encaminhada para outras instituições, como a USP e UNICAMP, e a análise
petrográfica permitiu a classificação oficializada pela The Meteoritical
Society.
A análise de meteoritos semelhantes ao de Nova Olinda
sugere que o impacto espacial que deu origem ao objeto ocorreu por volta de 4,5
bilhões de anos atrás, bem no início do Sistema Solar. Por conta do intemperismo da
rocha, não há como estimar quando, exatamente, ela caiu na Terra — algo que
pode ter acontecido há milhares de anos.
A Associação Paraibana de Astronomia (APA) e os irmãos
que descobriram a rocha querem vendê-la para o governo do estado, para que o
objeto fique em exposição no Planetário do Espaço Cultural José Lins do Rêgo,
em João Pessoa, como o 86° meteorito encontrado no Brasil e o primeiro
meteorito descoberto na Paraíba.
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